Bispos manifestam preocupação com soberania do país em vários documentos 27/06/2018 Social

ELEIÇÕES 2018

Por um Brasil ético e sem armas e sem violências

J B PEREIRA

A atual eleição 2018 reunião muitos candidatos à presidência do Brasil. A preocupação do segundo turno reside na tensão e polêmica de Haddad, com o livro na mão esquerda e a carteira de trabalho na direita, e balsonaro, esfaqueado em Juiz de Fora, logo ele que se diz autorizado a armar a sociedade - o que gera mais violência. Sendo que o primeiro tem ótimo currículo e propõe mudança e programa social-democrático como processo afeito à sociedade na esteira do PT, enquanto o segundo candidato é militar da reserva com 28 anos na política com atuação antidemocrática. Sabe-se que a manipulação da mídia, analfabetismo político, imediatismo de soluções contra o crime e a corrupção, o povo não distingue facilmente as ideologias de esquerda e de direita: tudo isso concorre para votar de modo equivocado e revoltado contra o sistema, apelando para um candidato salvador-da-pátria ou um super-homem às avessas. Na verdade, a realidade que vivemos pós-crise do PT, lava-jato, Temer e corruptos no poder, Dilma fora!, Lula preso, Mouro e o STF não coloca na cadeia outros políticos corruptos... essa complexidade somada ao desemprego, criminalidade nos presídios, insegurança, falta de educação básica séria e estruturação da saúde... mais narcotráfico e refugiados no Brasil, crise da Venezuela, feminicídio... mais fome, seca, gerras de conquista de califado e reacionárias dos norte-americanos e da comunidade europeia contra refugiados (de natureza xenófoba e racista declarada com políticas neo-super-tradicionalistas das nações ocidentais versus orientais, no fundamentalismo terrível e terrorismo mundial), leis abortistas de maior calibre contra a vida e o direito de nascer, telejornal e mídia superficiais e confusos, transporte e cadeias e hospitais precários, falta de remédios e alimentação saudável, abandono de jovens da escola e do país para o exterior... tudo isso é reflexo-causa-efeito ao mesmo tempo de uma fenomenologia global e neoliberal complexa que aposta em impactos sociopolíticos e econômico-ecológicos do mercado sobre a sociedades em geral.

Dura escolha na cidadania plural e reflexivamente ética pela democracia quando se tem em descartes os direitos humanos, civis, das minorias, das mulheres, da educação das comunidades pobres, o direito ao emprego e o respeito às liberdades individuais e de constituir família.

Cada a cada um de nós escolher o ético em favor da justiça social sem armas e truculências, nada de violências contra os pobres, os jovens, os negros, os índios, as mulheres, os idosos, os direitos dos trabalhadores.

Por um Brasil ético - contra a desmoralização do poder e respeito à democracia em processo de amadurecimento histórico, sem retrocessos.

J B PEREIRA

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CNBB -2018

Bispos manifestam preocupação com soberania do país em vários documentos!

A conjuntura de crise vivida pelo Brasil chegou ao ponto de ter como proposta uma trajetória dita apontada para o futuro, mas que retorna uma agenda que se expressa em políticas de privatizações e cortes sociais tem preocupado o episcopado brasileiro.

Na última reunião do Conselho Permanente, entre os dias 19 e 21 de junho, os bispos presentes conversaram sobre a necessidade de defender a soberania dos bens do Brasil. O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, alertou que não se pode perder a soberania sobre os bens que estão ligados à Eletrobras e à Petrobras: água, petróleo, gás e energia elétrica.

Destaque na análise de conjuntura da reunião da última semana, o tema tem sido abordado desde o ano passado. Durante a 52ª Assembleia do Conselho Episcopal Regional Nordeste 2 da CNBB, em setembro de 2017, os bispos de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte posicionaram-se a respeito da privatização da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), que é vinculada à Eletrobras, estatal na lista de privatizações pelo Governo Federal. Para os prelados, a ação causará “um grande impacto”, afetando especialmente as populações ribeirinhas, agricultores familiares e ao meio-ambiente. O Conselho Regional convocou toda a sociedade a uma maior reflexão sobre as consequências da privatização da Chesf, “que viria causar danos irreparáveis ao meio ambiente e à sociedade”.

Em outro extremo do país, o regional Sul 3 da CNBB se posicionou por meio de texto assinado por seu presidente, o arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler, e divulgado em dezembro:

“É preocupante o descrédito da política, o avanço da corrupção e a dilapidação do patrimônio nacional. Assiste-se a entrega das riquezas naturais à exploração desenfreada de empresas multinacionais, que olham para nossos bens naturais apenas com o olhar da ganância e da avareza”.

“O patrimônio natural do Brasil é dos brasileiros”, ressaltou dom Jaime. “Sejamos defensores dos ideais da cidadania, da esperança e da soberania da população sobre o uso adequado do patrimônio do país, para que esteja à serviço do bem comum”, convidou o regional.

Neste ano, em um trecho da mensagem aos trabalhadores e trabalhadoras, no dia 1º de maio, a Presidência da CNBB salientou que a solução para a crise que abate o País não pode provocar a perda de direitos dos trabalhadores e sublinhou a questão da soberania: “Nos projetos políticos e reformas, o bem comum, especialmente dos mais pobres, e a soberania nacional devem estar acima dos interesses particulares, políticos ou econômicos”.

J B Pereira e http://www.cnbb.org.br/agenda-neoliberal-aumenta-preocupacao-dos-bispos-com-soberania-do-pais/
Enviado por J B Pereira em 18/10/2018
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