III Congresso Brasileiro de Naturopatia e Iridologia - Guarulhos - SP
Dias 9 a 12/10/2011

     A metodologia de pesquisa da luta contra o câncer, de um ponto de vista preventivo, deve buscar recursos basicamente na alimentação, na desintoxicação e no estilo de vida, com o objetivo de reduzir os índices alarmantes e epidêmicos do câncer a nível planetário, em especial nos países industrialmente mais desenvolvidos.
     É necessário também obter informações da antropologia da saúde, da medicina popular, da história da medicina, da cancerologia clássica e da crítica, da imunologia, da epigenética, da epidemiologia, da ecologia, da ecotoxicologia, da fitoquímica, da agroecologia, da alimentação orgânica, da medicina naturista, da medicina homeopática, da medicina integral, da medicina ortomolecular e da fitoterapia.
     Esta inovadora estratégia de luta contra o câncer vem sendo adotada há vários anos embora não tenha encontrado até o momento espaço e verbas nas instituições cancerologistas de cada país que vem investindo basicamente em medicamentos e equipamentos com objetivos exclusivamente curativistas.
     Recentemente esta estratégia preventiva obteve o apoio decidido de David Servan-Schreiber (1961-2011), médico neuropsiquiatra, que conseguiu sobreviver a um câncer no cérebro durante 19 anos, mudando sua alimentação e seu estilo de vida.
     Por outro lado, as grandes ameaças à nossa saúde produzidas pela modernidade e pelo progresso atual desafiam a nossa coragem e inteligência no sentido de defender nosso corpo e nosso sistema imunológico das inúmeras agressões ambientais de natureza química e de péssimos hábitos alimentares.
     Tais constatações nos levam a um irônico paradoxo: a sobrevivência no mundo moderno só é possível seguindo o exemplo de povos de vida mais rudimentar, que não tem sido contaminado por produtos químicos ou alimentos industrializados.
     Resumindo, quanto mais industrializado e “moderno” for o estilo de vida, maior será o risco de aumentar as estatísticas cruéis do câncer. Por isso é necessário cada vez mais buscar novos alimentos vegetais que contenham moléculas antioxidantes e sejam rústicas e de fácil cultivo, para escapar do efeito das nuvens de agrotóxicos espargidas pelo agronegócio. Em função disso, a espécie humana, assim como inúmeras espécies animais selvagens, estão sofrendo mutações genéticas produzidas pelo ambiente químico-sintético em que vivemos.
     Provavelmente somente sobreviverá quem tiver acesso a informações privilegiadas.


Palestrante: Prof. Douglas Carrara