A história que seu pastor não soube contar

Fica mais salutar, e literário, verificar a Bíblia como “a história dos dois filhos”.

Começando, é claro, com Caim e Abel.

O mais velho, Caim, cometendo o primeiro erro da humanidade, matando o próprio irmão. Erro este por consequência do conhecido “pecado adâmico”. Diante do impasse, ficou profetizado que “uma virgem” daria à luz um varão, com o fito de solucionar definitivamente o problema daquele "pecado original".

É claro que o principal responsável pela indução do erro iria usar de todas as artimanhas possíveis para esta profecia não se cumprir.

É assim que começa “a história dos dois filhos”, bíblico.

Sempre que ia nascer um primogênito, dessa descendência, o adversário buscava induzi-lo ao erro, como prevenção, para não se concluir a profecia; pois, um desses, poderia ser o “nascido de uma virgem”.

No primeiro caso citado foi colocado um terceiro filho, Sete, em substituição ao mais velho, Caim; considerando que o segundo estava morto.

No segundo caso de "a história dos dois filhos”, Ismael era o mais velho ou primogênito e Isaque, o mais novo ou renovo. Neste caso, Ismael perdeu o direito à primogenitura por ter nascido não da “esposa legítima”. O renovo, Isaque, assumiu o seu lugar.

No terceiro caso foi colocado Jacó, o mais novo, no lugar do mais velho, Esaú.

O primogênito, dentre outras coisas, tinha direito ao reinado e com porção dobrada da herança. Acontece que Esaú, na hora da fome, simplesmente trocou o reinado por “um prato de guisado vermelho de lentilhas”. Fora, portanto, colocado, no lugar dele, o renovo Jacó para que fosse resolvido parcialmente o problema.

Nas sequências temos Zará e Perez, Rubem e Judá, Eliabe e Davi, etc. Em todos estes casos consta que o primogênito esteve sempre reprovado. Encerrando, como resumo, com a parábola: “Um certo homem tinha dois filhos”, citado pelo médico grego Lucas (Lc 15:11).

Assim, o renovo vai paulatinamente substituindo o primogênito durante toda história bíblica, até culminar com o advento do primogênito nascido da Virgem Maria. Este não levou a “rasteira” pretendida pelo inimigo. Concluindo, assim, definitivamente a profecia para a solução do referido "pecado adâmico".

Neste último caso, que acontece com o mais novo?

Para não ficar alijado do reino, ficou estabelecido que todo renovo que reconhecer o Primogênito como herdeiro será considerado filho adotivo.

Edmilson N Soares
Enviado por Edmilson N Soares em 13/10/2018
Código do texto: T6475486
Classificação de conteúdo: seguro