POR QUE DEVEMOS PERDOAR NOSSOS INIMIGOS?
Nair Lúcia de Britto


A Doutrina Espírita explica muito bem o motivo pelo qual devemos perdoar aqueles que nos fazem mal. Normalmente quando somos prejudicados por alguém o primeiro sentimento é de revolta, de raiva; e, pior, o desejo de vingança. “Olho por olho, dente por dente”, diz um ditado antigo, que originou, em tempos remotos, o duelo entre inimigos.

O motivo de salvaguardar a honra explicada pelos duelistas não se justifica. Num duelo os integrantes se expõem a um risco de vida, de forma consciente, bem arquitetada e ponderada. Ambos de dispõe a matar ou morrer. Qualquer um desses resultados é errado.

Para Deus, o duelo não tem nada a ver com honra, mas sim com orgulho (no mau sentido) e o duelista comete um crime pior do que o do criminoso comum. Ou seja, aquele que age num momento de comoção, encorajado por um sentimento de revolta, ou até para poder matar a fome.

É diferente do criminoso que sem necessidade e, sem dó nem piedade, premedita um ato vil.
De qualquer forma a vingança nunca se justifica, e o que Deus nos ensina é sempre perdoar.

“Há mais coragem naquele que suporta um insulto do que naquele que se vinga.”


Uma pessoa que acredita em Deus e se esforça para seguir Seus mandamentos, bem explicados pela Doutrina Espírita, sabe muito bem que “a maldade não é um estado permanente do homem”. Isso se deve a uma imperfeição momentânea e que o homem perverso pode um dia se tornar um homem bom.
É de que forma um criminoso pode se tornar um homem bom? Agredindo-o?

Usando o método retrógado “Olho por olho, dente por dente”? Tal procedimento torna aquele que revida tão perverso quanto seu agressor.
Vejam a vida dos Santos. Muitos foram pecadores. Mas mudaram seu comportamento leviano porque foram iluminados por alguma luz que Deus lhes enviou.  

Segundo os noticiários atuais ,  a violência policial (por exemplo) aumentou bastante nos últimos anos, devido o incentivo do tal ditado popular “Olho por Olho...” E assim, em vez dos malvados se tornarem homens bons, o que está acontecendo são homens bons se tornando homens maus.

A Lei dos homens é falha e se contrapõe com a Lei de Deus que é a Lei do Amor: A Lei mais justa, criada pela sabedoria suprema de Deus.
De acordo com a Lei do Amor, o presídio deveria ser um local de trabalho, de estudo, capacitação profissional e de formação cristã. De oportunidades e redenção.

Enquanto o mundo  resolver os problemas através da tortura, do maltrato, da discriminação e da violênca não haverá Paz nem Justiça. Pois somente a Lei do Amor pode nos assegurar  essas dádivas, através da Educação.
  
     
 
 

 
Nair Lúcia de Britto
Enviado por Nair Lúcia de Britto em 14/01/2021
Reeditado em 17/01/2021
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