O PAPEL DA CAPELANIA ESCOLAR NUMA ESCOLA CONFESSIONAL

O PAPEL DA CAPELANIA ESCOLAR NUMA ESCOLA CONFESSIONAL

Beatriz Vasconcelos Rabello

RESUMO

Com a intenção de descrever o desenvolvimento da religião no Brasil e destacar os agentes sociais envolvidos, esse trabalho tem como foco discutir a importância do ensino religioso nos colégios assim como a relevância da Capelania nestas instituições de ensino. Para desenvolvimento deste trabalho fora adotada a metodologia de pesquisa bibliográfica qual fora firmada em uma densa revisão literária com ênfase na importância da igreja e do protestantismo através dos tempos. Por meio desta análise fora possível identificar e contemplar a grande importância do ensino religioso na formação do aluno nos tempos modernos, este também coloca-se luz sobre a crise na fé e a necessidade de uma maior e efetiva ação evangelizadora como ferramenta para a propagação da fé cristã.

Palavras-chave: Capelania escolar; Religião; Escolas.

ABSTRACT

In order to describe the development of religion in Brazil and highlight the social agents involved, this work focuses on discussing the importance of religious education in schools and the relevant of Chaplaincy in these educational institutions. To develop this work had been adopted the literature search methodology which had been signed in a dense literature review with emphasis on the importance of the church and Protestantism through the ages. Through this analysis was possible to identify and consider the importance of religious education in the education of students in modern times, this also puts up light on the crisis in faith and the need for greater and effective evangelization as a tool for the spread of Christian faith.

1. INTRODUÇÃO

Com o objetivo de relatar o desenvolvimento da religião no Brasil e destacar os atores sociais envolvidos nessa questão esse trabalho teve como intuito discutir a importância do ensino religioso nas escolas, assim como a atuação da Capelania dentro da escola, por meio de uma revisão de literatura da importância da igreja e do protestantismo através dos tempos. Para tanto utiliza-se como referencial teórico os trabalhos: Religião em sala de aula: o ensino religioso nas escolas públicas de César Ranquetat Júnior; Ensino religioso na escola pública: o retorno de uma polêmica recorrente, do autor Carlos Roberto Jamil Cury, O Ensino Religioso no Brasil - tendências, conquistas e perspectivas da autora Anísia de Paulo Figueiredo entre outros que estão relacionados a bibliografia.

O motivo que levou a escolha do presente tema, foi à necessidade de conhecer mais amplamente a Capelania nas escolas na atualidade.

Não há pretensão neste trabalho esgotar todas as considerações sobre a temática tratada, e sim, realizar uma reflexao sucinta sobre os pontos mais importantes, de maneira a esclarecer da melhor maneira possível.

Capelania é um termo usado para designar o serviço religioso prestado por pessoas capacitadas chamadas Capelão. A Capelania tem por objetivos prestar apoio espiritual e compromete-se com a formação integral do ser humano, ajudando-o a resgatar valores construtivos. É uma das maneiras efetivas de colocarmos em prática o princípio de chorar com os que choram. É um chamado missionário para o serviço de consolação e de celebração. (FERREIRA,2012,p.25). Tendo por base as Escrituras a Capelania procura transmitir palavras de orientação e encorajamento ás pessoas. Atualmente a Capelania atua nos mais diversos segmentos: militar, hospital, governo, prisões, empresas, escolas e universidades, asilos e cemitérios. Contudo, a origem deste serviço deu-se na área militar na França por volta do ano 1780.

Neste trabalho cuja metodologia utilizada será uma Revisão Bibliográfica, optaremos por deter-nos apenas na Capelania escolar numa escola confessional apresentando a relevância do serviço do capelão junto aos alunos bem como seus familiares, professores e colaboradores. Este público-alvo, cuja profissão de fé difere entre si, convivem-se diariamente no ambiente escolar. Cada qual com seus dilemas e necessidades; conflitos próprios do ser humano. Tais fenômenos permeiam uma variedade de demandas passando pelas institucionais, emocionais, sociais. Isto posto torna-se essencial a prática pastoral para assistir, orientar e aconselhar as pessoas no ambiente escolar.

Esta pesquisadora apresentará de forma sucinta como a Capelania pode contribuir para o bem-estar da instituição e seus frequentadores apresentando no primeiro momento um pouco da história da Igreja ao longo do tempo até nossos dias, a seguir passaremos a informar o conceito de Capelania, sua origem e sua importância desde a sua formação e a relevância nos dias de hoje e finalmente falaremos das demandas dos dias atuais nas escolas e a necessidade de prosseguir com o serviço da Capelania como meio de prevenção e ajuda imediata aos que frequentam as muitas escolas neste país.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. A IGREJA E A FÉ CRISTÃ

Na história da humanidade houve um período chamado Iluminismo onde a reorganização dos pensamentos marcou para sempre o modo de pensar. Nesse período ninguém estava mais disposto a aceitar os antigos dogmas. Agora, os indivíduos pensantes queriam ser convencidos de que era razoável tudo aquilo que criam. O modo de pensar dos cristãos sobre Deus, sobre si mesmos e o mundo ao seu redor foi alterado de modo permanente e irreversível. (GRENZ & OLSON, 2003,p.13).

Os discípulos de Jesus, após Sua morte e Ressureição, perceberam-se como o verdadeiro Israel, ou até mais do que isso: eles não apenas se percebem como o verdadeiro, mas, ao mesmo tempo, como o novo Israel. Esta mudança de pensamento fundamentou-se na fé pessoal no Cristo ressuscitado. A fé nunca é tratada como novidade da nova aliança, nem tão pouco se traça alguma linha de distinção entre a fé das duas dispensações, JO 5.46; 12.38,39;RM 1.17 (BERKHOF,1990,p.497). Do ponto de vista dos que creram, as promessas do Antigo testamento estavam portanto cumpridas em Cristo.

Judeus e gentios agora juntos constituem um único povo: A Igreja. Ambos tornam-se os ramos da oliveira - o povo de Deus - o verdadeiro Israel. Segundo Cairns (2001), “Cristo é mais o fundamento do que o fundador da Igreja”. Ele prossegue dizendo:

Isto fica evidente pelo uso do tempo futuro que faz em Mateus 16.18, ao dizer: “Sobre esta pedra edificarei a minha igreja. Lucas destaca isto ao nos informar em seu Evangelho “acerca de tudo quanto Jesus começou a fazer e ensinar” (At 1.1.). (CAIRNS,2001, p.45).

No grego, etimologicamente, ekklesia significa reunião pública, Assembléia, reunião da comunidade política. BERKHOF (1990,p.554) destaca que o termo Ekklesia “geralmente designa a igreja neotestamentária, embora nuns poucos lugares denote assembleias civis comuns, At 19.32,39,41”. No evangelho escrito por Mateus capítulo 16 e versículo 18, Jesus é o primeiro a fazer uso da palavra, e Ele a aplicou ao grupo dos que se reuniram em torno dEle. Eram pessoas que reconheceram-No publicamente como seu Senhor e aceitaram os princípios do reino de Deus. Os cristãos quando se chamam a si mesmos de Ekklesia de Deus, devem ter-se compreendido como o verdadeiro Israel (SAYÃO, 2001).

Desta forma, fé e igreja caminham juntas. Mondim (2003), é enfático ao dizer que:

A igreja primitiva em sua pregação Identifica o Cristo que proclama como Senhor e Salvador com Jesus de Nazaré, o qual como verdadeiro homem viveu, ensinou, sofreu e morreu em completa obediência a Deus e entrega de Si mesmo. Em sua vida, viu a manifestação do amor salvífico do próprio Deus.(MONDIM,2003,p.238).

Entendemos, portanto, que a Igreja não é apenas um ajuntamento de pessoas que creem na pessoa do Cristo, que de comum acordo decidem se reunir para juntas prestarem seu culto a Deus, em nome de Jesus. A Igreja é um ajuntamento, uma congregação de pessoas que uma vez chamadas pelo próprio Deus, respondem positivamente a essa vocação. E então, neste sentido, Deus vem primeiro. É uma resposta que advinda de uma fé que transforma a vida. Duncan (2012) ao falar sobre a fé cristã enfatiza que esta, é uma dramática mudança de confiança que transforma a vida; deixamos de confiar no que estávamos confiando – riqueza, em amizades, no casamento...o que quer que fosse ou onde quer que estivesse a nossa confiança, a nossa esperança e “mudamos dessas coisas para Deus, para Deus somente: para Sua Palavra, Sua Promessa, Sua Graça”.

2.2 A CRISE DA FÉ

“E perseveram...na comunhão (Atos 2.42), todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum” (At 2.44). Mas com o passar dos dias algo foi se modificando. A fé em Deus foi substituída pela fé no cristianismo. Segundo Smith (2006):

À medida que a fé dos cristãos em Deus decrescia, passaram a se ocupar com o cristianismo; e à medida que sua relação pessoal com Cristo praticamente desapareceu, eles se voltaram para a religião como consolo. (...). Atualmente, alguns cristãos chegam a falar em crer no cristianismo (em vez de crer em Deus e em Cristo), em proclamar o cristianismo (em vez de proclamar a boa-nova, a salvação, a redenção), em praticar o cristianismo (em vez de praticar o amor). (SMITH,2006, p.119).

Portanto, percebe-se que crer na pessoa do Cristo, em tais circunstancias não era mais significativo ou plausível. Melhor opção, de acordo com estes cristãos seria crer na religião e esta fé seria mais na própria instituição propriamente dita.

Smith (2006) conclui: “Um cristão que leva Deus a sério deve reconhecer certamente que Deus não se importa em absoluto com o cristianismo. Deus se preocupa com pessoas, não com as coisas”

De acordo com Maia (2014 ):

Ao longo dos anos percebemos um distanciamento claro entre o Cristianismo que Jesus plantou e o “cristianismo” que os homens criaram. No meio desses dois conceitos a religiosidade clerical e o liberalismo herético fazem da igreja uma plataforma cênica e cínica de líderes totalmente despreparados e com uma teologia frágil e sem nenhuma ortodoxia. A igreja em nossos tempos não expressa a compaixão por vidas e nem pelo desejo ardente da transformação da comunidade. Em nada parece com a igreja de atos 2.42. Uma igreja que movida pelo Espirito Santo preocupava-se em quebrar sofismas, estruturas sociais injustas e acima de tudo, preocupava-se com o sustento comum da comunidade. (MAIA, 2014, p. 32).

Assim, de acordo com a História da Igreja entendemos que os cristãos ao longo de sua trajetória tem vivenciado a fé frente a diversos inimigos que se empenharam para subverter a fé cristã e ainda hoje o fazem , agravando assim a crise da fé. Essa crise tem sido, em nossos dias, um dos obstáculos á evangelização.

2.3 PROTESTANTISMO

O movimento protestante no século XVI trata-se de um movimento religioso atribuído aos que eram a favor da doutrina do luteranismo dentro do Sacro-Império da Alemanha. Ao lado do Cristianismo, este movimento foi contra as práticas da Igreja Católica. Iniciado pelo monge Martinho Lutero, esse movimento causou grande impacto dentro do Catolicismo e perdura até nossos dias.

Boisset (1971 ) conceituou o protestantismo como:

[...] algo diferente; é sobretudo uma atitude de interioridade, um movimento da mente, um jato da consciência, uma resposta á indagação inquieta do homem a respeito das suas relações com Deus: é atitude de pensamento e de vida no seio do cristianismo que se pretende fiel ao evangelho.(BOISSET, 1971,p.09).

Nas palavras de Boisset portanto, percebemos que ele diferencia o protestantismo do catolicismo. Para esse autor o Protestantismo é caracterizado como um fenômeno oriundo da racionalidade; na verdade, segundo a linha de pensamento de Boisset o protestantismo é uma resposta “á indagação inquieta do homem”; isto é: enquanto que o Catolicismo demonstrava sua fidelidade á interpretação do sacerdote o protestantismo franqueava á todos interpretar o Evangelho.

Desse modo, seria melhor estabelecer quatro categorias de igrejas cristãs mundiais:

Romana, ortodoxas ou orientais, anglicana e protestantes. Embora a ala chamada Evangélica da Igreja Anglicana seja significativa por se aproximar bastante dos protestantes em geral, creio não se justificar uma outra categoria, vez que o anglicanismo, apesar disso, mantém sua unidade (ROLIM, 1995).

Segundo Ferreira (2006):

O protestantismo é um dos grandes ramos do cristianismo. As grandes linhas divisórias do cristianismo têm sido delineadas da seguinte forma: catolicismo romano, igrejas orientais e ortodoxas, protestantismo. A. Mendonça (1990) observa que tal categorização deixa em aberto um problema: onde encaixar o anglicanismo? Embora a Igreja da Inglaterra resulte da Reforma Religiosa, acabou ficando a meio caminho entre o catolicismo romano e o protestantismo. (FERREIRA,2006 ).

Dessa forma verifica-se que o protestantismo enquanto movimento religioso traz em seu cerne uma realidade multifacetada: religião, social, politica e cultural. Assim esse fenômeno, ao longo de sua trajetória tem sido interpretado de diferentes maneiras por diversos autores. Mendonça (1990) faz a seguinte observação:

Protestantes seriam aquelas igrejas originadas da Reforma ou que, embora surgidas posteriormente, guardam os princípios gerais do movimento. Estas igrejas compõem a grande família da Reforma: luteranas, presbiterianas, metodistas, congregacionais e batistas. Estas últimas, as batistas, também resistem ao conceito de protestantes por razões de ordem histórica, embora mantenham os princípios da Reforma. Creio não ser, por isso, necessário criar para elas uma categoria à parte. São integrantes do protestantismo chamado tradicional ou histórico, tanto sob o ponto de vista teológico como eclesiológico. Estes cinco ramos ou famílias da Reforma multiplicam-se em numerosos sub-ramos, recebendo os mais diferentes nomes, mas que, ao guardar os princípios fundantes, podem ser incluídos no universo do protestantismo propriamente dito.(MENDONÇA apud FERREIRA,2008 p.69)

Assim, temos que as igrejas oriundas da Reforma e os “sub-ramos” são as que formam a igreja evangélica de nossos dias. Sua liturgia e estrutura receberam ao longo do tempo, a contribuição de diversos movimentos como anabatismo, puritanismo, pietismo, avivamentos do século XVIII, sociedades missionárias, fundamentalismo, pentecostalismo clássico e missão integral. Ludovico (2009), em seu artigo “A Reforma Protestante e a Espiritualidade Clássica” comenta que “o conjunto destes movimentos iniciados com a Reforma é o que conhecemos como protestantismo”.

Uma característica fundante do protestantismo desde a sua grande expansão no século 19 de acordo com Mendonça (1999) era transformar sociedades segundo os valores protestantes da ética econômica e do trabalho, também atuar nas áreas políticas tendo como base o modelo democrático e republicano, daí seu envolvimento com a educação secundária e superior.

As escolas, atividade comum aos protestantes que se estabeleram no Brasil, tinham diversos propósitos, que se confundiam e se completavam. O primeiro objetivo era difundir a cultura protestante através de métodos educacionais modernos. (...). Uma segunda intenção era formar uma elite que, se não fosse protestante, pelo menos tivesse sido influenciada pelos valores e princípios da cultura que lhe era proposta pelas escolas.(MENDONÇA,1999,p.105)

No aspecto da evangelização individual o objetivo seguiria a mesma convicção, isto é: de que a conversão à religião e aos valores protestantes transformaria indivíduos em agentes de mudança social. Segundo Campos Jr (1996) o protestantismo passou a investir na educação visando alcançar a sociedade. Para alcançar tal objetivo houve a criação de colégios protestantes, seguidos de seus cursos superiores, embasados na pedagogia pragmática norte-americana, fato que contribuiu para reformas pedagógicas, inicialmente no Estado de São Paulo e, posteriormente, nas demais regiões do País.

De acordo com Ferreira(2004):

A contribuição protestante para a educação brasileira manifestou-se não só na criação de escolas [...]como também na difusão de ideias nacionais. A origem dos missionários fazia com que os mesmos estivessem em contato com as teorias pedagógicas da época, o que os tornava possuidores de um conhecimento que para os reformistas pedagógicos, denotava grande interesse. Não só o domínio das teorias pedagógicas interessava aos reformadores, mas também sua concepção de mundo próxima aos ideais liberais e das ideias republicanas que se manifestaram na pratica educacional protestantes. (FERREIRA,2004, p.15)

Nessa linha de pensamento entendemos portanto que o protestantismo confessional como o conjunto de denominações (presbiterianas, congregacionais, luteranas, batistas, metodistas) de modo significativo contribuem ativamente na construção de uma nova sociedade, pautados teologicamente pelos princípios originados na Reforma do século XVI e dinamizadas em sua atividade evangelizadoras.

Santos (2014), comenta que “os protestantes sempre defenderam que a Bíblia deveria estar nas mãos do povo. Desta forma, era fundamental que o povo fosse letrado. A fundação das primeiras igrejas em solo brasileiro foi acompanhada da fundação das primeiras escolas confessionais”. Ele ainda prossegue afirmando que:

A escola é o maior campo missionário dos nossos dias. Nossa aproximação dela nos revela uma desafiadora realidade. Professores, diretores, alunos e pais estão exauridos em busca de soluções para seus conflitos e percalços. Essa realidade pode ser vista como uma grande porta aberta para que a igreja brasileira seja relevante em seu tempo. (SANTOS,2014, p.07).

Como exposto acima, temos que as escolas, sejam públicas, comunitárias ou funcionais, particulares de donos não religiosos, particulares com donos com responsabilidade religiosa, confessionais abertas ou religiosas são na atualidade, oportunidades para evangelização, propagação do reino de Deus e cuidados que a Capelania Escolar pode proporcionar.

2. 4 CAPELANIA

O conceito histórico do termo Capelania, foi criado na França, por volta do ano 1700. Conforme Damy Ferreira (2008):

Na França, era costume transportar uma relíquia de capela ou oratório de São Martin de Tours para os acampamentos militares em tempo de guerra. Montava-se uma tenda especial e a relíquia era posta ali, onde era mantido um sacerdote para ofícios religiosos e aconselhamento. A Tenda era chamada de “capela”. O Costume foi-se perpetuando e mesmo em tempo de paz a “capela” era mantida no reino com um sacerdote como conselheiro que, com o tempo -porque cuidava da capela- passou a ser chamado “capelão”. (...) O serviço costumava estender-se também a outras instituições, como: Parlamento, Colégios, Cemitérios e Prisões. Portanto, havia nascido a “Capelania”.(FERREIRA,2008,p.27).

Foi então nesse contexto militar, conforme vimos, que nasceu a Capelania, essa atenção dispensada aos necessitados. Contudo, podemos concordar naturalmente quanto á essa questão do cuidado ao próximo, sempre houve, e, haverá ainda, em todos os tempos, pessoas que precisarão de cuidados nas mais diversas áreas.

Santos,(2014,p.10) diz que a Capelania é o serviço de apoio e assistência espiritual comprometida com uma visão da integralidade do ser humano. Isto significa que o cuidado dispensado deve buscar atender ás necessidades físicas, emocionais, intelectuais e espirituais, do ser humano. Conforme Vieira (2011,p.19), “há crises de toda sorte atingindo a vida das pessoas neste tempo. Crises espirituais, emocionais, éticas, sociais e existenciais que afetam famílias, alunos e escola”. Assim, o capelão, no exercício da Capelania tem a função de orientar e encorajar nos momentos de crise, buscando reavivar a fé e a esperança.

É um serviço que faculta ás pessoas a Boa Nova de salvação, esperança aos que sofrem, a cura ao que está enfermo. No cerne da Capelania encontra-se o aconselhamento psico-biblico. A pratica deste exercício requer que a pessoa que desempenha tal atividade se fundamente basicamente em três pilares: ética, aconselhamento e assistência. Estas características vão qualificar o profissional da Capelania diferenciando-o das práticas não profissionais.

Assim sendo temos que o Capelão no exercício da Capelania é uma pessoa que prioriza e valoriza o dom da vida. Ao mesmo tempo em que desenvolve seu ministério de aconselhamento, cuidado e semeador das Boas Novas, o capelão é, necessariamente, alguém que respeita cada individuo em sua necessidade, seu contexto e sua fé. Na serviço da Capelania, esse profissional tem consciência de que atua como alguém capacitado á transformar a vida do outro, “salvando “-o das tristezas, angustias e dores que esteja vivenciando. Afim de que alcance seus objetivos, o capelão(a) precisa aplicar-se á uma vida de oração e á comunhão com Deus. Estas práticas o capacitarão a olhar para o outro como sendo “á imagem e semelhança de Deus”.

Não erraremos se dissermos que Capelania é a arte de cuidar do outro. E o serviço de cuidar de pessoas é bíblico. Esse cuidado pode acontecer nas mais diversas áreas da sociedade. O cuidado que o Capelão vai dedicar á pessoa não pode ser visto apenas como mais um ato, ao contrário, é uma atitude que denota não apenas alguns momentos de atenção, zelo e dedicação. Ele vai além porque representa uma “atitude de ocupação, preocupação, de responsabilidade e de envolvimento afetivo com o outro, pois uma atitude perfaz uma fonte, pela qual descendem muitos atos”. (HOEPHNER 2008, p.14-15).

2.5 CAPELANIA ESCOLAR

Capelania Escolar é o cuidado dispensando ao individuo dentro do ambiente escolar. É um ministério pastoral, segundo escreveu Ferreira (2013):

Capelania escolar é um ministério pastoral, pois requer do capelão um coração de pastor, e o coloca na posição daquele que chora pela dor do outro, que se preocupa com o bem estar do ser humano, que ama, que anda entre eles com olhos de amor. (FERREIRA,2013,p.26).

Se pensarmos na Capelania como um serviço pastoral enquanto cuidar de pessoas, conforme acabamos de citar, precisamos atentar para algumas particularidades no que se refere, aqui de forma sucinta, a atuação do capelão na escola. Adotar uma postura ética e trabalhar em conjunto com as diversas áreas da estrutura escolar. Muitos são os desafios que se apresentam diariamente na esfera escolar portanto, não se pode esquecer que o trabalho deve ser em conjunto.

Santos(2014) ao escrever sobre o dia a dia da Capelania esclarece que:

(...) O capelão não pode esquecer que as normas disciplinares aplicadas pela direção não devem ser questionadas, principalmente diante da turma. O capelão não deve interferir em outros setores da escola, já que a responsabilidade dele é antes de qualquer coisa, estabelecer equilíbrio emocional através do suporte espiritual. (SANTOS,2014.p.64-65).

O serviço da Capelania no ambiente escolar estará atuando com uma comunidade plural, isto implica em adotar uma postura ética em relação ás profissões de fé. Deve-se ter bem esclarecido que o respeito ao individuo e á sua convicção religiosa exigirão do capelão habilidades e sabedoria para lidar com todos nesse universo.

Ferreira (2012) elenca outros elementos necessários na atuação da Capelania:

O capelão precisa ter conhecimento, por isso deve ser um pesquisador. Ele deve ser apto para falar sobre sobre as drogas, a sexualidade, a falta de limites, a violência, depressão, e outros temas transversais, uma vez que ele tem um antecipado senso de conhecimento de tais enfermidades sociais. Também o capelão de ter capacidade de intervenção diante dos problemas emergentes na escola. Ele tem a Bíblia como seu manual de vida, ele tem sabedoria para aconselhar, orar, demonstrar carinho, ouvir e oferecer ombro amigo. ( FERREIRA, 2012, p.27).

Percebemos então que o capelão é alguém que sabe dialogar, transitar no ambiente escolar respeitando seu espaço e dos demais, que sabe que seu serviço representa um espaço privilegiado para traduzir a Boa Nova, e isso se dá na linguagem dos relacionamentos. Viera,(2011,p.18) nos diz que que a Capelania Escolar “é a fé se concretizando no dia-a-dia da escola através dos atos solidários, na presença amiga quando se enfrenta as dores da alma e no levar a mensagem de Cristo”.

A Capelania escolar é um serviço sempre pronto á necessidade do outro. No ambiente escolar é possível ver pessoas ressentidas, magoadas, rejeitadas. Há também as que estão de bem com a vida, motivadas, e ainda assim necessitam de um conselho, de uma palavra amiga. Por isso é que o capelão deve ser alguém que transmita confiança e segurança.

Ferreira(2012) referindo-se a Capelania como a arte de ser um conselheiro á disposição, comenta que:

Lidar com pessoas é diferente de lidar com maquinas. As máquinas não contestam, não discordam nem se expressam. São programadas para fazer tudo o que pretendemos. Mas a Capelania lida com pessoas reais, de carne e osso. Por este motivo precisamos ter muita sensibilidade ao falar, e prontidão para ouvir os problemas que as assolam.(...). Apesar da escola ser um lugar de informação, orientação, formação, e interação, as pessoas inseridas neste ambiente ainda buscam conselheiros de verdade. Conselheiros que sejam éticos como confidentes, amorosos e sábios. ( FERREIRA, 2012, p.31 ).

No ambiente escolar portanto, muitas são as demandas que se apresentam além das pertinentes á grade curricular, é nesse contexto então que surge o capelão com sábias e oportunas palavras. Buscando levar o aconselhando a refletir sobre suas questões, orientando-o da melhor maneira possível.

2.6. CAPELANIA ESCOLAR NUMA ESCOLA CONFESSIONAL

Escola confessional caracteriza-se, via de regra, como escola que professa uma doutrina ou um principio filosófico a ser seguido. Como confessionais, sejam elas batistas, presbiterianas, metodistas, católicas, possuem seus ditames de fé (Vieira,2011 p.56). Estas escolas, diferentemente das escolas laicas, definem, segundo Bittar (1999) “como objetivo primacial de sua prática pedagógica o desenvolvimento de uma opção religiosa e a adoção de uma conduta moral em seus alunos”. A confessionalidade, isto é: aquilo que é relativo ou próprio de uma confissão, a uma crença religiosa, “o olhar de fé sobre o mundo, é o que diferencia uma escola confessional das demais.

Vieira, (2011), ao escrever sobre o “confessionalidade” esclarece que:

A confessionalidade não se expressa somente pelo ensino ensino das doutrinas religiosas, mas principalmente pelo exemplo e testemunho da escola. Manifesta-se num tipo de ensino que aspira á excelência: trabalhando bem e harmoniosamente em equipe; visitando os doentes (alunos, funcionários...);respeitando as diferenças e uns aos outros no ambiente escolar; cuidando dos que passam momentos de crise, e partilhando as Boas Novas com os que estão ao alcance. (...) A confessionalidade busca oferecer parâmetros coerentes de interpretação do mundo, do significado da vida e da existência. A confessionalidade quer ser o referencial coerente para as interpretações religiosas das pessoas. A confessionalidade quer uma escola ética, cidadã, em que se valoriza uma espiritualidade saudável, que adota princípios de fé e esperança.(VIEIRA,2011, p.57-58).

Assim, ser escola confessional implica adotar, do ponto de vista da fé, uma postura ética, responsável, condizente com a moralidade cristã, pois do contrário a escola que se auto denomina confessional será uma luz apagada ou um sal que não salga, contradizendo portanto sua identidade. Para que a confessionalidade encontre seu lugar na escola, é necessário, segundo (Vieria,2011, p.60) que “ainda que vários professores e funcionários, alunos e pais não professem a mesma fé, se espera que eles compreendam e respeitem esse direcionamento”. Numa escola confessional, o serviço de Capelania contribui de forma decisiva na definição da identidade da mesma. Significa que ter o serviço de Capelania atuante revela que “o discurso da confessionalidade não se restringe a um arrazoado de ideias, mas que a fé se concretiza nos atos solidários e na atenção especializada ao que sofre”.

Portanto, vale ressaltar que o serviço de Capelania é de suma importância na escola, seja ela confessional ou laica. Também é relevante destacar que foi nas escolas confessionais evangélicas do Brasil, segundo Ferreira (2008,p.30), que a Capelania escolar evidenciou-se, ainda quando da formação das mesmas no século 19 que tinham como principal finalidade a evangelização, e para isso eram necessárias á alfabetização e a educação do povo.

2.7 A IMPORTÂNCIA DA CAPELANIA ESCOLAR

Nossos dias estão sendo dias difíceis para todos os segmentos da sociedade: família, igreja e não é diferente com a escola. No contexto atual, segundo escreveu Ferreira (2012 ):

A escola vive uma faze desesperadora, do ponto de vista das demandas que se apresentam. As drogas estão presentes, assombrando os educadores em duas direções. (...). A sexualidade mal orientada e cada vez mais precoce também bate á porta da escola, gritando por uma intervenção que nem sempre acontece, por falta de preparo para lidar com o extremo que se tornou esse problema. Não se pode ignorar o agravante da violência escolar. (FERREIRA,2012, p.19-20).

Diante do exposto, muitas vezes a escola fica sem saber que atitude tomar mediante situações tão sérias e preocupantes. É em situações como essas que o serviço de Capelania pode atuar de maneira significativa apresentado a Boa Nova de salvação em Cristo, porque Ele tem a resposta para essa equação. Nas escolas confessionais o serviço de Capelania é imprescindível. Ainda sobre a importância da serviço de Capelania escolar escreveu Cordeiro:

Em uma sociedade tão problemática, que luta tão desesperadamente na busca de algum sentido, que presencia o caos do excessivo individualismo, da solidão e da perda de referências, o compromisso das escolas confessionais na evangelização de todos os que circulam pelo universo da escola é imprescindível. Evangelizar aqui significa levar a todos a mensagem de salvação em Cristo de uma maneira não proselitista. Em outras palavras, ensinar a Palavra de Deus através das histórias bíblicas, através de cânticos de louvor, teatro, programações especiais como o Dia dos Pais, o Dia das Mães, a Páscoa, aniversário do Colégio, o Dia da Pátria, enfim, pregar a Palavra Divina a tempo e fora de tempo. Esse é, sobretudo, o espaço de atuação da Capelania escolar.(CORDEIRO,2008,apud Vieria,2011,p.21-22).

Como se percebe, as demandas das escolas a cada dia que passa aumentam mais, tornando as escolas um campo missionário. Assim, todos quantos exercitam o ministério da Capelania constituem-se educadores missionários, que segundo Vieria(2011,p.22-25), “não é um simples emprego, é uma missão”.

Muitos são os objetivos da Capelania, e alguns já estão explícitos ao longo deste trabalho, contudo ainda queremos pontuar mais alguns. Conforme escreveu Santos,(2014), os objetivos práticos da Capelania são:

* O amor de Deus deve ser demonstrado através das atividades e palavras do capelão.

*Compartilhar o amor de Deus através do aconselhamento.

* Inovar a prática pedagógica abrindo-se para mudanças.

* Ser conselheiro de consciência.

* Ministrar palavras de consolo e exortação para quem está passando por momentos de tensão e necessidade.

* Respeitar o direito do individuo quando este não aceitar ajuda.

* Encorajar o individuo a se fortalecer nos momentos de crise.

* Trabalhar em conjunto com psicólogos e coordenadores da escola.

* Contribuir para a comunhão com Deus e com o próximo.

* Estimular o desejo da pessoa de se relacionar com Deus.

* Ensinar princípios de autoridade: pais, líderes e mestres.

* Exortar com amor, sempre que necessário, dando orientação ao aluno sobre o procedimento que teve, levando-o a uma reflexão sobre seus atos.

* Ouvir as pessoas aflitas. Muitas só desejam ser ouvidas.

Há muitos outros objetivos e ainda muito o que ser comentado, contudo, estes aspectos que elencamos apresentam um panorama das atividades e responsabilidades da Capelania e daqueles que nela trabalham. É de comum acordo entre os escritores que “atualmente, tem sido colocada sobre a Capelania uma grande expectativa”: procurar e apresentar caminhos e respostas para lidar adequadamente com as crises familiares, institucionais e sociais que todos estão sofrendo. São expectativas desafiadoras que requerem muito esforço, oração e dedicação. Cabe à Capelania trilhar caminhos que influenciem o ambiente escolar para lidar com a expectativa que as famílias estão colocando sobre as escolas confessionais, ciente, de que a expectativa superará as condições e as possibilidades do serviço que os profissionais capelães podem oferecer. (VIEIRA, 2011, p. 19).

3. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do trabalho, adotou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica. Quanto à abordagem, optou-se por uma analise teórica, ancorada nos seguintes procedimentos: Pesquisa Bibliográfica a partir da revisão de literatura sob a temática abrangendo enciclopédias, coleções, livros, artigos, revistas e jornais on-line, retirados de sites como: SCIELO, enquanto a pesquisa documental valeu-se de informações colhidas de trabalhos públicos e privados.

As publicações encontradas serão organizadas como pesquisa e de revisão e, posteriormente, categorizadas. A revisão bibliográfica será feita mediante análise acurada da literatura aplicada, extraindo-se os pontos relevantes ao tema explicitado, com o fim de justificar as ações apresentadas.

Apesar da existência de outras pesquisas envolvendo o tema, há ainda, fatos a serem destacados na problemática deste estudo. Dessa forma espera-se que este trabalho possa contribuir para o preenchimento dessa lacuna, servindo de base para outros pesquisadores que se interessem pelo assunto.

5. CONCLUSÃO

Enquanto professora de Ensino religioso e Ética numa escola confessional pude observar e vivenciar alguns dos fatores descritos nesta pesquisa , fato que despertou-me para o desenvolvimento deste trabalho de pesquisa.

Ao longo desse trabalho foi comentado de forma panorâmica a historia da Igreja começando na Reforma até os dias de hoje. Comentou-se a respeito da Fé e seu significado e a crise que permeia o meio religioso na atualidade. Mencionamos como as Escolas Confessionais primam por ter em seu currículo o aspecto religioso como um “bem” para a vida dos educandos e dos demais que transitam no ambiente escolar.

Assim, com a analise dos livros expostos ao longo desse trabalho foi possível vislumbrar a importância do ensino religioso para a formação do aluno na atualidade, ressaltou-se o trabalho da Capelania nas escolas como meio de solucionar as inúmeras demandas que permeiam o universo da educação.

6. REFERENCIAS

BERKHOF, Louis. A história das doutrinas cristãs . São Paulo: Editora PES, 1992.

BIBLIA SAGRADA E CONCORDANCIA. SBB.ARA

BITTAR, Mariluce. Escola Confessional. Gestrado.org .1999,P.127

BOISSET, Jean. Historia do Protestantismo. Trad. Heloisa de Lima Dantas. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1971, p.09.

CAIRNS, Earle. O cristianismo através dos séculos: uma história da igreja cristã. São Paulo: Vida Nova, 2005.

CURY, Carlos Jamil. O curso histórico de uma polêmica entre Igreja e Estado no Brasil. Educação em Revista, Belo Horizonte, n.17, p.20-37, jun.1993.

------. Ensino religioso no Brasil: o retorno de uma polêmica recorrente. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 27, p.183-191, 2004.

DUNCAN,lingon. Um Entendimento Bíblico da Conversão. Revista Fé Para Hoje. No 36-Março 2012.Fiel, p.26.

FERREIRA, Valdinei Aparecido. O protestantismo na Atualidade. Revista Espaço Acadêmico, n.59. Abril 2006. Encontrado em www.espacoacademico.com.br. Capturada em Março/2015.

FERREIRA, J.F.S.P.B. A Evangelização pela educação escolar; embates entre presbiterianos e católicos em Patrocínio, Minas Gerais (1924-1933). 2004.217f.Dissertaçao (Mestrado em Educação) -Centro de Ciências Humanas e Artes, Universidade Federal de Uberlandia,2004. Disponível em catolicaonline.com.br/revistadacatolica2/artigos-ciencias-da-religião-Capturado em março/2015.

FERREIRA, Damy. Capelania Escolar Evangélica. São Paulo: Rádio Trans Mundial, 2008.

FERREIRA, Sergio. Capelania Escolar-Despertando a Igreja Para A Missão de Capelania Escolar. São Paulo: Radio Trans Mundial, 2012.

FERREIRA, Valdinei Aparecido. Protestantismo e Modernidade no Brasil. Tese de Doutorado. Encontrado em www.teses.usp.br.Capturado em 02/15.

FIGUEIREDO, Anísia de Paulo. O Ensino Religioso no Brasil - tendências, conquistas e perspectivas. Petrópolis: Vozes, 1996.

HOEPFNER, D. Fundamentos Bíblico-Teológicos da Capelania Hospitalar: Uma contribuição para o cuidado integral da pessoa. 2008. Dissertação (Mestrado em Teologia) – Escola Superior de Teologia, São Leopoldo, 2008.

LUDOVICO, Osmar. A Reforma Protestante e a Espiritualidade Clássica. Revista Ultimatoonline, edição 320, 2009.

MAIA, Hudson Taylor. A Igreja E Sua Missão Transformadora. E-book. Ultimato,2015. http://www.ultimato.com.br/file/ebooks/44.25-a-igreja-e-sua-missao-transformadora.pdf.

MENDONÇA, Antônio Gouveia; FILHO, Prócoro Velasques. Introdução ao Protestantismo no Brasil. São Paulo: Loyola,1999.

MONDIN,Battista. Os Grandes Teólogos do Século Vinte-Teologia Contemporânea. São Paulo: Teológica,2003.

RANQUETAT, César Jr. Religião em sala de aula: o ensino religioso nas escolas públicas brasileiras. Revista Eletrônica de Ciências Sociais, São Paulo, n.1, p.163 -180.2007.

SAYÃO, Luiz Alberto Teixeira. Cabeças feitas: Filosofia prática para cristãos. São Paulo: Hagnos, 2001.

SANTOS, Marcio Alexandre de Morais. Quando a Fé Escreve a História. São Paulo, Rádio Trans Mundial,2014.

SMITH, Wilfred Cantwell.O sentido e o fim da religião. São Leopoldo: Sinodal, 2006.

VIEIRA, Walmir. Capelania Escolar, desafios e oportunidades. São Paulo: Rádio Trans Mundial, 2011.

_____________. Capelania Escolar, desafios e oportunidades. São Paulo: Radio Trans Mundial ,2011.