O TEMPO QUE VIVEMOS

Vivemos uma era de degenerações, grandes problemas e poucas soluções. Vivemos em uma era de grandes incertezas sobre o futuro e das mudanças que não mais controlamos. O homem é um ser atormentado, perseguido por seus próprios demônios, por isso cria um mundo onde tudo se liquefaz, um mundo de consumo, egoísmo e dor. O exclusivismo não lhe deixa ver os caminhos. A cobiça lhe cega e lhe induz a praticar todo tipo de iniquidades. Vivemos num tempo depressivo. Vivemos num tempo, em que o homem não tem tempo para refletir, para sonhar, para respirar a vida, nem para praticar o amor. Na verdade, não vivemos, queimamos o tempo que nos é dado!

Temos hoje a sociedade da representação, da dissimulação, da falta de criatividade, da egologia desenfreada, do narcisismo exposto. Vivemos um tempo sem Deus!

Temos agora o mundo da projeção, da espetaculização do ser. Do homem no centro de si mesmo e que se expulsou de sua própria vida. Um homem sem olhos para seu interior, mas com todos os olhos só para seu exterior. Um homem que não quer pensar, quer apenas viver na superfície. Que não fiscaliza, não participa e que se ira. Um homem entregue às paixões de sua imagem, um homem avestruz com a cabeça enterrada nos seus problemas. Hoje o importante não é ser, o importante é parecer, é dissimular!

Um homem que se entrega às ideologias e nelas se projeta e deixa por conta dos políticos, todos seus anseios cívicos e humanos e assim se sente realizado, por achar que eles farão, aquilo que ele deveria fazer!

Devotam seu suporte, apoio e solidariedade aos condutores da política de forma irrestrita, ingenua, sem cobrá-los. Perdoando-os nas eleições, porque ali eles renovam seus votos e isto é o suficiente, porque é mais fácil crer neles e continuar tudo como está.

Deixam com eles a missão de governar o país e se deixam engabelar-se pelos sofismas e pelas ações populistas e assim creem que ao apoia-los, cumprem sua obrigação psicológica e espiritual com os mais pobres.

Não entendem que neste país, os políticos salvarão sempre a si mesmos, nunca ao país e que somente à punição pelo voto, poderá despertar-lhe algum civismo e alguma consciência. Àqueles que estão desassistidos, continuarão a viver precariamente, porque não haverá recursos para melhorar suas vidas. Querem sempre que tenhamos pobres no país. Eles serão importantes e devem ser mantidos como tal, porque serão motes para se ganhar votos nas futuras eleições.

>Os condutores da política nunca terão tempo para pensar o país, mas sempre na próxima eleição, em satisfazer compromissos com os grupos que os apoiaram financeiramente sua campanha. Não haverá planos de desenvolvimento de largo prazo, mas sempre políticas sociais comezinhas para se garantir alguma popularidade e o voto.

Pagamos todos um preço altíssimo por nossas omissões!! O preço é o atraso!

É preciso entender que nós construímos o nosso país, não eles! Também somos responsáveis pelo nosso universo mental onde vivemos, que todo aquele que pratica iniquidades, que desrespeita a ética, não pratica a lisura em seus atos, que não luta contra essas práticas, não ajuda o próximo, tem atitudes egoístas, fecha-se em seu mundo e não tem Deus no coração, mas apenas a si mesmo.

Um dia, quando acordarmos, haverá sim, um Deus para ampara-nos, mas não virá sem a fatura, dos nossos débitos.

Lembre-se de votar contra os políticos indiciados por roubalheira e comece de fato a mudar o país que você vive! Alguns conseguirão safar-se dos processos por conta da esperteza, mas continuarão tão maus políticos quanto os que lamberão as grades frias das prisões.

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 16/04/2018
Reeditado em 28/10/2022
Código do texto: T6310387
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