Um caro convite ao reino do amor.

Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes. Disse-lhe o escriba: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que ele é o único, e não há outro senão ele, e que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios. (Mar 12:30-33). Estes versículos resume a meta real de uma vida Cristã.

O escriba acudiu a Jesus com uma pergunta que frequentemente era objeto de debate nas escolas rabínicas. Na época segundo os historiadores havia duas tendências. A tendência a expandir a Lei ilimitadamente em centenas e milhares de regras e regulamentos. E uma outra tendência a de concentrar a Lei em uma sentença, uma declaração geral que fora um compêndio de toda a sua mensagem.

Moisés recebeu 613 preceitos sobre o Monte Sinai; Davi e os reduziu de 613 a 11, no Salmo 15; o profeta Isaías e os reduziu a 6 (Isaías 33:15); Miqueias e reduziu os 6 a 3 (Miqueias 6:8); o profeta Isaías numa outra feita reduziu os 3 a 2 (Isaías 56:1); e por fim Habacuque reduziu todos a um só: mas o justo viverá pela sua fé. (Habacuque 2:4b).

Mas até a vinda de Jesus ninguém tinha tomado os dois mandamentos tornando-os únicos, fazendo dos dois um só. A religião, para Jesus, era o verdadeiro religare que consistia em amar a Deus e amar ao próximo. Ele teria dito que a única forma em que alguém pode provar que ama a Deus é mostrando que ama as pessoas.

O escriba aceitou isto de bom grado, e acrescentou que tal amor era melhor que todos os sacrifícios. Muitíssimo antes Samuel havia dito: “Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros” (1 Samuel 15:22). Oseias tinha ouvido Deus dizer: “Misericórdia quero e não sacrifício”. (Oseias 6:6). Mas coo era antes ainda o é hoje, sempre é fácil permitir que o ritual ocupe o lugar do amor. É mas fácil limitar o culto ao templo ou igrejas, em lugar de ser algo de toda a vida. Em uma outra feita vemos o sacerdote e o levita desviarem do viajante ferido porque tinham pressa de chegar ao templo para cumprir seu ritual.

O escriba foi além dos seus contemporâneos e por isso viu maestria em Jesus, assim como alguns de nós. E neste momento numa viagem além do tempo podemos ver nos olhos de Jesus um olhar de amor e de apelo, ao lhe dizer: “Já que entendeste indo além, não quer percorrer todo o caminho e aceitar minha maneira de ver as coisas, e ser então um verdadeiro cidadão do Reino?” Eis o mais rico e caro convite que Jesus nos faz a todo momento. Vem para o meu amor! Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 18/01/2019
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