Vigilância e oração Entendendo a chamada ministerial.

Evangelizando com unção e alegria.

I ESTUDO

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE VIGIAR E ORAR.

É bem conhecido o trecho bíblico onde Jesus, no Getsêmani, quando estava prestes a ser preso, disse a Pedro: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação”. (Mt. 26.41). Em textos anteriores já falamos um pouco sobre oração, agora quero me ater no ato de vigiar, ordenado aqui pelo Senhor.

Notemos que quando Jesus pronunciou tais palavras ele havia levado a Pedro e os dois filhos de Zebedeu (Tiago e João) (Mt. 26.37) ao monte para orar ao Pai. Afastou-se dos discípulos e orou ao Senhor, pedindo para que, se possível, o livrasse da morte em cruz. Ao voltar à presença dos discípulos os achou dormindo e então os repreendeu dizendo: “Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação”. (Mt. 26. 40-41).

Os evangelistas Mateus e Marcos, ao narrarem esse episódio utilizaram, no grego, a palavra γρηγορέω, que significa manter-se atento em algo, manter-se em vigilância, manter-se desperto.

Embora, em um sentido direto, Jesus estava determinando que os discípulos despertassem e orassem, suas palavras iam muito mais além, pois os orientava a manterem-se vigilantes, muito mais do que despertos, pois, do contrário poderiam entrar em tentação.

A ordem das palavras de Jesus também tem um significado, pois revela-nos que para orar precisamos estar vigilantes, veja que, a sequência das palavras do Senhor é: vigiar e orar, ao contrário do que algumas pessoas pensam, vigiar vem em primeiro lugar nessa afirmação.

Isto significa que para nos dirigirmos a Deus, precisamos estar atentos, vigilantes, e não apenas no momento da oração, mas em todo o tempo. No entanto, o que significa vigiar? E como nos mantermos vigilantes?

Bem sabemos que o diabo anda ao redor, bramando como um leão buscando a quem possa devorar (1 Pe.5.8), portanto precisamos estar atentos as ciladas do inimigo, que é astuto (Gn. 3.1) e é até mesmo capaz de se disfarçar em um anjo de luz para tentar nos enganar (2Co. 11.14).

Precisamos entender que não vivemos no mundo que foi idealizado por Deus para nós, mas num mundo decaído e deteriorado pelo pecado (Gn. 3.18) e, sendo assim, não podemos ser ingênuos e nos deixamos levar por todo vento de doutrina (Ef. 4.14), por toda “conversa bonita”, mesmo que tal história venha disfarçada de orientação divina, ou mesmo profecia, pois o próprio Deus nos orienta a não nos apressarmos em dizer é santo (PV. 20.25).

E o que devemos fazer para nos mantermos vigilantes e não cairmos em tentação?

O Senhor Deus, falando a Josué, quando estava prestes a entrar com todo o povo hebreu na terra prometida, disse: “Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido. ” (Js. 1.8).

O apóstolo Paulo, escrevendo aos filipenses, nos recomenda a ocuparmos o nosso pensamento em “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo tudo o que é puro; Tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama” (Fp. 4.8).

No entanto, engana-se quem pensa que Paulo, ao escrever essas palavras, estava nos orientado a ver um mundo sempre cor de rosa, de forma alguma, o próprio apóstolo afirma que os episódios de comportamentos reprováveis praticados pelo povo de Deus; Estão relatados na Bíblia para que se tornem exemplos para nós a fim de que não cobicemos as coisas más (1 Co. 10.6) e foram escritas para advertência nossa (1 Co. 10.11).

Portanto é fundamental conhecermos, praticarmos, vivermos, pensarmos e falarmos o bem, no entanto, precisamos ter consciência que nesse mundo, que jaz no maligno (1 Jo. 5.19), existe o mal e precisamos estar vigilantes para, quando necessário, nos revestirmos das armaduras de Deus (Ef. 6.11) para combatê-lo.

Para isso necessitamos nos alimentar da Palavra de Deus; Estudando e meditando nela dia e noite e não nos contentarmos apenas com aquelas palavras básicas, fáceis, entregues pelo pastor no culto dominical, tais palavras, em grande parte das vezes, têm como foco os iniciantes na fé, aqueles que estão dando os primeiros passos; No conhecimento de Cristo, mas se já passamos por essa fase, se já estamos na igreja há algum tempo, busquemos; Como diz o escritor de Hebreus, o alimento sólido, o aprofundamento do conhecimento e da prática da Palavra, pois dessa forma teremos nossas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal (Hb. 5.14).

Conclusão:

Na noite em que Jesus foi preso, os discípulos mais próximos dele não conseguiram vigiar e orar. Por isso eles acabaram por ceder à tentação. Naquele contexto, a tentação para os discípulos consistia na possibilidade de eles se mostrarem infiel a Jesus. De fato, infelizmente foi isso o que aconteceu. Eles não permaneceram vigilantes, e nem oraram fervorosamente.

É significativo que Jesus dirigiu as palavras “vigiai e orar para que não entre em tentação” diretamente ao apóstolo Pedro. O resultado de sua falta de comprometimento com a ordem de Jesus pôde ser visto tão logo quando ele negou o seu Mestre.

Mas a declaração “vigiai e orai” certamente é uma ordem atual e muito importante para todos nós. Seu princípio é verdadeiro e sua mensagem deve soar todos os dias nos corações dos redimidos.

Os cristãos genuínos almejam vividamente pelo dia da vinda de Cristo. Aquele que aguarda ansiosamente por um evento, jamais deve ser pego de surpresa quando sua data chegar. Por isso os crentes devem vigiar e orar a todo tempo; eles devem estar sempre alertas, dedicando total atenção às coisas de Deus e orando, Persistentemente sem cessar, Os seguidores de Cristo devem se manter sempre espiritualmente despertados, com seus corações e mentes alertas, para que possam vencer a tentação.

Numa aplicação prática, a ordem “vigiai e orai” é uma exortação a uma vida santificada, sabendo que o Dia do Senhor se aproxima. Vigiar é estar em guarda, estar atento, sempre alerta; e esse conceito de vigilância e cautela espiritual sempre estará associado nas Escrituras com a ideia de oração contínua e perseverante.

Os crentes não possuem recursos suficientes em si mesmos para estarem alertas diante dos perigos espirituais. Eles precisam buscar o auxílio divino, a sabedoria e o fortalecimento de Deus, para resistir em qualquer circunstância. Por isso a ordem: Vigiai e orai!

Jeferson modesto
Enviado por Jeferson modesto em 23/08/2019
Reeditado em 23/08/2019
Código do texto: T6727250
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