A JANELA DE OVERTON DO MARXISMO CULTURAL.

Para qualquer militância de grupos, a União, a Concordância e a Aculturação social desfragmentaria o discurso de que são vitimas de uma maioria, pois ao se aculturar no planisfério social, a luta social de Marx perderia totalmente seu sentido, pois a luta de classe é a coluna cervical do marxismo cultural. Nisto, não é do interesse dos marxistas que, por exemplo, os índios ou os negros adquiram costumes de outras culturas, dado que, a Miscigenação Cultural destruiria a relação de superioridade cultural, pois para os marxistas, adquirir aspectos de outra cultura é uma forma de imposição cultural e de destruição da identidade de um grupo, mas no âmbito social antropológico, a aculturação é um aspecto sempre observado e característico em todas as civilizações, os povos sempre trocaram costumes e tradições, e escolheram preservar alguns, numa liberdade autônoma de escolhas seletivas.

Entretanto, para o marxismo, isso não é em nenhum momento interessante, pois representaria a destruição do discurso de opressão das raças, como do branco com o negro, do índio com o moderninho etc., proibir os negros passar uma prancha no cabelo para alisá-los, é para os marxistas uma afronta racial, mas, na verdade, a escolha de passar algo para alisar o cabelo é uma escolha pessoal e isso jamais destruirá uma identidade cultural, outro aspecto é o uso de adereços e roupas característicos de uma cultura, não é interessante para os “marxistas culturais” que os brancos usem ornamentos de características indígenas, essa união social acabaria com o vitimismo de opressão e com a luta entre as raças e suas identidades culturais. Para os marxistas, essa “apropriação cultural”, como eles dizem ser, destruiria a identidade de grupo, mas o real interesse para manter essa distancia entre as trocas culturais é para manter a luta de estranhamento do outro, pois só assim mantem a briga de raças e de culturas, numa relação de “opressor e oprimido cultural”.

É de vital importância para o socialismo marxista manter o discurso de que existe uma minoria oprimida na sociedade para manter a luta de classes, mesmo quando o comunismo é estabelecido em um país, como foi em Cuba, essa luta de opressor e oprimido deixa de ser dentro do âmbito civil da nação passando a ser atribuído a países imperialistas como os EUA, e assim o discurso de opressão é mantido e a desculpa pela miséria que o país se encontra também é justificada ao encontrar este “bode expiatório capitalista” malvadão.

Até que o estabelecimento total do comunismo não seja concretizado, este regime tem no socialismo e no Marxismo Cultural sua principal força articuladora para separar os grupos, se apropriando de lutas sociais que antes tinham sua legitimidade natural, e agora foram politizadas ao interesse do sistema socialista. O mais importante que temos que entender é que, o socialismo e o marxismo cultural não precisa que o governo do país seja de esquerda para ser implementado, o socialismo é uma “ideia” como disse o ex-presidente e agora presidiário Luiz Inácio Lula da Silva, pois esta ideia já está estabelecida na sociedade pelo chamado socialismo Fabiano, linha teórica do socialismo que se camufla nas camadas mais sutis de todos os partidos, sejam de direita e suas correntes correlatas mais conservadoras ou de esquerda mais militantes, pois trabalham no âmbito da educação e das diretrizes de pensamentos sociais, movendo a chamada “Janela de Overton” e destruindo aos poucos a noção ética e moral mais elementares onde estão assentados os pilares da sociedade Ocidental.

O Marxismo Cultural foi formulado por Antonio Gramsci, um filósofo marxista, jornalista, crítico literário e político italiano, ele pensou radicalmente nos processos de luta de Marx, que perdera força e objetividade social, a luta de classes não tinham sucesso nas suas empreitadas para a mudança, pois a velha luta do “proletariado contra os donos dos recursos de produção”, não causava mais o efeito que tinha na época de Marx, por hoje termos os direitos trabalhistas, nisto, a solução encontrada por Gramsci foi transferir esta luta falida para a Luta de Grupos Culturais e Sociais, formulando assim o Marxismo Cultural, que tem por objetivo desconstruir tudo que tem por base os fundamentos da sociedade ocidental.

Logo foi iniciou a sua apropriação mantendo a objetivação dentro da diretriz “oprimido e opressor”, tudo que tivesse este caráter de minoria oprimida seria acolhida para a militância politica, o que foi muito bem sucedido nos anos adjacentes em diante pelo Marxismo Cultural. É na apropriação das lutas de grupos minoritários de forma politizada que se baseia esta linha marxista, dando a elas um engajamento de “militância política”, como por exemplo; as lutas contra a Homofobia, o Preconceito Racial, o que é algo muito bom no sentido mais ingênuo, o problema é quando esta luta ganha ares de militância política vitimistas, e motivações quase inalcançáveis para se estabelecer uma união compreensiva dentro de uma sociedade, ao se colocar não como uma luta igualitária e sim como uma luta pela superioridade reparativa.

Esta Luta em engajamento político de militância, mantém os seus adeptos em um estagio permanente de afronta dos seus direitos, não admitindo-se a discordância argumentativa das suas posições ideológicas, na verdade o que se observa é uma imposição do modo de ver “Politicamente Correto”, numa censura disfarçada de tolerância ao outro. Ao congregar os vários grupos de lutas sociais, o marxismo cultural também colocou novas lutas em cada um deles, para deixa-los em uma luta de classes eterna e sem soluções.

Assim esta ideologia sequestradora de mentes politizou a Luta das Mulheres por igualdade de oportunidade e respeito social e incrementou mais mecanismo de rivalidades sociais, pregando não uma igualdade, mais uma superioridade feminina em detrimento a uma visão demonizada da figura do homem, colocando-o como um descontrolado generalizado quando diz que “todo homem é um potencial estuprador”.

Estes mecanismos encarcerantes são feitos para manter a luta e desfragmentar não só a estrutura da civilização ocidental mais também para manter a luta de classe no âmbito cultural. A popularização de certas palavras mágicas como “empoderamento feminino”, “discurso de ódio”, “sexismo”, e “desconstrução”, servem para popularizar entre os mais indoutos a sensação de uma luta legitima contra um opressor social, o ser que nunca deveria ter existido, “o Homem”. Todas as lutas ganham uma diretriz motivadora inalcançável afim de que nunca chegue a uma solução rápida - “o sucesso de uma sociedade igualitária” - mais sempre fiquem na manutenção das lutas entre homens e mulheres, pois é preciso manter a separação de grupos e isola-los das concordâncias em sociedade, só assim desconstruir toda a sociedade ocidental será possível.

Paradoxalmente, o maior interesse do Marxismo Cultural é manter as massas de grupos oprimidas e se digladiando com os chamados opressores, e na visão marxista, opressores é o que não faltam, pois a concordância e a união social é um sonho utópico que também é proibido de buscar, mais claro é mascarado para manter a massa em manobra, pois as uniões sociais dos diversos grupos acabariam com a fragmentalidade das lutas e do vitimismo, e assim o projeto de poder comunista seria também ameaçado, a final de contas para Marx uma sociedade sem luta desfaz o eixo doutrinário marxista, pois o marxismo só existe por causa das lutas sociais, sendo assim, manter uma sociedade dividida é essencial para o socialismo e seu projeto de poder para estabelecer o comunismo totalitário.

Lililson
Enviado por Lililson em 15/06/2018
Reeditado em 15/06/2018
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