O PROFETA SOCIÓLOGO

Lendo “Sociologia para o ensino médio” de Nelson Dacio Tomazi, eu me deparei com uma explicação de Zygmunt Bauman, do livro “Aprendendo a pensar a sociologia”, que escrevo abaixo.

“Há quem se sinta humilhado ou ressentido se algo que domina e de que se orgulha é desvalorizado porque foi questionado. Por mais compreensível, porém, que seja o ressentimento assim gerado, a desfamiliarização pode ter benefícios evidentes. Pode em especial abrir novas e insuspeitadas possibilidades de conviver com mais consciência de si, mais compreensão do que nos cerca em termos de um eu mais completo, de seu conhecimento social e talvez também com mais liberdade e controle. Para todos que acham que viver a vida mais consciente vale a pena...”

A leitura despreocupada do texto iluminou um assunto que há tempos vem sendo gerado em minha mente e que agora assume um nome: O profeta Sociólogo.

Foi uma feliz coincidência o texto de Bauman, pois o assunto tem a ver com as redes sociais e as criticas, assunto que tenho observado.

No texto do Bauman, ele nos fala que existem pessoas que se sentem humilhadas, ou ressentidas, se algo que ela acha que domina e de que se orgulha é alvo de questionamentos, desvalorizando assim, o que ele acha que domina e se orgulha.

A questão é algo que já tentei falar de diferentes maneiras: A Igreja que não aceita criticas. Isso vai cair diretamente no colo do pastor da Igreja. Temos hoje em dia pastores que não aceitam a menor critica, imaginando que o critico é um dissidente, um opositor, um inimigo.

Uma fala que sempre me impactou desde a primeira vez que ouvi alguém pregando, pois tinha lido, mas não entendido e o pregador – já sabemos – deve ser o intérprete da Bíblia, na direção do Espírito Santo, é aquela onde Davi foge do seu filho e um homem do alto do morro começa a atirar pedras na comitiva de Davi que estava fugindo da cidade. Os soldados queriam matar o homem, mas Davi não permitiu, com a percepção que talvez aquele homem estivesse agindo na direção de Deus, e na verdade simbolicamente era Deus quem estava jogando pedras em Davi.

Essa visão de Davi deveria permear todos nós, pois todos recebemos criticas em algum momento da trajetória, porém como recebemos essas mesmas criticas? A Bíblia ensina que devemos pesar a profecia, se ela se cumprir é de Deus, se não se cumprir não era de Deus e não devemos ligar para o profeta. Porém a gente nota na prática que as pessoas fazem diferente: Vindo uma profecia, julgam imediatamente o profeta e não a sua profecia. Julgam, por exemplo, a figura do homem que está pastor, mas não julgam o seu ministério de pastor. O homem pastor, pregador, ou obreiro de algum tipo não deveria ser julgado, mas o que ele faz no ministério sim. A Igreja é publica e tudo que se faz na Igreja publicamente, pode sim ser criticado, com vistas a melhorar. Entretanto a Igreja é um organismo que se acha intocável e muitos tem como inimigos quando alguém critica de alguma forma o culto, em parte ou todo. Falar de pastor é um sacrilégio, dizer que o culto não foi bom é heresia, indagar do porque veio essa palavra e não outra é ir contra Deus.

Aqui vemos então a figura do profeta sociólogo, que serve como freio a desvarios no sacerdócio e um lembrete constante que Deus está de olho aos mínimos detalhes.

Eu já disse em outro lugar que a Igreja precisa dos profetas, pois sem profecia o povo se corrompe, entretanto o profeta é um ser necessário, mas mal quisto.

“Onde não há profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei esse é bem-aventurado.” Provérbios 29:18

Imagine alguém na Igreja dizendo que o que você está fazendo está errado perante Deus e que não é assim que Deus queria o culto? Muito não tem a percepção de Davi, ao enxergar Deus falando e criticando através do profeta e se voltam contra o profeta. O profeta, que pode muito bem estar falando da parte de Deus, o que Deus o manda falar, torna-se o inimigo a ser evitado a todo custo. Como Jeremias, é mais fácil jogá-lo no poço, para definhar ali e morrer o seu ministério no banco dos esquecidos, do que ouvir o que ele está falando da parte do Senhor. Amamos Deus, mas não queremos que Ele nos critique.

De qualquer forma fica difícil imaginar que Deus iria usar alguém para criticar o culto e a Igreja, sendo que o culto e a Igreja são incriticáveis e intocáveis. Porém é ai que mora o perigo: não são. A Bíblia mesmo é quem mostra que enquanto Paulo, que era o fundador da Igreja de Beréia, estava pregando e ensinando, os bereianos ficavam analisando se o que ele dizia era razoável e deveria ser aceito e crido, ou não. Os bereianos analisavam o seu pastor fundador. E isso era na Igreja Primitiva, a primeira Igreja, e isso era com o apóstolo Paulo. Passados séculos depois, com um monte de heresias grassando pra todo lado, a Igreja hoje acha-se melhor do que a Igreja Primitiva e não admite a menor critica, como se a critica fosse contra Deus, pois um bom cristão não pode dizer se a Palavra - parte inviolável e intocável do culto - foi boa ou não, mesmo que tenha sido uma porcaria. Entenda, a Palavra de Deus é maravilhosa, mas os vasos são de barro. Não estamos aqui falando contra a Bíblia, mas dos maus obreiros.

AS REDES SOCIAIS

As pessoas se expressam mesmo pelas redes sociais, e isso não deveria ser surpresa numa altura dessas do campeonato. O que me surpreende é a surpresa dos surpreendidos. A Bíblia da a entender que quando a gente cumpre a lei, não devemos temer as penas da lei. A lei foi feita para os injustos, os descumpridores dela e não para os justos: os cumpridores da lei. Essa palavra sobre a lei nos fala sobre fazer o certo na Igreja. Quando a Igreja anda correta com a Bíblia, não há motivo de critica, porém se a Igreja deixa margem para criticas, e é criticada, não deve temer o bereaino critico, como inimigo, mas como um medidor de Deus se a Igreja está ou não andando na revelação de Deus.

O pregador deve se preocupar em pregar. O que acontece na hora que ele está pregando, se as pessoas estão se levantando para beber água, se estão conversando no fundo da Igreja, se estão preferindo olhar ao celular do que ouvi-lo, ou se estão indo embora, não é problema dele. O pregador deve vir para a Igreja com uma mensagem e deve pregar essa mesma mensagem e ponto final. Mas quando vemos pregadores preferindo contar como foi a sua semana, onde ele foi o que ele acha da Bíblia, canar na hora da palavra, mandar o povo ficar levantando o braço, abraçando o irmão, ou coisas assim, essas são coisas devem ser criticadas.

A musica na Igreja que alcança também status de intocável, tem músicos estrelas, se achando melhores do que são. A musica em si, com letras que não são hinos, não falam e nem louvam a Deus, alguns acham que não pode ser criticada. Os músicos e cantores que ficam enrolando na hora de cantar, com um monte de truques na hora da musica, como levante a mão, fica de pé, agora senta e bobeiras tais, não aceitam criticas.

Se a musica é escrita por um grande cantor da mídia, que está ganhando milhões, pois cobra para cantar em shows gospel, essa mesma musica não pode ser criticada teologicamente. Temos músicos e cantores nas nossas Igrejas que não oram e nem participam direito dos cultos. Temos letras que são uma vergonha em musicas chamadas de evangélicas, mas que não adoram a Deus. Fora os problemas dos erros doutrinários claros, em muitas musicas.

A musica, que na Igreja ocupa pelo menos um terço do culto, não pode ser criticada e alguns acham que o musico, ou o cantor também não pode ser criticado. Algo que ocupa um terço do culto pode e deve ser colocado debaixo de um microscópio e analisado constantemente.

Quando alguém critica o culto, a pregação, a doutrina da Igreja, a Igreja ou o pastor da Igreja, nas redes sociais, é tido como inimigo, um opositor da Igreja, um anticristo, um contrário, um esquerdista, alguém a eliminarmos, alguém a jogarmos no fundo do poço do banco, afastado para a caverna do ostracismo e calada a sua fala – até que ele se canse e vá embora. Entretanto será que esse mesmo não está agindo como um profeta de Deus e defendendo Deus numa Igreja que não o ouve mais?

Eu sou um eterno estudante profissional. Sempre gostei de estudar e continuo a estudar muitos assuntos, constantemente. O melhor estudo é quando a gente não é obrigado a estudar e a gente assim o faz por prazer e não por obrigação. Aprendi muito cedo que qualquer matéria tem um oposto. Sempre que alguém falou algo, alguém falou exatamente o seu oposto. Não dá pra estudar Marx e tirá-lo do seu contexto. Não dá para estudar Einstein, ou Freud e tirá-lo do seu contexto. Como estudar Napoleão, ou Getulio Vargas e tirá-lo do seu contexto histórico? Não dá. Todos esses que eu falei ai tinha inimigos declarados pela história. Estudar sobre esses homens, ou qualquer um, obriga-nos a observar o que disseram contrário às suas pesquisas, livros ou realizações.

Se têm um assunto, tem um contrário a esse assunto. O que a Igreja não consegue enxergar é que a critica pode ser a abertura de Deus para uma nova visão. A gente entende a critica como algo tremendamente negativo, porém esquecemos o mecanismo do arrependimento. Arrependimento é a pessoa pecadora ser acusada por Deus do erro e convencida pelo amor, ou pelo julgamento, que a pessoa pecou, errou, contra Deus. Deus então faz o quê? Ele perdoa, quando a pessoa se arrepende. E o perdão, como a gente sabe é uma maneira de começar de novo. Uma pessoa perdoada terá à sua frente uma nova vida, uma nova chance, onde ele poderá acertar dessa vez.

A critica é uma maneira de arrependimento a alguma coisa que não está muito bom. Se por exemplo, estão criticando a palavra no culto, será que essa palavra não está merecendo criticas? Se estão criticando a musica, os músicos e os cantores, será que esses mesmos não estão mesmo merecendo criticas. Se estão acusando o pastor de estar meio devagar com o Evangelismo e as pessoas ao redor da Igreja estão morrendo sem conhecer a Deus, será que as pessoas não estão morrendo mesmo e a maneira de fazer evangelismo não está sendo tímida demais e pouco eficaz?

O CELULAR NO CULTO

Eu já falei que não me incomodo com as pessoas olhando o celular, enquanto prego, ou indo beber água, ou olhando para fora da Igreja, ou conversando no fundo da Igreja. Isso não deve incomodar o pregador. O que deve incomodá-lo é entregar a melhor palavra possível. Se a palavra for boa o suficiente, ela vai fazer com que a pessoa desligue o celular, pare de beber água e conversar no fundo da Igreja. Se as pessoas estão olhando o celular, isso pra mim me mostra o quanto a minha mensagem é ruim e equivocada. Da próxima vez vou tentar melhorar um pouco mais.

O que não pode é o pregador parar a sua pregação e mandar as pessoas desligarem o celular. O celular desligado deveria ser norma nas nossas Igrejas, não o são, pois agem como defesa na hora que vai um mau pregador, com uma mensagem ruim. O celular aliena a pessoa de um culto ruim. O celular ligado na hora da pregação me fala então que o pregador errou. Eu já vi mais de uma vez a esposa do pregador com o celular ligado e ela interessada nas suas redes sociais, mais do que no esposo pregador. Pra mim, acende o sentido de aranha, quando a esposa do pastor, ou os filhos do pastor, de alguma Igreja onde eu estiver, estão mais interessados no seu celular do que no que o pai, ou o marido está falando. Imagino um pregador tão ruim, tão monótono e tão a mesma coisa, que nem a sua família agüenta mais.

Eu tenho feito muitos cultos no lar, com a minha família, pois acho que a Igreja não está alimentando o povo da maneira que deveria. Não temos mais uma palavra doutrinária na Igreja, não temos mais estudos bíblicos, não temos mais uma palavra bíblica, hermenêutica, que respeita os versículos ou nos dêem luz sobre o que foi lido, sem que seja apenas uma leitura em voz alta do que está ali escrito. Para ler a Bíblia, eu leio em casa. Para escutar achismos eu prefiro ficar em casa. Para ir ao culto para ouvir testemunhos, prefiro não ir.

O pregador deve ser um intérprete da Bíblia e nos fazer ver o que normalmente não estamos vendo. Ai você vai com a maior boa vontade no culto e o pregador fica com truques do Evangelho: Quem ama a Jesus levanta a mão, quem não ama não levanta. Isso é um Evangelho tão barato e ridículo que nem merece ser chamado de Evangelho, entretanto estamos recebendo isso em nossos cultos e alguns acham que não podemos reclamar.

Estão nos criticando nas redes sociais? A gente deveria agradecer a Deus por isso. A critica é um desejo real de que aquela área funcionasse melhor.

Conheci uma Igreja onde as pessoas não gostavam da Palavra. Eu comecei a prestar atenção porque daquilo, pois a Palavra é o melhor do culto, com certeza. Quando a musica, ou a oração, não está muito boa, não dizemos que o culto não estava bom, mas quando a Palavra não estava boa, dizemos que o culto todo não estava bom. O que faz um bom culto, de um culto não tão bom, é a Palavra.

Nessa Igreja o pastor orientou para que iniciem com uma palavra inicial de uns quinze minutos, depois vem as oportunidades de orações, testemunhos e musica. Só que entre um testemunho e cantar um hino, ou alguém trazer uma saudação, que é uma mini palavra, o pastor alterna desde o inicio do culto um estudo, onde ele vai lendo aos poucos, aos picados, durante o culto todo. Como não é a palavra oficial e é entre um testemunho e uma musica, não se presta muito atenção. Quando chega na hora da pregação oficial ninguém quer ouvir mais nada. Mas do jeito que é feito, não se presta atenção na Palavra Oficial e não há transformações de vidas. O que deveria ser feito aqui? O pastor deveria parar imediatamente com duas coisas: uma é essa mensagem inicial e a outra coisa é parar esse estudo fora de hora. Ele é o pastor, se quiser pregar todo dia pode, ninguém vai estranhar, mas esse estudo acaba com o culto, é estranho essa prática.

Numa outra Igreja dirigida por uma Missionária, ela exigia que os obreiros chegassem as 17 horas na Igreja, no domingo, num culto que deveria ir das 18 as 20 horas, mas que na pratica acabavam as 22 hs. Depois do culto ela ainda nos pedia para ficar numa reunião que acabava as 23 hs. O culto era então, para os obreiros, das 5 as 11, e para a Igreja das 6 as 10, num domingo.

Numa outra Igreja que tem dois pastores, um deles chega mais cedo que o outro uma hora, ou uma hora e meia, juntamente com metade da Igreja, porém o outro chega com um atraso de culto de uma hora, ou uma hora e meia, com a outra metade da Igreja. Quando o segundo pastor, atrasado a meu ver, chega, praticamente inicia um outro culto, dentro do culto e isso se estende mais duas horas. Os cultos nessa Igreja, algumas vezes tem a duração de três horas e meia, em média, já chegado a quatro horas. O que a Igreja da Missionária e a Igreja desses irmãos deveria fazer? É muito simples, obedecer o horário de culto que eles mesmos impuseram de duas horas no domingo.

A REDE SOCIAL E A ÁGUA SÃO INIMIGOS?

Eu não vejo a rede social como inimiga. Eu não vejo a turma do celular, ou da água como inimiga. Os três estão se defendendo de Igrejas ruins. Quem está escrevendo na rede social, com certeza já tentou falar e não o ouviram. A pessoa com o celular no culto, ou o que está bebendo o galão todo de água, assim como os que estão mais preocupados com o que está acontecendo fora da Igreja, estão se defendendo de um culto ruim. É muito simples. Ninguém vai ao culto pra ficar bebendo água, ou para ficar olhando para fora, se isso está acontecendo então isso deve servir de alerta para um culto que está sendo chato.

O QUE DEVERIA SER FEITO?

Estão criticando a sua Igreja? E se o que você pensa que é inimigo for da parte do Senhor, como Davi observou? E se a rede social está tentando falar o que tentaram pessoalmente e você não ouviu? E se isso vem de Deus e não do Diabo? E se é o Espírito Santo criticando e não um inimigo da Igreja? E se o irmão, ou irmã que está criticando está sendo usado por Deus e você não entendeu?

O que deve ser feito é o seguinte: Ouça as reclamações, preste atenção nos seus cultos, observe o que estão achando ruim e em oração peça o direcionamento de Deus para melhorar.

O texto inicial de Bauman nos fala que a critica pode nos levar a ser mais conscientes. Uma pessoa mais consciente pode fazer um culto melhor, não acha? Deveríamos prestar muito mais atenção nas criticas contra nós, do que nos elogios. A critica pode nos melhorar a procurar outros caminhos para fazer Igreja.

Criticada a musica, poderiam escolher hinos mais teológicos e melhores. Poderia ser cobrado mais a oração e a presença dos músicos e cantores. Aliás, quando aquele irmão vai pregar e diz que não teve tempo de orar e nem teve tempo de ler a Bíblia, então ele vai pregar o quê? Tem gente que fala isso e acha bonito. O camarada está na carne, não orou e nem estudou a Bíblia e quer pregar. Não! Dê lugar para quem é sério.

Outra coisa a ser feita para melhorar é que o pastor poderia exigir Palavras mais teológicas e melhores, de seus obreiros. Poderiam eliminar os testemunhos, os achismos e a superficialidade. Poderia ser exigido mais estudos bíblicos na hora da Palavra. Poderiam elaborar melhor o esboço da mensagem. O pastor poderia ensinar os irmãos a pregar melhor. Poderia ser dado o púlpito aos melhores pregadores.

Uma Igreja com uma área musical mais elaborada, pensada e mais espiritual, iria ajudar muito a adoração. Uma Palavra Oficial de culto onde o pregador entrega uma Palavra mais profunda, bíblica, com clareza, sem truques, vai resolver em parte o problema da Evangelização. A gente não precisa de musica na hora da Palavra, a gente precisa de Palavra na hora da Palavra.

As pessoas entram nas nossas Igrejas, mas nem todas permanecem. Deveríamos nos perguntar por quê? Se o culto se compõe basicamente de musica e pregação, você não acha que a musica e a pregação não precisam ser melhoradas, sempre?

Davi tinha plena certeza que o que lhe acontecia era da parte do Senhor. Um homem o amaldiçoava enquanto lhe jogava pedras. (2 Samuel 16.5-12) Você já prestou atenção em que tipo de pedras estão lhe atirando? O que essas mesmas pedras estão requerendo? Quais exigências estão fazendo? Quem está jogando a pedra e por quê?

A Bíblia nos diz que o elogio pode não vir da parte do Senhor e o que elogia pode estar alimentando o nosso ego. Por outro lado o que critica, pode ser um profeta e estar destruindo o nosso ego, nos acusando de sermos maus pregadores, maus pastores, maus músicos, gente que está todo dia no culto, mas não sabe fazer culto, gente que está todo dia lá, mas não aprendeu a fazer direito. O critico destrói o nosso orgulho e desvaloriza o nosso trabalho. Isso dói, mas e se vier da parte do Senhor?

Será que é tão fora de contexto pensar em melhorar a musica na Igreja, sendo ela detentora de um terço do culto, ou mais? Será que é errado as pessoas serem mais criticas e quererem uma Palavra mais aprofundada, mais teológica, mais bonita, mais salutar de se ouvir e por em prática? Será que realmente estamos pedindo demais? Eu não acho.

Se alguém nos disser: Olha, eu não acho que está tão bom o que você está fazendo, ou da maneira que fazem. Deveríamos então perguntar com vontade de aprender: E o que você acha que eu deveria fazer?

A rede social só é inimiga do que está fazendo a coisa do jeito errado. O celular no culto, ou as pessoas olhando o relógio são a nossa critica. Se preferem olhar o celular a me ouvir, então isso significa que devo melhorar. Se a água é melhor do que a mensagem, então a mensagem pode realmente não estar tão boa assim.

Uma coisa eu sei, se ninguém tem coragem de criticar a Igreja, o dono dela tem. Se ninguém tem coragem de criticar a Igreja, quem fez a Igreja: Deus tem. E se uma critica chegou até nós, qualquer uma, deveríamos prestar muita atenção, pois como disse Davi em 2 Samuel 16.11-12:

“Deixem-no em paz! Que amaldiçoe, pois foi o Senhor que mandou fazer isso. Talvez o Senhor considere a minha aflição e me retribua com o bem a maldição que hoje recebo.”

Amém

Paulo Sérgio Lários

pslarios
Enviado por pslarios em 14/05/2019
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