A CRENÇA NA REENCARNAÇÃO

A CRENÇA NA REENCARNAÇÃO

Por: ANTONIO PAIVA RODRIGUES

O conhecimento da crença na reencarnação é importante para se apreciar casos que aconteceram no decorrer do tempo. Alguns filósofos da Grécia antiga acreditavam na reencarnação e a passaram para os seus discípulos. Dentre esses primeiros está Pitágoras (c, 582-500 a.C.) (Diógenes Laertius, c. 250/1925; Dodds, 1951; Lamblichus. 310/1965), atribuem a Pitágoras a lembrança de vidas passadas {Burkert, 1972, Diógenes Laertius c.250/1925}, até aqui nada demais. O mais famoso defensor da reencarnação dentre os gregos antigos foi Platão, que expôs o conceito em inúmeras obras como Fédon, Fedro, Ménon, (Plato, 1936) e também na República (Plato, 1935). Apolônio, grego nascido em Tiana, sábio e filósofo do século I d.C., fez da reencarnação o dogma central de seus ensinamentos (Philostratus, 1912). Dois séculos mais tarde, Plotino (c.205-270) e os sucessores neoplatônicos também ensinaram a reencarnação (Inge, 1941; Wallis, 1972).

Plotino tinha um conceito ético da reencarnação que não diferia muito do que se desenvolvia na Índia na mesma época, coisas... que acontecem com os bons injustamente , como punição, a pobreza ou a doença, pode-se dizer que elas ocorrem devido as ofensas cometidas em uma vida passada. Júlio César apontou esse fato quando pensou que a crença na reencarnação, que ele conheceu com os druidas, da Gália, e da Britânia, valia a pena ser comentada em De Bello Gallico (Caesar, 1917). Em outras partes do mundo, fora da influência romana, a crença teve alguma aceitação. Alguns escritos europeus do norte (nórdicos) antes da cristianização de suas terras sugerem que a crença na reencarnação ocorreu entre eles (Davdson, 1964; Ker, 1904), porém não sabemos o quanto era generalizada naquela época. O Novo Testamento registra passagens na vida de Jesus pelos quais podemos concluir não que Jesus pregasse a reencarnação, porém que o conceito era conhecido das pessoas ao seu redor e considerado discutível.

Alguns cristãos acreditavam na reencarnação e eram chamados de gnósticos. No nascimento, todos os homens são imbuídos das almas dos bebês, mas como pode ser que um homem que morre em idade avançada retorne a vida como bebê? Pelo menos a alma deveria retornar na idade que tinha ao partir, para retornar a vida do momento que onde ele foi deixada. Aqui para maior claridade quando falamos em alma estamos nos referindo ao espírito encarnado, pois o Espírito quando o corpo entra em estagnação biológica (morte) ele se desprende do corpo inerte e seu Perispírito volta ao mundo espiritual, onde ficará na erraticidade. Tudo em termos de religião e crença dependa da fé humana. Até a crença em Deus se baliza nessa crença.

No velho Testamento, encontramos inúmeras passagens que mostram, de uma forma bem compreensível e evidente, o conhecimento e aceitação do princípio da Reencarnação pelos profetas, reis e demais personagens daquela época. Em Gênesis o primeiro livro da Bíblia nominado pelos hebreus de Bereshit, (no princípio), nome da primeira palavra do livro. Em Grego seria Em arché (no princípio), mas a tradução da LXX(setenta) preferiu intitular de Gênesis que contém mil quinhentos e trinta quatro (1534) versículos, onde relata a origem do universo e da humanidade. No capítulo I, vers.2, lê-se que a terra estava informe e vazia; e o espírito de Deus, em hebraico (rúach) em grego (pneuma) pairava sobre as águas. “O sentido completo do versículo: E a terra era um caos, vazia e em trevas, as faces de deus cobriam os abismos e o espirito de Deus pairava sobre as águas.”

No versículo 26, do mesmo capítulo. Deus disse: “Façamos o homem nossa imagem e semelhança”. Chamamos a atenção para o fato de estar o verbo no plural. Em todos os versículos da criação, Deus ordena: “haja luz, haja firmamento, haja erva, haja seres vivos”, etc. Todas as ordens estão no singular, no entanto, no momento da criação do Homem, Deus usa o verbo no plural, façamos. Alguns exegetas afirmam que se trata da relação do Único com a totalidade dos humanos. Isto, no entanto, está em desacordo com o sentido que é expresso em Gen.11:17. Entendemos, aqui, Elohims como anjos de Deus enviados para criar o homem. Como sabemos, os anjos são espíritos que atingiram a plenitude do desenvolvimento através de suas diversas reencarnações, por isso é que afirmaram: “façamos o homens nossa imagem e semelhança espiritual”. Ninguém jamais viu Deus (Jo, 1:18). Como poderia o homem ser a imagem e semelhança daquilo que nunca fora visto? NO entanto, podemos ser a imagem e semelhança do que foram os anjos que nos criaram.

Talvez alguém ache complicada tal situação, mas no Gênesis, cap.2 vers., 7 Elohim formou o homem (adam) do barro (adamá) no grego (ântropos) e inspiraram-lhe, nas narinas, a alma em (hebraico= NESHAMÁ, NEFÉSH), em grego =psiquê, e o homem se tornou um ser vivente. Esta definição está de pleno acordo com a definição de Kardec, no Livro dos Espíritos, quando afirma que ALMA é o ser imaterial e individual que reside em nós e sobrevive ao corpo. Os Espíritos, na questão 143 do L.E., e., informam que a alma é o espírito encarnado e que antes de se unir ao corpo é um espírito livre. Deus, através de seus anjos, toma do seu espírito que pairava sobre as águas (Gn.1:2) e forma o HOMEM (Adam) colocando-lhe a Alma (Nefést) soprando-lhe nas narinas e tornando-o ser vivente, espírito encarnado. Pode-se ver também em (Gen.2:7/ 4:7/ 4:15).

Existe um direito de progenitura estabelecido pelo próprio Deus em Deuteronômio 21:15-17. Como o próprio Deus iria quebrar este princípio? Só a reencarnação pode explicar estas preferencias, uma vez que Deus não pune ninguém. Tudo que recebemos d’Ele é fruto de nossa conquista, através de sucessivas reencarnações. O grande Severino Celestino da Silva em seu livro “Analisando as Traduções Bíblicas explica com detalhes todas as dúvidas que por ventura surgirem. Refletindo a essência da mensagem bíblica”. Define-se por crença a firme convicção e a conformidade com algo. A crença é a ideia que se considera verdadeira e à qual se dá todo o crédito. Exemplos: “A crença dos investigadores é que a menina está viva e que se encontra algures no país”, “Ninguém pode pôr em causa a crença de uma mãe, mas o que é certo é que as provas indicam o contrário”, “Nos momentos mais difíceis, vou buscar força às minhas crenças”.

É possível distinguir as crenças abertas (que admitem discussão a partir de uma análise lógica e racional) das crenças fechadas (só podem ser discutidas por uma autoridade). No primeiro grupo, pode-se mencionar as crenças científicas, uma vez que qualquer indivíduo capaz de provar o contrário está em condições de refutar uma crença. Entre as crenças fechadas, as mais comuns são as crenças religiosas (que emanam de uma divindade e são administradas por uns poucos eleitos).(fonte http://conceito.de/crenca-internet). No colóquio de Jesus com Nicodemos há uma conotação sobre reencarnação. “Havia um homem dentre os fariseus, chamado Nicodemos, principal entre os judeus; este foi ter com Jesus à noite e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus, pois ninguém pode fazer estes milagres que tu fazes, se Deus não estiver com ele, Jesus respondeu-lhe: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.

Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer sendo velho? Pode, porventura, entrar novamente no ventre de sua mãe e nascer? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém mão nascer do água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. “O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do Espírito é Espírito”. É-vos necessário nascer de novo. O vento sopra onde quer , e ouve a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai: assim é todo aquele que é nascido do espírito. Como pode isso? Perguntou-lhe Nicodemos. Respondeu-lhe Jesus: Tu és mestre em Israel e não entendes estas coisas/ Em verdade, em verdade te digo que falamos o que sabemos e testificamos o que temos visto e não recebeis o nosso testemunho.

Se vos tenho falado das coisas terrenas , e não me credes , como que crereis, se vos falar das celestiais? Ninguém subiu ao Céu, se não aquele que desceu do Céu, a saber, o Filho do Homem. “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna”. (João, III, 1:15). A água a que Jesus se refere é o líquido amniótico onde a criança é gerada durante nove meses no ventre de sua mãe. E que para essa criança tenha vida é preciso que haja um Espírito para reencarnar. Sem a presença do espírito não haverá vida, assim chamamos ou nominamos os natimortos. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- JORNALISTA-MEMBRO DA ACE- DA UBT- DO PÓRTAL CEN (LUSO-BRASILEIRO) RECANTO DAS LETRAS – DO PARA LER E PENSAR E DA ALOMERCE.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 27/07/2017
Código do texto: T6066611
Classificação de conteúdo: seguro