PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 19,1-10)(19/11/19)
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Caríssimos, a morte para os justos, isto é, para os que vivem em estado de graça, é o meio pelo qual alcançam a plenitude da vida que Deus lhes reserva como herança eterna por testemunharem a sua misericórdia, o seu amor. Mas, aos olhos dos insensatos, parece uma disgraça; basta olhar a cruz. 
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De fato, são inúmeros os que se perguntam o por quê dos sofrimentos dos justos já que nada fizerem de mal para merecerem tamanha injustiça. Na verdade, a única explicação para o sofrimento e a morte, advém dos pecados aqui praticados por aqueles que os cometem causando todo tipo de desequilíbrio que vemos na face da terra.
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No entanto, compreendamos que os sofrimentos dos justos, denunciam os seus carrascos para que se convertam e deixem a prática da maldade; mas, ao mesmo tempo, clamam para que se cumpra a justiça divina e não exista mais nenhuma maldade na criação. Para o mundo, Cristo crucificado é um derrotado; mas, para Deus, esse seu sacrifício é o único que apaga os nossos pecados e nos comunica a vida eterna por sua ressurreição.
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O Evangelho de hoje narra a conversão do publicano Zaqueu. De certo, esse episódio é muito interessante pelos detalhes que apresenta: Zaqueu, para os escribas e fariseus, era baixo não somente fisicamente; mas, também moralmente e espiritualmente, pois era o chefe dos cobradores de impostos, inimigo do povo eleito. No entanto, para Jesus, ele era um filho de Abraão que precisava ser amado e perdoado, e foi exatamente isso que o levou à conversão.
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"Com efeito, [disse o Senhor], o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”. "Por isso, não julgueis antes do tempo; esperai que venha o Senhor. Ele porá às claras o que se acha escondido nas trevas. Ele manifestará as intenções dos corações. Então cada um receberá de Deus o louvor que merece." Portanto, o que seria deste mundo sem a misericórdia divina?
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.