RALÉ, VAGABUNDISMO E CHINELAGEM

(Milton Pires)

Ralé – é um determinado segmento da Sociedade Brasileira que não tem cor, não tem raça ou religião específica. A ralé não é rica nem pobre, não é analfabeta nem tem PhD em Universidade Estrangeira. A ralé não é moral nem imoral, não age dentro nem fora da Lei. A ralé é amoral, ela não tem interesse em ser “bandida” nem “mocinha”, não se interessa por coisa alguma.

A ralé não tem qualquer vínculo com a formação cristã do povo brasileiro. Ela não é protestante, nem espírita nem segue religiões afro-brasileiras nem nega ou afirma a existência de Deus. A ralé é a “massa”atomizada que não é nem de Esquerda nem de Direita. A ralé NÃO deve ser confundida com a bandidagem.

A ralé não tem interesse em seguir NEM em violar a Lei. A ralé não acredita na Democracia nem na Ditadura – ela não pensa, nem quer pensar nisso. O Partido que (sem qualquer consciência ou intenção de fazer isso) representa a ralé no Brasil é o MDB.

Um exemplo: médicos, advogados, juízes, professores, policiais que abandonam colegas que lutaram por mais dignidade na profissão, que foram processados, demitidos ou presos, que enfrentaram secretários da saúde no Regime Petista, são representantes da “ralé”, mas eles NÃO são bandidos nem fizeram isso porque “odeiam os colegas” ou porque são petistas...são a massa, são a ralé comum. Só fizeram isso para “não se incomodar”.

Isso não tem qualquer tipo de importância pra eles...mas não é porque são “médicos” ou outros profissionais, ou “brasileiros”..ou brancos ou pretos ou ricos ou pobres...é porque são a ralé da sociedade.

O sentimento, a pulsão psicológica fundamental, da ralé é o NADA, o VAZIO a ser preenchido por alguma coisa em que ela, ralé, quer acreditar e não consegue. O mecanismo de defesa da ralé é o recalque.

O integrante da ralé é, por definição, SEMPRE um recalcado. É a enfermeira que não conseguiu ser médica, é o médico que não conseguiu ser prefeito ou secretário da saúde, é o advogado que não consegue ser juiz, o juiz que não consegue chegar ao STF...Ninguém pode pertencer à ralé sem ser um recalcado.

Vagabundismo – é um fenômeno político. Não existe “vagabundismo de Direita”. As pessoas da direita podem roubar, podem mandar matar e instaurar Ditaduras no país, mas não são vagabundas. O Vagabundismo é a ação política da ralé orientada pela Esquerda Brasileira. O Vagabundismo é a manifestação Partidária do PT, PC do B e PSOL. Bolsonaro é um Miliciano Evangélico envolvido com a podridão, corrupção e o roubo do RJ, mas não é (nem consegue ser) um Vagabundo como disse o Delegado Waldir do PSL.

Só pode haver Vagabundismo em países com grandes populações, com uma Democracia em Colapso completo, e com uma grande quantidade de gente que pertença à Ralé.

Lula é um Vagabundo. Hitler, Mussolini e Stálin também eram. No vagabundismo, como eu já escrevi, pessoas fazem sexo anal por um mundo melhor, andam peladas de bicicleta, introduzem crucifixos no ânus...e sim: estas pessoas são Vagabundas da Esquerda e o que fazem é o Vagabundismo Legítimo. O fundamento psicológico do vagabundismo é a utopia, o verdadeiro vagabundo é a matéria prima capaz de dar forma política ao fascismo, ao nazismo e ao stalinismo.

O vagabundo é um fanático e deve ser levado extremamente a sério. Ele não é uma figura cômica das ruas do Rio de Janeiro como aquela que vemos no filme “Vai trabalhar, Vagabundo”. Aqui, na definição política, o sentido do termo “vagabundo” é outro.

Chinelagem – o termo “chinelagem” popularizou-se no Rio Grande do Sul através do Jornalista Rogério Mendelski, da Rádio Guaíba de Porto Alegre. Não foi ele a pessoa que inventou a expressão. A chinelagem é a ação, o comportamento baixo e imoral de qualquer pessoa, de qualquer classe social, cor ou religião, que NÃO tem sentido político.

É a baixaria cometida pela celebridade ou pelo pobre desconhecido. A chinelagem pode ser involuntária e inofensiva, ela é o resultado da miséria moral e cultural da ralé. O Vagabundismo NUNCA é involuntário. Não existe Partido Político da Chinelagem. A chinelagem é “ato puro” sem qualquer intenção originalmente política.

Por exemplo: se uma coitadinha de favela do RJ, que agora está podre de rica e dança como puta, diz que funk é “arte” e pinta uma das unhas do pé de verde para “acabar com a guerra na Síria”, isso é só um ato de chinelagem pura. Não há efeito político algum nisso. Nada. Não vai ser ato eficaz nem se ela tomar banho de tinta verde e sair pulando pela rua. É só chinelagem. Não é atitude de Vagabundo Petista, do PSOL e PC do B, não.

Porto Alegre, 18 de outubro de 2019.

cardiopires
Enviado por cardiopires em 18/10/2019
Reeditado em 20/10/2019
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