"Três cruzes e um salvador."

Quem estava lá era Ele, o Cristo, o meu Jesus. Quem se comprometeria em salvar alguém na hora da própria morte? Pai, meu Pai, era ele quem estava lá.

O criador e a criatura juntos, um ao lado do outro, pregados em um madeiro cruzado.

A cruz é terrível não da para fugir dela, até mesmo Jesus teve que carregá-la.

Irônico, os que diziam defender as leis de um Deus amoroso foram os mesmos que mataram o seu filho, sem nenhuma prova convincente para condená-lo, ou um motivo claro, pelo menos uma razão plausível, nem mesmo tiveram uma boa explicação para cometer este ato horrível, religiosos; simplesmente mataram o mestre. Por outro lado Ele sabia muito bem porque estava morrendo, tanto que tal atitude foi feito sem reclamar, titubeou "passe de mim esse cálice", soou sangue, porem não escarneceu, o Espírito estava pronto, o amor falou mais auto "todavia, seja feita sua vontade".

Via dolorosa. Uma caminhada assustadora, enquanto todos pensavam que Ele caminhava para o lugar da própria morte, Ele mais parecia um atleta em busca do lugar mais alto no pódio. Todos pensavam ser o fim do maior pregador de toda a história, cujo seus feitos não tiveram igual.

Enquanto eles acreditavam estar prestes a vencer o verdadeiro messias, em cada passo que Ele dava pela via dolorosa com a cruz que nos trás a liberdade, o seu sangue ia escrevendo a história de sua vitória. O salvador da humanidade, com a cruz que nos trouxe a liberdade.

A cruz não era d'Ele, mas ele decidiu tomar essa responsabilidade, pois era o plano d'Ele, não veio para brigar ou guerrear, veio para salvar, um soldado estava cumprindo sua missão. Meu salvador.

A história diz que lá no alto da colina foram levantadas três cruzes. O Salvador estava no meio, e ao seu lado dois ladrões, pecadores como eu e você, como nós!

Em uma ligeira olhada para os dois lados, como o Pai, Ele viu diferente, aqueles que nós intitulamos ladrões; Ele se reencontrou com aquela amável criatura em que tinha prazer de encontrar na variação dia no jardim do Éden, calando a saudade daqueles dias, na cruz Ele dizia eu te amo, enquanto um dos ladrões blasfemava contra Ele, com seu olhar de amor olhava para o lado, a boca não proferia palavras, porem o coração dizia eu te amo, o outro ladrão o defendia, com o mesmo olhar de amor Ele olha para o lado, a boca continuava sem proferir palavras e no coração Ele também continuava dizendo eu te amo. O Salvador estava lá para salvar a todos, Ele não faz acepção de pessoas.

O mestre não estava sozinho, tinha dois ladrões sendo crucificado com Ele, cada um de um lado, porem mesmo assim o fardo maior estava sobre o Nazareno. Dos dois que estavam ali, nenhum tinha passado pelo processo doloroso que o nosso Cristo passou, nenhum estava com as costas toda cortada, ferido por causa das chicotadas, nenhum estava lá por injustiça, nenhum foi cuspido no rosto, nenhum estava com uma coroa de espinhos. Ele estava lá por causa dos nossos pecados, sofrendo o nosso castigo e nos dando a verdadeira paz.

Arde no coração à profecia, como um cordeiro que é levado para ser imolado, sem dizer nenhuma palavra, lá estava o mestre no alto da colina, no madeiro cruzado, sendo crucificado.

Salvador por natureza, quem disse que nós merecíamos, mesmo assim se doou por nós.

Seguia em silêncio ate morrer, o seu rosto mostrava a sua dor, porem o seu olhar era como uma flecha no coração, sempre que se encontrava com o os olhos de outra pessoa, deixava explicita a sua mensagem "Como amor te amei e com terrível benignidade o atrai." Todavia o povo fazia mais do que o crucificar, o povo rejeitava o seu amor.

O seu silêncio gritou mais alto do que a voz de qualquer outro pregador, tirando algumas lições, vê que realmente quem decidiu seguir a Jesus Cristo, deve trilhar o caminho que Ele trilhou, consciente de que a cruz não pode ser deixada de lado por nenhum motivo, mesmo se o motivo for o seu pai, ou sua mãe, ou seus irmãos, ou seus filhos, amigos, até mesmo a sua própria vida, enfim, nada pode tomar o lugar de Cristo no seu coração, nada, nenhuma das suas vontades ou paixões pode interferir no seu relacionamento com Ele.

De fato parece ser difícil viver assim, porem você não pode se esquecer de que o fardo maior, a carga mais pesada Ele já levou em nosso lugar, mesmo cansados, ou oprimidos, não temos razões para parar. Sim, é claro que eu sei que é difícil caminhar com as feridas que diariamente recebemos, mas Deus é como uma mãe que sempre tem um remédio para o nosso joelho ralado, um pequeno curativo para o dedo cortado, ou até mesmo um beijo que sara qualquer ferida, não temos razões para deixar a cruz de lado, ela é nossa identidade, pregado nela Ele não disse nada, porem como um bom carpinteiro que era, esculpiu uma pregação naquele simples madeiro cruzado "Por amar a Deus somos entregues para morrer todos os dias, sem direito à fala somos levados até o calvário para ser morto, porem mesmo assim nos alegramos, pois temos à certeza, somos mais do que vencedores por aquele que nos amou."

Não abandono a cruz, por isso, nada me separa do amor de Deus.

Pois é, irreverente de mais, ou devo dizer que é coisa de louco; na hora da morte Ele tomou o madeiro como um pregador toma uma folha em branco para escrever o sermão, na cruz Ele escreveu o esboço da sua maior pregação! Essa é a cruz do nosso salvador...

Alexandre Salomão
Enviado por Alexandre Salomão em 18/06/2018
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