Jó, sua justiça e sua humilhação

Jó, sua justiça e a sua humilhação

Então, aqueles três homens cessaram de responder a Jó; porque era justo aos seus próprios olhos. (‭‭Jó‬ ‭32:1)

Quando pensamos em Jó, o que nos vem à mente é a história de um homem justo, reto e temente a Deus, que perdeu tudo que tinha e sofreu uma terrível enfermidade. Porque Deus permitiu que satanas tocasse em tudo que ele tinha e também em sua saúde, não permitindo Deus que satanas tirasse a sua vida. (Jó 1:12; 2:6)

‬‬Mas, a medida que lemos o livro podemos conhecer melhor a Jó, a sua mulher e seus amigos, Elifaz, Bildade e Zofar, que souberam de todos os males que o haviam atingido, e foram mostrar solidariedade a Jó e consolá-lo. (Jó 2:13)

Não demorou muito para que houvesse uma longa (do capítulo 4 ao 31) discussão entre Jó e seus amigos.

Jó estava determinado a justificar a si mesmo, enquanto que seus amigos tentavam por todos os meios culpa-lo pela situação.

Jó permanecia inquebrantável, e o mal tratamento de seus amigos só endureceu ainda mais a sua posição.‬

Jó não podia ver nada de mau em si mesmo, e seus amigos não podiam ver nada de bom nele.

Mesmo assim, Jó estava firmemente decidido a manter sua integridade, eles porém, a remover, e até achar manchas e defeitos.

Descobrimos que só entre os capítulos 29 e 31, Jó menciona a si mesmo aproximadamente cem vezes.

Tambem descobrimos que nenhum dos seus amigos compreendeu Jó, e que não tinham conhecimento do caráter de Deus nem o seu propósito a respeito da prova de seu servo.

Elifaz apela à experiência, Bildade à tradição e Zofar à legalidade, mas nenhum expõe a verdade de Deus.

Um amigo inesperado aparece, seu nome é Eliu, que significa "Deus é ele" e, sem dúvida, podemos considerá-lo como um tipo de nosso Senhor Jesus Cristo. Eliú coloca Deus na cena, e poe fim às tediosas contendas e disputas que se sucederam entre Jó e seus tres amigos.

Ele era mais jovem que Jó e seus outros três amigos, e com certeza mais sábio que todos eles.

Enquanto os três amigos defendiam que o sofrimento possui sempre um caráter punitivo, Eliu defendia o sofrimento como caráter pedagógico.

Disse mais Eliú: Achas que é justo dizeres: Maior é a minha justiça do que a de Deus? (‭‭Jó‬ ‭35:1,2)‬ ‭‬‬

É de grande importância moral sabermos que quando nos justificamos, condenamos a Deus.

Jó realmente era um homem bom, mas ele mesmo não sabia o quanto que era justo aos seu próprios olhos, até que o sofrimento chegou e provou o seu coração.

Não só no mundo, mas também na igreja, existe um grande número de pessoas boas, mas que não sabem que são arrogantes até que seu mundo desabe.

Infelizmente, no meio cristão há uma grande quantidade de atividades centradas no homem, uma forte dose de eu, eu, eu, para tudo. E quando essas pessoas tem que enfrentar as perdas, a enfermidade, o desemprego, ou qualquer outro problema na vida, elas se sentem injustiçadas, questionam tudo e passam a se justiçar.

Assim como Jó teve Eliu para o levar a realidade dos fatos a respeito da justiça e soberania de Deus, nós temos a Jesus Cristo, o próprio filho de Deus, que nos leva a realidade do amor de Deus por nós.

Se Deus mudou a situação de Jó, se Deus honrou este homem em dobro, como não faria isto por nós, se por meio de Cristo nos fez preciosíssimas promessas? (2 Pedro 1:4)

Jó buscou por todos os meios contender com Deus, mas foi convencido que não tinha argumentos para isso.

Então Jó respondeu ao Senhor e disse: Sou indigno; o que posso dizer? Ponho a mão na minha boca. (Jó 40:3,4)

A contenda chegou ao seu fim, a guerra de palavras terminou, e, no seu lugar, temos as lágrimas do arrependimento.

A verdade para todos nós é : Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado. (Mateus 23:12)

E que não demore muito para que as nossas palavras sejam iguais a de Jó.

Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. (Jó 42:2)

Pr Elias Marcelino

Elias Marcelino
Enviado por Elias Marcelino em 12/05/2021
Reeditado em 11/07/2021
Código do texto: T7253722
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