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        É Apenas Uma Gravidez.


Quando a mulher fica gravida, parece que tudo fica diferente. O olhar feminino não é mais o mesmo como daquela amiga solteira ou casada que não está no mesmo estado de graça. Quem faz parte do convívio de uma grávida  acha  que ela exagera quando enjoa, percebe alguma alteração nos sabores, deixa de ser  aquela  mulher  ousada, quando sente o sexto sentido a flor da pele ...
Será mesmo exagero das futuras mães?

                 

Através de estudos realizados por duas universidades européias, ficou registrado que a massa cinzenta em áreas específicas do cérebro da mulher grávida diminui a fim de auxiliar a mãe a criar laços com o seu bebê e se preparar para as demandas da maternidade. Touché! Explicado a mudança toda!
A Universitat Autonoma de Barcelona em parceria com a Leiden University da Holanda realizaram a pesquisa que foi publicada na revista científica Nature Neuroscience e é baseada em imagens de ressonância magnética feitas dos cérebros de vinte e cinco mulheres antes, durante e dois anos após a primeira gravidez.
Essas imagens foram comparadas com as de cérebros de dezenove pais de primeira viagem, dezessete homens sem filhos e vinte mulheres que nunca engravidaram.

              

A pesquisa revela uma redução significativa de massa cinzenta nos cérebros das futuras mães. As mudanças prevalecem justamente em áreas do cérebro responsáveis pelas interações sociais, isto é, a região acionada quando pensamos ou sentimos algo por alguém, ou as chamadas tarefas da "teoria da mente".

                    

Com essas transformações a nova mãe passará a ser mais observadora e atenta na hora de identificar as necessidades do seu bebê, terá percepção das ameaças que rondam seu habitat e fará com que a nova mãe se aproxime mais do seu neném.
Enquanto seus cérebros eram monitorados, as mães olhavam fotos de seus bebês e de outras crianças. Os registros mostram que as partes do cérebro ativadas quando elas olhavam as imagens dos filhos eram muito próximas daquelas áreas onde a massa cinzenta havia sido reduzida ou "afinada" durante a gravidez e que essas mesmas regiões cerebrais não eram acionadas quando olhavam fotos de outros bebês.
O volume de reduções de massa cinzenta na gravidez representa um processo de especialização para a futura maturidade dessa rede de teoria da mente que serve como uma espécie de adaptação para a maternidade, segundo a autora do estudo, Elseline Hoezkzema, pesquisadora do pós-doutorado do Instituto de Psicologia da Leiden University.
O estudo também revela que todas as mulheres são afetadas da mesma forma, independentemente da forma como engravidaram - naturalmente ou com fertilização in vitro. Enquanto aos homens que se tornaram pais pela primeira vez, não houve identificação de alteração na massa cinzenta ou na massa branca do cérebro deles.
                                       
                  

Essa pesquisa afirma que a gravidez é caracterizada por intensas correntes de hormônios sexuais e envolve mudanças drásticas tanto físicas quanto emocionais nas mulheres durante os nove meses de gestação quando a taxa de estrogênio chega a ser a mais elevada de toda sua vida.
As mudanças estruturais no cérebro feminino durante a gravidez são semelhantes às transformações que ocorrem na adolescência. As mudanças chegam a afetar as mulheres até dois anos depois do parto mas não afetam a memória delas.
Então, quando uma mulher afirmar que está  "esquecida", se sente mais vulnerável durante a gestação, o melhor é acreditar e procurar entendê-la nesse período 'delicado' e nos próximos dois anos. Segundo a pesquisa, não é balela essa transformação toda nas mulheres que serão mães.

           
Calada Eu
Enviado por Calada Eu em 26/12/2016
Reeditado em 26/12/2016
Código do texto: T5863576
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