A humildade no exemplo como de amor.

E falando eles destas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz seja convosco. (Lucas 24:36). Neste trecho que se estende até o versículo quarenta e nove. Mostra-nos algo sobre no que crê o Cristão. Pois nesta passagem ressoam enfaticamente algumas das grandes características da fé cristã.

1 – Destaca a realidade da ressurreição. O Senhor ressuscitado não era um fantasma nem um espírito nem uma alucinação. Era real. O Jesus que morreu era e é o Cristo que ressuscitou. O Cristão não se funda em sonhos de mentes transtornadas, nem em visões de olhos febris, e sim em um Deus que por amor se fez presente na realidade histórica e enfrentou a morte, lutou com ela e a venceu e ressuscitou. Havia dúvidas e perplexidade nos corações e o amor trouxe a doce calma a estes quando diz: E ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos aos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. (Lucas 24:38,39). Ou seja, eu estou vivo e vivo na completude da vida, e é essa completude de vida que vos dou.

2 – Destaca a necessidade da cruz. Toda a Escritura apontava para a cruz. A cruz não foi uma medida de emergência, jamais foi um plano B, quando o resto tinha fracassado e quando os planos tinham saído mal. Era parte do plano de Deus, porque a cruz é o único lugar na Terra, no qual em um tempo certo, resplandeceu o eterno amor de Deus, amor que busca a comunhão e o mais doce e íntimo relacionamento: E, não o crendo eles ainda por causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel; O que ele tomou, e comeu diante deles. (Lucas 24:41-43). Eis o mais belo exemplo e todo universo, Deus comendo com os seus, o criador e a criatura partilham o mesmo alimento na simplicidade do gracioso amor. Exemplo que deve ser seguido por lideres Cristão.

3 – Destaca urgência da tarefa. O chamado ao arrependimento e o oferecimento de perdão tinha que ir a todos sem distinção, pois um Cristão que honra o seu Senhor deve deixar de lado seus eitos, preceitos e preconceitos. O corpo Cristão não pode viver sempre no Cenáculo; mas sim ir ao mundo para oferecer a taça da doce misericórdia a todo aquele que necessitar. Ou seja, depois do Cenáculo estava a missão mundial da igreja. Os dias de tristeza haviam passado e se devia levar a toda humanidade a boa nova de grande alegria: E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. (Lucas 24:46,47). Eis a doce missão de todo aquele que se beneficia com o perdão e no amor, tem dever de levar este perdão e este amor por onde andar, em palavras, ações e atitude.

E por fim Jesus deixa claro que na missão de levar a boa nova do amor não estará sozinho aquele que se empenha neste caminho. Pois Ele os dotará de poder: E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. (Lucas 24:49). Mas é bom lembrarmos que este poder jamais destruirá ou desprezará alguém, porque é o poder do amor que leva vida sem distinção a todo aquele que procurar por ela, e vida em abundância. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 15/08/2018
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