A GRANDEZA DO NOME DO SENHOR

É exposta pelo próprio Deus em Sua Palavra. A Bíblia contempla numerosas afirmações divinas sobre a grandeza do nome do Senhor. Fiquei pensando... Se é assim, deve existir alguma motivação... Não consegui imaginar Deus tendo necessidade de auto-afirmação. Por isso, fui impelido a admitir que a razão para essas reiteradas assertivas é a teimosia humana. Como somos resistentes para reconhecer a real importância do nome do Senhor...

Um dia desses, lendo Malaquias, percebi que até quem é ostensivamente amado por Deus duvida da grandiosidade desse amor e o faz por não aceitar que o nome do Senhor é magnífico. Israel fez isso. Povo descente de Abraão, objeto dos cuidados intensivos do Altíssimo, agiu com desdém para com Ele.

Impressionou-me de pronto o título que Malaquias deu à sua profecia: Beyad Yserael El Yhvh Devar Masa Maleakhy (1.1). Em Português, é algo semelhante a: “Peso da Palavra do Senhor contra Israel, pelo ministério de Malaquias” ou “Sentença pronunciada pelo Senhor contra Israel, por intermédio de Malaquias”.

Por que "peso"? Por que "sentença"? Não seria por causa da sua grande importância? Certamente, tanto é que a grandiosidade do nome do Senhor é frequentemente repetida. Mas pode ser também porque, para muitos, ela era uma sentença pesada, um verdadeiro fardo. De fato, seu peso era tão significativo que encerrava juízo sobre os que a tivessem como um fardo, a menos que se arrependessem. Por outro lado, ela era pesada de bênçãos para os que a amassem.

Mesmo atendo-me à parte inicial da profecia, deparei-me com não poucas manifestações da grandeza do nome do Senhor. Elas começam pelo amor de Deus a Israel: "Eu vos tenho amado" (1.2). Ora, só o Deus grande e poderoso poderia ter feito isso, diante de tantos erros cometidos por Israel. Nenhum ser humano conseguiria amar insistentemente, a ponto de repreender e castigar, sempre que o amado se afasta.

Não há grandeza maior do que receber a ingratidão daqueles que Ele resolveu amar (Vós dizeis: “Em que nos tens amado?” - 1.2) e, ainda assim, não ser afetado. Nenhum de nós suportaria tamanha dívida. Deus amou Israel por decisão própria, baseado na Sua eterna sabedoria: “Não foi Esaú irmão de Jacó? – disse o Senhor; todavia, amei a Jacó” (1.2). Não há explicação humana para isso – a elucidação desse enigma reside na onisciência de Deus.

Semelhantemente a Jacó, você e eu somos alvos do grande amor de Deus, não porque tenhamos feito qualquer coisa antes que tivesse agradado a Ele, mas sim porque Ele resolveu nos amar. Israel duvidou do amor de Deus por ele. Muitos também têm duvidado. E nós? O que temos feito diante desse grandioso amor?

Pode parecer estranho, mas a grandeza do nome do Senhor se evidencia na justiça dEle aplicada sobre os pecadores. “Aborreci a Esaú; e fiz dos seus montes uma assolação e dei a sua herança aos chacais no deserto” (1.3). Só o Deus maravilhoso tem autoridade para fazer isso. O nome do Senhor é tão magnífico que Ele não se deixa escarnecer: “Se Edom diz: Fomos destruídos, porém tornaremos a edificar as ruínas, então, diz o Senhor dos Exércitos: Eles edificarão, mas eu destruirei” (1.4). Os pecadores impenitentes sofrerão as consequências da sua má escolha. Só há uma maneira de escapar da condenação eterna: é por meio do arrependimento sincero – do abandono definitivo da vida de pecados e da aceitação da bondade, da misericórdia e do amor do Deus grandioso.

Deus deixa muito claro, por meio do profeta, que a grandeza do Seu nome se evidencia dentro e fora dos limites de Israel. “Os vossos olhos o verão, e vós direis: Grande é o Senhor também fora dos limites de Israel” (1.5). Como se sabe, Israel haverá de honrar o nome do Senhor no futuro. No Milênio, o povo judeu será instrumento de Deus para encher a terra do conhecimento do Senhor (Há 2.14). Mas, mesmo na era atual, o nome do Senhor tem sido glorificado em toda a terra, entre povos não judeus. Por fim, embora tardiamente, o Soberano será reconhecido pelos ímpios (Fp 2.9-11).

A profecia do Senhor, pela boca de Malaquias para Israel, pode e deve ser recebida por nós, a fim de que reconheçamos a grandeza do nome do Senhor e o Seu grandioso amor para conosco hoje e sempre, e fiquemos conscientes de que o não reconhecimento desse amor implica arcar com as consequências do pecado.

José Graciano Dias, Pastor da Assembleia de Deus Adonai em Fortaleza, Ceará, Brasil.

José Graciano Dias
Enviado por José Graciano Dias em 14/10/2019
Reeditado em 14/10/2019
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