Movimentos sociais

Em meus um pouco mais de quarenta anos de idade já aprendi que uma pessoa que se vê como vítima do mundo, como a maior de todas as sofredoras, uma injustiçada, uma abandonada por todos, pela sociedade, não realiza nada em seu benefício e no benefício de outras pessoas, e aprendi, também, que a pessoa que põe acima de seu próprio sofrimento o sofrimento do mundo, não se prendendo em si mesmo, e abrindo-se para coisas que lhe são maiores, realiza em benefício de outras pessoas e de si mesma coisas que jamais pensaria ser capaz de realizar se vivesse a olhar unicamente para o seu próprio umbigo. E é porque sei disso que deploro o vitimismo inerente aos movimentos sociais reivindicatórios, que, supostamente, vem em atendimento de um bem às pessoas exploradas pela sociedade e para saldar uma dívida histórica; o vitimismo deforma o caráter.

Os movimentos sociais reivindicatórios excitam todos os mais reprováveis sentimentos humanos, todos os seus vícios, e os canalizam para o exercício de um projeto de aniquilação do homem. Inspiram-se, para a formulação de suas políticas, nas ideologias revolucionárias igualitaristas favoráveis à planificação estatal e aos governos totalitários. Dentre os movimentos sociais estão aqueles que atendem pelo nome de feminismo, negrismo, gaysismo, ambientalismo; são peças da máquina revolucionária, supostamente em defesa da justiça (e o ambientalismo, do planeta Terra) e da igualdade (e de fato da igualdade são defensores, mas a igualdade que eles almejam só se obtêm com sofrimento, miséria, injustiça e mortes a granel). Os militantes destes movimentos sociais são agentes de transformação da sociedade, são revolucionários; querem transformar uma sociedade que, de humanos, seres imperfeitos, é, portanto, imperfeita, numa sociedade perfeita, a socialista, e o que obtêm é o caos e o morticínio.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 24/03/2019
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