A LIBERDADE... A VONTADE... "Como surgiu a COCAÍNA? E a IURD o que tem a ver com isto?".

A LIBERDADE... A VONTADE... “Como surgiu a COCAÍNA? E a IURD o que tem a ver com isto?”

1ª versão.

COCAÍNA: - UMA BREVE HISTÓRIA.

O que começou como uma TRADIÇÃO RELIGIOSA nos ANDES tornou-se um abuso em todo o mundo.

A COCA é um dos ESTIMULANTES de ORIGEM NATURAL, mais ANTIGOS, POTENTES e PERIGOSOS.

Três mil anos antes de CRISTO, os INCAS MASCAVAM FOLHAS de COCA nos ANDES para que seus corações batessem a toda velocidade e para acelerar sua respiração contra os efeitos de viver no AR RAREFEITO da MONTANHA.

OS NATIVOS PERUANOS só MASCAVAM FOLHAS de COCA durante as CERIMÔNIAS RELIGIOSAS. Este TABU foi quebrado quando os Soldados Espanhóis invadiram o PERU em 1532.

Índios forçados a trabalhar nas MINAS de PRATA ESPANHOLAS eram supridos com FOLHAS de COCA, pois isto os deixava mais fáceis de Controlar e Explorar.

A COCAÍNA foi Sintetizada pela primeira vez em 1859, pelo Químico Alemão Albert Niemann.

Somente a partir de 1880 é que começou a se tornar popular entre a Comunidade Médica.

“Foto: Psicanalista Austríaco SIGMUND FREUD. (Créditos fotográficos: - Fototeca do Museu de Freud)”.

O PSICANALISTA SIGMUND FREUD, que usava a droga em si próprio, foi o primeiro a promover amplamente a COCAÍNA como um TÔNICO para curar a Depressão e a Impotência Sexual.

Em 1884, publicou um artigo intitulado “Über Coca” (Sobre a COCA) que promovia os “benefícios” da COCAÍNA, chamando-a de Substância “Mágica”.

Freud, contudo, não era um observador objetivo. Consumia COCAÍNA regularmente, receitou-a à sua namorada e ao seu melhor amigo e recomendou-a para uso geral.

Embora notasse que a COCAÍNA conduzia à “Decadência Física e Moral”, Freud continuou promovendo a COCAÍNA aos seus amigos íntimos, um dos quais acabou por sofrer de Alucinações Paranóicas de “cobras brancas rastejando pela sua pele”.

Freud também acreditava que: - “Para os humanos a dose tóxica de COCAÍNA é muito elevada, e parece não haver uma dose letal”.

Ao contrário da sua crença, um dos pacientes de Freud morreu de uma elevada dosagem que ele receitou.

Em 1886, a droga conseguiu sua maior popularidade quando John Pemberton incluiu FOLHAS de COCA como ingrediente do seu novo refrigerante, a COCA-COLA.

Os efeitos energizantes e eufóricos que o consumidor sentia ajudaram a aumentar vertiginosamente a popularidade da COCA-COLA na virada do século.

De 1850 até os primeiros anos de 1900, elixires (poções mágicas e medicinais), tônicos e vinhos de COCAÍNA e ÓPIO foram amplamente usados por pessoas de todas as classes sociais.

Celebridades que promoveram os efeitos “milagrosos” dos tônicos e elixires de COCAÍNA incluem o inventor Thomas Edison e a atriz Sarah Bernhardt.

A Droga tornou-se popular na Indústria do Cinema Mudo e as mensagens que saíam de Hollywood a favor da COCAÍNA naquele tempo influenciavam milhões de pessoas.

O uso de COCAÍNA na sociedade aumentou e os perigos da Droga tornaram-se gradualmente mais evidentes.

Por pressão popular, em 1903, a COCA-COLA foi forçada a retirar a COCAÍNA do refrigerante.

Em 1905, Cheirar COCAÍNA tornou-se popular e nos cinco anos seguintes, os Hospitais e a Literatura Médica começaram a registrar casos de Danos Nasais devidos ao uso desta droga.

Em 1912, o governo dos Estados Unidos registrou 5.000 mortes relacionadas com a COCAÍNA em um ano e a droga foi oficialmente banida em 1922.

Na década de 1970, a COCAÍNA emergiu como a nova droga da moda para Artistas e Homens de Negócios.

A COCAÍNA parecia a companhia perfeita para uma viagem empolgante. A COCAÍNA “dava energia” e ajudava as pessoas a permanecerem em “alto astral”.

Entre 1970 e 1980, o percentual de estudantes que experimentaram COCAÍNA em algumas Universidades Americanas aumentou dez vezes.

No final da década de 1970, Traficantes de Droga Colombianos começaram a organizar uma Rede Elaborada de Contrabando de COCAÍNA para os EUA.

Tradicionalmente, por ser um hábito muito caro, a COCAÍNA era uma droga para RICOS.

No final da década de 1980, a COCAÍNA não era mais tida como a opção de droga dos endinheirados. Na época conquistou a reputação de ser a droga mais perigosa e que causava mais dependência da América, ligada a pobreza, crime e morte.

No início da década de 1990, os Cartéis de Droga Colombianos produziam e exportavam de 500 a 800 toneladas de COCAÍNA por ano, enviando não somente para os EUA, mas também para a Europa e Ásia.

Em meados de 1990, os Grandes Cartéis foram Desmantelados pelas autoridades, mas foram substituídos por grupos menores — com mais de 300 organizações de contrabando de droga hoje conhecidas e ativas na COLÔMBIA.

Desde 2008, a COCAÍNA tornou-se a segunda Droga Ilícita mais contrabandeada no mundo.

2ª versão.

COCAÍNA HÁ 100 ANOS – UMA HISTÓRIA ATUAL.

Por Rostand Medeiros – 25 de agosto de 2013.

“Foto: PRAGA DA COCAÍNA É ALGO JÁ MUITO ANTIGO, QUE JÁ DESTRUÍA MENTES E CORPOS NO BRASIL DO INÍCIO DO SÉCULO XX”.

Recentemente tive a oportunidade de assistir a uma palestra destinada aos jovens, sobre os malefícios e os problemas gerados pelo Consumo de Drogas.

A palestra, muito boa por sinal, foi proferida por Técnicos de uma Instituição Estadual de Combate as Drogas e ocorreu em uma Escola Pública, num dos bairros periféricos mais violentos da Zona Norte da Capital Potiguar (Natal – RN).

No local vi os alunos extremamente atentos em relação ao assunto, calados, observando tudo e fazendo perguntas bem pertinentes.

Isso tudo apesar do desconforto das cadeiras e de um calor de doer o crânio.

Em dado momento, um dos alunos perguntou ao Palestrante, pessoa com Nível Superior na Área de Humanas, - “Há quanto tempo que existia COCAÍNA no Brasil?”.

E a resposta do palestrante foi “Há cerca de 40, ou 45 anos”, como associada aos Processos de Inovações Culturais e ao Experimentalismo das Drogas da década de 1960.

Bem, vamos dá o desconto do erro, da formação do palestrante não ser na área de História, do calor na sala, etc.

“Foto: - Policial militar potiguar e um ex-traficante proferindo uma palestra para jovens na cidade de Apodi-RN. Ação que deve ser sempre incentivada. – Imagem meramente ilustrativa – Fonte – Santananoticias.blogspot.com”.

Provavelmente devido à forte influência da mídia em apontar os processos de experimentalismos das drogas ocorridos na década de 1960, com muita associação a Popularização do Rock e suas várias vertentes, é que as pessoas associam o início do consumo de COCAÍNA no nosso país a este período recente de nossa História.

Curioso com isso tudo, comecei a perceber que existe uma falsa ideia que na época dos nossos avós e bisavós, a única droga que existia era o álcool, com preferência no Brasil para a cachaça. Isso é um engano.

UMA DROGA ANTIGA.

Na atualidade, basicamente conhecemos a COCAÍNA como um Estimulante, sendo atualmente considerada uma Droga Ilegal.

É extraída a partir das Folhas da Planta da Coca, vegetal da família Erythroxylaceae, cujo nome científico é Erythroxylum coca.

Possui porte arbustivo, pode ficar frondosa e suas flores são amarelo-alvacentas.

“Foto: Folha de Coca – Fonte – http://www.montanha.bio.br”.

Mas, a mais de 4.000 ou 5.000 anos que a coca vem sendo utilizada como um remédio e estimulante no que hoje é a Colômbia, Peru e Bolívia.

A partir do século XVI, europeus descreveram a prática de povos sul americanos, de MASCAR uma mistura de TABACO e FOLHAS de COCA.

Este hábito de mastigar as folhas de coca, o consumo tradicional da coca pelos Povos Andinos, possui certas características que o distinguem nitidamente do consumo da COCAÍNA.

Ao introduzir a folha de coca oralmente, suas propriedades psicoativas, são absorvidas lentamente através do sistema digestivo, sem causar efeitos nocivos.

“Foto: Mascar folha de coca na BOLÍVIA é tradição cultural – Fonte – http://www.newsrondonia.com.br”.

Visitantes ilustres que já estiveram na Bolívia, incluindo o Papa João Paulo II e a princesa Anne, beberam chá de coca (mate de coca), pois é a maneira tradicional de se evitar a doença da altitude (hipóxia) na região andina.

Investigações imparciais e científicas demonstraram que o uso regular da folha de coca não é prejudicial.

No início do século XIX pesquisadores europeus que visitavam a América do Sul tiveram a sua atenção voltada para as folhas de coca e começaram a fazer experiências para descobrir os segredos da planta mágica.

Foi o cientista alemão Albert Niemann, da Universidade de Gottingen, que em 1859 isolou com sucesso o alcalóide da planta de coca responsável por seu efeito estimulante.

Logo um mercado global disparou em busca da nova droga, a cocaína.

INÍCIO DO USO COMERCIAL.

Em 1860, Ângelo Mariani introduziu “Vin Mariani”, um vinho tinto com a nova droga na sua composição.

Mariani acumulou uma fortuna a partir desta bebida, com a venda sendo estimulada por pessoas notáveis, como a Atriz Sarah Bernhardt, a Rainha Vitória da Inglaterra, o Inventor americano Thomas Edison e até o Papa Leão XIII.

“Foto: Vin Mariani – His Holiness Pope Leo XIII Awards Gold Medal”.

Não demorou para que Empresas Farmacêuticas Americanas, começassem a explorar a folha de coca, e em pouco tempo, os Estados Unidos se tornaram o maior importador e principal mercado legal de cocaína no planeta.

Por volta de 1880 a cocaína na terra do Tio Sam era receitada livremente pelos médicos em doenças como a exaustão, depressão e estava disponível em muitos medicamentos patenteados.

Como a cocaína era amplamente disponível neste país, não é difícil de entender porque o xarope da primitiva Coca-Cola continha aproximadamente 4,5 mg/180 ml de cocaína até os primeiros anos do século XX.

“Foto: John S. Pemberton”.

A história desta famosa bebida tem início indireto em 1879, quando a cocaína foi usada até mesmo para tratar o vício da morfina.

Após o fim da Guerra Civil Americana, um veterano chamado John S. Pemberton começou a usar morfina para diminuir a dor dos seus ferimentos e ele rapidamente tornou-se viciado.

Ele leu em uma revista médica que a cocaína poderia ajudar a curar o “morfinismo” e passou a produzir seu próprio tônico à base de vinho que continha cocaína.

Quando o Estado da Geórgia impôs a sua própria proibição do álcool, ele começou a misturar cocaína com extrato de noz de cola e água de soda.

Depois comercializou o produto e este se tornou um sucesso instantâneo. Pemberton vendeu sua fórmula a outro farmacêutico (que certamente não consumia nem morfina, nem cocaína), que fundou a Coca-Cola Company em 1892.

USO MÉDICO.

A cocaína foi introduzida como um anestésico em 1884 pelo Dr. Karl Koller.

Este era um estagiário de oftalmologia no Hospital Geral de Viena e em um experimento público, ele aplicou no seu próprio olho uma solução de cocaína e depois, para espanto da plateia, o picou com alfinetes sem problemas.

“Foto: Karl Koller – Fonte – Wikipédia.com”.

O Dr. Koller foi o primeiro a escrever sobre as propriedades anestésicas da cocaína. Pouco depois, a cocaína fez manchetes em todo o mundo e os médicos aproveitaram a droga.

A fabricação do medicamento envolve um processamento onde entra na composição um determinado número de outras substâncias químicas, formando o PÓ BRANCO vulgarmente conhecido como CLORIDRATO de COCAÍNA.

Como fármaco os efeitos da dosagem podiam variar significativamente. A cocaína foi considerada primeiramente um estimulante seguro e um ótimo tônico para os nervos.

“Foto: - Freud publicou em 1884 o tratado “Über Coca”, sobre a droga – Fonte – afkra.blogspot.com”.

Consta que nesta época Sigmund Freud, o pai da psicanálise, usou cocaína em seus pacientes, escreveu um tratado sobre o tema e tornou-se viciado através da auto experimentação.

Freud era conhecido por levar cocaína para idas ao teatro, danças sociais, esportes e passeios.

Ele se tornou um viciado contumaz até que finalmente parou de usar cocaína em 1886.

Atormentado com câncer e dor, Freud acabou por morrer de uma overdose intencional de morfina em 1939.

Mas não demorou muito para os usuários e os médicos começassem a perceber que as propriedades da cocaína causavam dependência e logo vários regulamentos limitantes ao uso foram introduzidos.

Um dos primeiros, o Food and Drug Act americano (Lei Federal sobre Alimentos e Drogas), de 1906, ainda não instituía a proibição, mas regulamentava a produção e venda, inaugurando a intervenção governamental no tema.

NO NOSSO BRASIL TROPICAL.

Bem, afirmar quando a cocaína chegou ao Brasil, eu não sei. Mas sei que ela já estava no país nos trinta anos finais do século XIX.

“Foto: Cocaína vendida como bebida em Juiz de Fora – MG, na década de 1880. VENDAS A DINHEIRO – Deposito da afamada cerveja STRASBOURG”.

Encontramos em antigos jornais da década de 1880, ainda no período do Império de Dom Pedro II, a propaganda de um armazém de secos e molhados da cidade mineira de Juiz de Fora, Minas Gerais, onde na sua parte destinada a bebidas, vemos o anúncio que ali se vendia cocaína aparentemente como uma bebida.

Seria uma precursora da famosa Coca-Cola, ou do “Vin Mariani”?

Além da importação como bebida, a cocaína evidentemente também aportou no Brasil como um medicamento.

Em 1890, na Rua dos Ourives, atual Rua Miguel Couto, no Centro do Rio de Janeiro, que na época era a Capital Federal, havia a “Pharmacia Central do Brazil”.

Este estabelecimento comercial vendia medicamentos que eram lá mesmo preparados.

“Foto: Conforme a foto que segue, a mistureba de produtos medicamentosos parece mais uma receita de algum caldeirão de bruxa. Pastilhas de cocaína vendidas no Rio em 1890”.

Entre os ditos medicamentos encontramos as “Pastilhas de Clorato de Potássio e Cocaína”, que serviam para as moléstias bucais e da laringe.

Interessante esta ideia de pastilhas com cocaína e clorato de potássio, pois até onde eu sei esta última substância foi um ingrediente utilizado nas antigas espoletas de armas de fogo, chamado então de “clorato de potassa” e quando misturado com outros materiais, pode gerar explosivos de forte potência.

Bom, então quem chupava as pastilhas da “Pharmacia Central do Brazil”, abria a garganta e melhorava o hálito, mas também poderia ficar doidão e explodir?

Brincadeiras à parte, esta questão da chegada da cocaína no Brasil no final do século XIX e início do século XX, não estava restrita apenas a região centro sul do país.

A droga extraída da folha de coca também chegou ao caloroso Nordeste.

“Foto: Venda de cocaína em Recife em 1900. Pharmaceutico ILDEFONSO DE AZEVEDO – Pharmacia Pinho – N. 51 – Rua Barão da Victoria – N. 51 – PERNAMBUCO”.

Em um jornal pernambucano de 1900, temos na Rua Barão da Vitória, número 51, atual Rua Nova, no tradicional Bairro de Santo Antônio, no centro de Recife, a antiga botica do Sr. Idelfonso de Azevedo, que vendia cocaína misturada com salsa, caroba, elixir de antipirina e esmaltina.

Podendo o cliente escolher esta mistura líquida ou em pó.

Bem, mesmo sem ser farmacêutico, realizando uma rápida pesquisa, descobri algo interessante sobre este medicamento. O sumo de salsa (em dosagem dupla, como diz o anúncio) é rico em vitaminas B e C e a sua celulose ajudam o movimento intestinal.

Já a planta caroba (também conhecido como caroba-do-mato, marupá, simauba-falsa, caraúca, carabussú, caruba, curoba, marupauba e parapará) é o que podemos chamar de “um santo remédio”, pois suas propriedades medicinais são adstringente, aperiente, cicatrizante, depurativo, diurético, emético, laxante, sudorífera, tônico.

As indicações da caroba são para as afecções da pele, artritismo, blenorragia, cancro, catarro crônico da bexiga e uretra, coriza, dispepsia (falta de suco digestivo ou nervoso), dor (reumática, muscular), estômago, febre, gases, inflamação (próstata, rins, garganta), picada de insetos, mau hálito, sífilis, úlcera estomacal e até no combate as vermes.

“Foto: Rua Barão de Vitória, ou Vitória, em Recife – Fonte – http://peregrinacultural.wordpress.com/”.

Bem, junto à misturada de salsa e caroba vinha o elixir de Antipirina, que é uma substância medicamentosa usada como antitérmico e um sedativo utilizado para identificar o efeito de outras drogas.

No meio desta mistura o Sr. Idelfonso de Azevedo acrescentava esmaltina, que é um mineral de cor cinza claro, uma combinação de cobalto e arsênico, utilizado na fabricação de esmaltes azuis. No final de tudo isso vinha a cocaína.

Para que este medicamento (medicamento?) servia eu não sei! Mas acho que o Sr. Idelfonso de Azevedo quis fazer um tipo de produto que levantava até defunto! Ou servia para fazer defuntos?

As duas próximas propagandas são respectivamente de 1900 e 1901. Originalmente publicadas em jornais baianos, estão bem explicativas na composição e servem para se conhecer o uso medicinal da cocaína no Brasil.

O interessante nestas duas propagandas é que estes remédios à base de cocaína vinham da França.

“Foto: Garganta, Larynge, Bocca – Pastilhas de COCAÏNA MIDY – ‘Paris’”.

“Foto: - Encontra-se no Brazil em todas as Pharmacias – Tratamento das Doenças do Estomago – Elixir VIRENQUE – à cocaína – pepsina e diastase – ‘Paris’”.

ARRANCAR DENTE com COCAÍNA ERA NORMAL.

O leitor pode perceber que a cocaína chegou ao grande país tropical e simplesmente não havia restrições a sua importação, manipulação e venda.

Era tudo liberado. Daí para começar o consumo no sentido alucinógeno foi um passo. Correto? Aparentemente não!

No início do século XX vemos as notícias antigas se referindo basicamente a cocaína como um produto ligado a área médica. Praticamente não se encontra uma utilização ilícita do seu uso.

Se havia era algo privado, talvez restrito a determinados ambientes (cabarés, prostíbulo, lupanares, etc.), sem aparentemente afetar o dia a dia da sociedade, sem atrapalhar a vida das comunidades, principalmente nas maiores áreas urbanizadas do país.

“Foto: Gabinete de uma odontóloga no final do séc. XIX, em Paris – Fonte – http://www.sciencephoto.com”.

Logo outro tipo de profissional brasileiro passou a utilizar a cocaína: - Os dentistas.

Voltando um pouco no tempo, sabemos que a cocaína foi o primeiro anestésico local introduzido por Karl Koller, em 1884, e foi inicialmente utilizado em cirurgias oftalmológicas.

Consta que neste mesmo ano, um médico chamado R. J. Hall solicitou ao seu dentista que se utilizasse cocaína como um anestésico para tratá-lo e aparentemente funcionou.

Na virada do século, por volta de 1903, a cocaína foi misturada com epinefrina, de modo a melhorar a sua eficácia clínica e utilizada para amortecer as gengivas.

Mas devido a várias mortes ligadas à combinação de cocaína e epinefrina, este foi descartado por volta de 1924.

No entanto, a cocaína continuou a ser utilizada e considerada uma droga útil para anestesia tópica na região dos ouvidos, nariz e garganta.

“Foto: - Interessante lista de preços de atendimento odontológico no início do séc. XX. A cocaína era um anestésico”.

Na imagem que apresentamos, temos uma propaganda do dentista Paulo (ou Paul) Kieffer, que coincidentemente atendia na mesma Rua dos Ourives, atual Rua Miguel Couto, no Centro do Rio de Janeiro, na área onde estava estabelecida a “Pharmacia Central do Brazil”.

O Dr. Kieffer aplicava anestesia local com cocaína, ou “nevarnina” (talvez um subproduto), ao preço de 2$000 réis.

MORRER COM COCAÍNA ERA MODA...

Mas observando os jornais antigos das décadas de 1900 e 1910, é claramente perceptível que havia sim o consumo de cocaína, mas aparentemente não no sentido do consumidor criar seu próprio “paraíso artificial”. Mas principalmente para se matar!

“Foto: - Suicido Ethereo – Eis em que deu a historia. Queria suicidar-me; por falta de cocaina enguli um lança-perfume. Em vez de morrer fiquei ether...nizado”.

Nos periódicos brasileiros do limiar do século XX, o que não faltam são inúmeras notícias de homens e mulheres, jovens ou velhos, ricos e principalmente os mais pobres, que utilizavam a cocaína pura, ou misturada com todo tipo de material, para simplesmente dar fim a suas vidas.

E a imprensa da época era de uma sutileza de fazer dó e piedade. Nas páginas antigas lemos que estes desesperados eram os “decaídos”, os “desgraçados”, os “transloucados” (isso quando eram pobres), que buscavam no suicídio o fim a uma vida sem perspectivas.

Este tipo de notícia era um “ótimo” incentivo para quem estava em depressão.

“Foto: - A MANIA DO SUICIDIO – DUAS TENTATIVAS A COCAINA – “ELIXIR DE NOGUEIRA” – Cura fistulas”.

Nos jornais antigos das décadas de 1900 e 1910 percebemos que a quantidade de suicídios chegou a um ponto tal que virou uma espécie de “moda” se matar com cocaína.

Não podemos esquecer quanto era terrível a situação das mulheres nesta época. Criadas para serem exemplares donas de casa, servir aos maridos, trabalharem pesado pelos filhos e pela casa, em uma sociedade onde trabalhar fora, ou ser separada, era uma distância mínima para ser considerada uma puta.

A perda da virgindade sem que houvesse a consumação do casamento, ou um filho indesejado, era um verdadeiro suplício, principalmente para as mulheres mais pobres e negras.

Então não é nenhuma surpresa que o grupo majoritário de pessoas que recorriam a cocaína para dar cabo de suas vidas fossem de mulheres.

“Foto: - Coisas do amor – Ingeriu cocaina – A menor Adelina Estoriato, de 16 annos de idade, moradora á travessa Bemtevi nº 15, na Villa Ruy Barbosa, hoje, pela manhã, por motivo de amores mal correspondidos, tentou suicidar-se, ingerindo pequena quantidade de cocaina. Chamada a Assistencia Municipal, foi ella soccorrida, ficando em tratamento na sua própria residencia. A policia do 2º districto teve conhecimento do facto”.

Em relação à maneira de morrer com cocaína, chama atenção o fato dos antigos jornais comentarem que os suicidas faleciam ingerindo quantidades que poucas vezes ultrapassam cinco gramas da droga.

Não tenho base de conhecimento para saber se esta quantidade de cocaína na atualidade é capaz de matar uma pessoa, mas no passado era normal misturar a cocaína com outros produtos, até mesmo benzina. Era uma overdose bem explosiva.

Pelo que pude compreender não havia a figura clássica do TRAFICANTE.

O comércio era exercido pelos funcionários das farmácias, ou por algum farmacêutico, certamente com a anuência e o beneplácito do proprietário.

VENDA e CONSUMO da COCAÍNA no RIO de JANEIRO.

Em 04 de janeiro de 1913, jornalistas do periódico carioca “A Noite”, em um interessante trabalho investigativo, apresentaram os processos do consumo de cocaína na primeira metade da década de 1910 na cidade do Rio de Janeiro.

Foi noticiado que sem maiores problemas, sem exigirem uma receita médica, vários jornalistas compraram em meia hora 37 gramas de cocaína.

“Foto: - A cocaina, o veneno da moda, é vendida sem a menor cerimonia”.

Consta na reportagem o preço dos frascos variou de 1$000 a 2$500 réis (um mil a dois mil e quinhentos réis).

Para efeitos de comparação, no mesmo exemplar do jornal carioca “A Noite” encontramos o anúncio da “Cervejaria Tolle”, instalada na Rua Riachuelo, 92, onde cada garrafa da cerveja neozelandesa “Bismarck Brown” custava $300 réis (trezentos réis).

Ou seja, pelo preço médio de um frasco com uma grama de cocaína, se comparava de três a cinco garrafas de cerveja importadas da Nova Zelândia (não esqueçam que quase todos os produtos industrializados vendidos no Brasil desta época eram importados).

Por isso era tão fácil morrer com cocaína.

“Foto: - Típica farmácia, ou drogaria, nos Estados Unidos em 1905. No Brasil elas não eram muito diferentes – Fonte – Wikipédia.org”.

Para os jornalistas, do pessoal das farmácias que trabalhavam corretamente, só se salvavam “uns 20 %”. O resto vendia cocaína aos cariocas sem problemas.

Junto aos profissionais dos estabelecimentos farmacêuticos trabalhavam os “rápidos”, que pelo que pude compreender é atualmente o que a crônica policial denomina de “vapor”.

Ou seja, a figura que no organograma do tráfico de drogas entrega o produto ao cliente. E tinha que ser entregue rapidamente, daí o nome!

“Foto: - Vende-se facilmente a cocaina? Ainda! Ainda!...”.

A reportagem escancarou geral. Deu nome das farmácias que venderam a droga e quem não vendeu. Foram publicados os endereços dos estabelecimentos, as quantidades vendidas em cada local e, num verdadeiro escândalo, até uma criança na Rua do Estácio comprou, a pedido dos jornalistas, a droga sem nenhum problema.

Em uma farmácia um atendente afirmou que vendia de setenta a cem gramas da droga por dia.

“Foto: - PODEMOS OBTER VENENO? O abuso da venda da “cocaina” – UMA NOVA REPORTAGEM DA ‘A NOITE’”.

As matérias de “A Noite” era bem denunciativas, mas pareceu não ter maiores resultados.

AMPLIAÇÃO e DECLÍNIO do USO da COCAÍNA.

Nesta história toda descobri que a repressão não era tanto pelo lado policial, mas era praticada pelo pessoal da Saúde Pública.

Eram os funcionários desta repartição que fiscalizavam os estabelecimentos farmacêuticos e a atuação dos funcionários destes locais.

A polícia participava quando havia denúncia de venda e consequente morte de alguém, mas era difícil provar a participação deste pessoal neste tráfico.

Quem comprava cocaína para se matar, se sobrevivesse, a vergonha era tanta que pouco interesse tinha em denunciar.

Normalmente estes suicidas, como já foi dito aqui, eram das classes mais humildes da sociedade carioca e ninguém os escutava. Se morressem, eram enterrados e ficava por isso mesmo!

A pena maior, pelo que pude compreender, estava mais focada na aplicação de multas, que podiam chegar a 100$000 (cem mil réis).

Mas parece-me que o judiciário não tinha muita gana de ver estes vendedores atrás das grades, conforme podemos ver na foto seguinte. Talvez porque tinha pessoas graúdas ganhando com a venda?

“Foto: - A venda da cocaina – Os infractores vão ser multados”.

Mas tudo leva a crer que de um pseudo modismo para se alcançar a morte, logo o consumo de cocaína no Rio de Janeiro passou a ser algo que deixou os ambientes privados e passou a chamar atenção do dia a dia da sociedade carioca.

Provavelmente como um resultado paralelo da investigação jornalística de “A Noite” contra o consumo de cocaína, são publicadas algumas cartas denunciando o uso de cocaína em locais públicos.

No dia 12 de abril de 1913, “A Noite” trouxe na sua segunda página o relato enviado por carta, de um leitor que apontava a condição de mulheres viciadas em cocaína, que se prostituíam pela droga nas praças do centro do Rio de Janeiro, de como estas mulheres eram aliciadas e como se encontravam em franca decadência física e moral devido à droga e a prostituição.

“Foto: - Uma carta denúncia de 02 de abril de 1913, incomodamente atual – A cocaina e a dissolução social. – Uma carta a proposito. – Ainda a compra da cocaina”.

Concluía o leitor pedindo aos jornalistas de “A Noite” que realizassem um trabalho investigativo.

Estranhamente, mesmo depois de 100 exatos anos, o relato desta denúncia é bastante similar ao que ocorre atualmente com as jovens que se prostituem para consumir cocaína e o seu nefasto “filhote”, o crack.

Percebemos através da leitura dos jornais antigos que entre as décadas de 1910 e 1920 passou a existir uma maior preocupação, um maior debate, até mesmo uma maior repressão a compra e venda de cocaína no Brasil.

No início da década de 1920 o consumo de cocaína começou a diminuir no Brasil. Mas não foi por campanhas governamentais, ou pelo endurecimento da repressão e combate ao consumo da droga.

A farra diminuiu porque simplesmente o produto foi escasseando no mercado externo.

Para os pesquisadores do tema os fatores deste declínio estavam no surgimento de leis restritivas e punitivas que baniram a cocaína e a heroína do mercado livre em vários países, principalmente nos Estados Unidos.

Maior controle da importação e exportação desta droga, perseguição aos médicos que prescreviam tais substâncias indiscriminadamente, além do surgimento na Europa de medidas socioeducativas e de saúde pública, visando à prevenção e ao tratamento desses pacientes.

O próprio advento da depressão econômica, com a quebra da Bolsa de Nova York em 1929, deixou o mundo com menos dinheiro para gastos supérfluos.

E, por fim, o surgimento das anfetaminas em 1932, como um novo e potente estimulante de longa duração.

“Foto: - “COCAINA” – Entre as composições que serão lançadas para o próximo carnaval, uma desde já, está fadada ao mais absoluto sucesso. É a marcha “Cocaina”, creação e autoria de Francisco Alves dedicada ao seu amigo Torres Carneiro – 19 – XI – 1936”.

Mas aparentemente estas situações não significaram o fim total da vinda e consumo da cocaína no Brasil antes da Segunda Guerra Mundial.

Tanto assim que o popular cantor Francisco Alves intitulou a sua música para o carnaval de 1937 como “Cocaina”.

Olha, se a música foi lançada eu não sei! Mas só em intitular desta maneira uma música de carnaval é algo que chama atenção.

Observação do escriba: - Costuma-se dizer que artistas são formadores de opinião pública. Na realidade sobre assuntos como física, química, farmácia, medicina, etc., eles sabem muito pouco. No entanto, a grande mídia utiliza-os como propagandistas de várias drogas ditas lícitas e até mesmo ilícitas. Isto é válido também para muitos jornalistas e apresentadores de rádio e de televisão.

NÃO BAIXEM a GUARDA, esta EPIDEMIA ESTÁ AÍ e não vai ACABAR TÃO CEDO.

Sabemos que foi ao longo do século XX que os Estados Unidos assumiram a dianteira da cruzada antidrogas, impondo aos demais países na Europa e na América convenções que dariam origem à chamada Guerra às Drogas.

Mas foi a Convenção Internacional realizada pela Organização das Nações Unidas em 1961, que se estabeleceram as regras que pautariam as políticas sobre drogas em vários países.

O critério era proibir drogas que não tinha uso médico. As substâncias que não foram consideradas como de uso médico passaram, a partir de então, a ter seu uso proibido ou submetido a controle.

A chamada “Guerra às Drogas” foi declarada pelos Estados Unidos em 1972, fortalecendo assim a deflagração explícita de combate ao tráfico, com operações internacionais de alcance cada vez maior.

“Foto: - Combate a fabricação e tráfico de COCAÍNA”.

Na virada dos anos de 1960 para os 70, a COCAÍNA voltou à cena como Estimulante em um mercado de trabalho cada vez mais frenético. A economia do tráfico, então, assumiu um novo circuito.

Tradicionais regiões de plantação de coca na BOLÍVIA e PERU aumentaram sua produção para o mercado ilícito. A pasta produzida era repassada a Vendedores COLOMBIANOS, que a transformavam a FOLHA na DROGA, encaminhada aos centros consumidores nos Estados Unidos, Europa e América Latina.

Países como o Brasil serviam apenas de ENTREPOSTO logístico da droga e eram centros de consumo de menor importância.

Mas com o crescimento econômico brasileiro, o país já não mais despontava apenas como um corredor para o Tráfico Internacional de Drogas, mas como um grande mercado consumidor.

Os jovens com poucas oportunidades foram atraídos pelo poder e dinheiro, e, de serem traficantes de cocaína, crack e armas, e, muitos foram assassinados em guerras de gangues de drogas que se seguiram, e que conhecemos bem.

Amigo quer vocês queiram ou não, as drogas como a COCAÍNA, crack, heroína, anfetaminas, maconha, lança perfume, álcool e outras desgraças estão nas ruas, nas portas das escolas, nas casas de espetáculo, na porta da sua casa, nos locais de trabalho e por aí vai.

Não conheço outra maneira de livrar nossos filhos deste problema do que sendo seus maiores amigos, confidentes, tendo tempo para estar ao lado deles.

E não custa nada conhecer o que são estas drogas através de leituras e de outras formas de informação, assim, é possível debater melhor com seus filhos sobre os malefícios que estes produtos geram.

Não baixem a guarda. Esta epidemia está nas ruas e não vai acabar tão cedo. A história assim mostra.

3ª versão.

COCAÍNA.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A COCAÍNA, benzoilmetilecgonina ou éster do ácido benzóico, também conhecida por COCA, é um alcalóide, ESTIMULANTE, com efeitos anestésicos utilizada fundamentalmente como uma DROGA RECREATIVA.

Pode ser aspirada, fumada ou injetada. Os efeitos mentais podem incluir perda de contato com a realidade, um intenso sentimento de felicidade ou agitação.

Os sintomas podem envolver aceleração do ritmo cardíaco, transpiração e dilatação das pupilas.

Quando consumida em doses elevadas pode provocar hipertensão arterial ou hipertermia.

Os efeitos têm início dentro de alguns segundos ou minutos após a sua utilização e duram entre cinco e noventa minutos.

A cocaína tem um pequeno número de utilizações médicas aceitas, tais como entorpecimento e diminuição da hemorragia durante uma cirurgia nasal.

A cocaína é muito viciante, graças aos efeitos provocados sobre a via mesolímbica no cérebro.

Existe um sério risco de dependência, mesmo se consumida por um curto período de tempo.

A sua utilização aumenta ainda o risco de acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, problemas pulmonares em pessoas que a fumam, infecções sanguíneas e parada cardiorrespiratória súbita.

A cocaína vendida na rua é normalmente misturada com anestésicos locais, amido de milho, quinina ou açúcar, o que aumenta ainda mais a sua toxicidade.

No seguimento de administração repetida das doses, a pessoa pode ver diminuída a sua capacidade de sentir prazer e fisicamente sentir-se muito cansada.

A cocaína é um estimulante do sistema nervoso central e um supressor do apetite.

Atua por meio da inibição da recaptação de serotonina, noradrenalina e dopamina. Isto se traduz em maiores concentrações destes três neurotransmissores no cérebro.

Pode atravessar facilmente a barreira hematoencefálica, podendo inclusive danificá-la.

A cocaína é uma substância natural que se encontra nas folhas da planta Erythroxylum coca, que é cultivada, sobretudo na América do Sul.

Em 2013, foram legalmente produzidos 419 kg, no entanto, estima-se que o valor da cocaína comercializada no mercado negro ronde os 100 a 500 mil milhões de dólares a cada ano.

O crack pode ser produzido a partir de cocaína.

Depois do cannabis, a cocaína é o estupefaciente ilegal mais consumido a nível mundial, e calcula-se que entre 18 e 22 milhões de pessoas utilizaram a substancia em 2014 com a América do Norte como seu principal consumidor, seguido da Europa e da América do Sul.

Estima-se que entre 1% e 3% das pessoas no mundo desenvolvido tenham experimentado a cocaína em algum momento da sua vida e é responsável direta por milhares de mortes a cada ano.

As folhas da coca têm sido utilizadas pelos habitantes do atual Peru desde a antiguidade. Só em 1860 é que a cocaína foi pela primeira vez isolada.

Desde 1961 que se encontra incluída na Convenção Única sobre Entorpecentes Internacional, como o propósito de combater o seu tráfico e consumo.

HISTÓRIA da DROGA.

ANDES e ARBUSTO da COCA.

A folha de coca (cujo consumo mesmo se em grandes quantidades, leva apenas à absorção de uma dose minúscula de cocaína) é usada comprovadamente há mais de 5.000 anos pelos Povos Nativos da América do Sul.

Eles a mastigavam para ajudar a suportar a fome, a sede e o cansaço, sendo, ainda hoje, consumida legalmente em alguns países (Bolívia) sob a forma de chá (a absorção do princípio ativo, por esta via, é muito baixa).

Os Incas e outros povos dos Andes usaram-na certamente, permitindo-lhes trabalhar a altas altitudes, onde a rarefação do ar e o frio tornam o trabalho árduo e especialmente difícil.

A sua ação anorexiante (supressora da fome) lhes permitia transportar apenas um mínimo de comida durante alguns dias.

Inicialmente os espanhóis, constatando o uso quase religioso da planta, nas suas tentativas de converter os índios ao Cristianismo, declararam a planta produto do demônio.

O seu uso entre os espanhóis do novo mundo espalhou-se, sendo as folhas usadas para tratar feridas e ossos partidos ou curar a constipação/resfriado. A coca foi levada para a Europa em 1580.

PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS.

O alcalóide (cocaína) foi isolado das folhas de coca por Niemann em 1859 ou 1860, que lhe deu o nome.

No entanto há boas razões para supor que foi antes Friedrich Gaedcke que a isolou pela primeira vez em 1855 ou 1856.

“Foto: Vinho Mariani ou Mariani Wine”.

O seu uso espalhou-se gradualmente. Após visitas à América do Sul de cientistas italianos que levaram amostras da planta para o seu país, o químico Ângelo Mariani desenvolveu, em 1863 o vinho Mariani, uma infusão alcoólica de folhas de coca (mais poderosa devido ao poder extrativo do etanol que as infusões de água ou chás usadas antes).

O vinho Mariani era muito apreciado pelo Papa Leão XIII, que inclusivamente premiou Mariani com uma medalha honorífica.

A Coca-Cola seria inventada em parte como tentativa de competição dos comerciantes americanos com o vinho Mariani importado da Itália.

A Coca-Cola continuaria desde a sua invenção até 1903 a incluir cocaína nos seus ingredientes, e os seus efeitos foram sem dúvida determinantes do poder atrativo inicial da bebida.

A cocaína tornou-se popular entre as classes altas no fim do século XIX.

Entre consumidores famosos do vinho Mariani contavam-se Ulysses Grant, o Papa Leão XIII, que até apareceu na publicidade do produto e Frédéric Bartholdi (francês, criador da Estátua da Liberdade), que comentou que se o vinho tivesse sido inventado mais cedo teria feito a estátua mais alta.

POPULARIZAÇÃO.

“Foto: - Anúncio à Coca-Cola com cocaína, 1900”.

A cocaína foi nessa altura popularizada como tratamento para a toxicodependência de morfina.

Em Viena, Sigmund Freud, o médico psiquiatra criador da psicanálise experimentou-a em si para efeitos analgésicos por conta do tumor e posterior câncer que teve na região maxilo-buco-facial.

Publicou inclusivamente um livro Über Coca sobre a sua vivência. Foi ele que a forneceu ao oftalmologista Carl Köller, que em 1884 a usou pela primeira vez enquanto anestésico local, aplicando gotas com cocaína nos olhos de pacientes antes de serem operados.

A popularidade da cocaína ganha terreno: - Em 1885 a companhia americana Park Davis vendia livremente cocaína em cigarros, pó ou líquido injetável sob o lema de "substituir a comida, tornar os covardes corajosos, os silenciosos eloqüentes e os sofredores insensíveis à dor".

O personagem fictício Sherlock Holmes (personagem de Arthur Conan Doyle) chega mesmo a injetar "cocaine" nas veias numa das histórias.

Em 1909 Ernest Shackleton leva cocaína para a sua viagem à Antártida, assim como o Capitão Robert Scott.

PROIBIÇÃO.

Apesar do entusiasmo, os efeitos negativos da cocaína acabaram por ser descobertos. Com o uso da cocaína pelas classes baixas, inclusive nos Estados Unidos, acabou por assustar as classes altas a um extremo que o seu óbvio potencial de dependência e graves problemas para a saúde nunca levaram.

Os alertas racistas no sul dos Estados Unidos sobre os "ataques a mulheres brancas do Sul que são o resultado direto do cérebro do negro enlouquecido por cocaína" como exprimiu um farmacêutico proeminente, acabaram por resultar na regulação e posterior proibição da substância.

Apesar dos motivos iniciais, é consensual entre a Comunidade Médica que os elevados efeitos auto destruidores do consumo de cocaína são plenamente justificativos da proibição atual.

O crack foi um desenvolvimento moderno do consumo da cocaína. É muito mais barato e fácil de consumir, e as comunidades pobres arruínam-se ainda mais por todo o mundo devido ao seu consumo.

Muitos usuários de cocaína, conhecendo o crack, começaram a utilizar somente ele, pois o efeito de euforia é mais forte do que da cocaína e por muitos não terem dinheiro para comprar ambas, compram somente o crack.

Porém isso não é uma regra, muitos usuários de cocaína e crack, podem ter uso abusivo de ambas ou mais ainda da cocaína, dependendo da assimilação do usuário.

Muitos preferem a cocaína ao crack, pois já estão viciados psicologicamente no ritual da inalação.

O crack é dito por muitas pesquisas que é mais barato do que a cocaína, porém não é o que foi constatado, pois comparando a utilização de ambas as drogas, o crack acaba mais rápido e o efeito, apesar de mais forte, é mais curto que o da cocaína, durando cerca de 20 minutos no máximo.

A cocaína não produz o mesmo efeito depois de anos de utilização, então no usuário que consome uma grama, ela não causa mais efeito.

Por sua vez, com o crack, o usuário sente um efeito potente, mas bem menos duradouro do que a cocaína, isto é, o usuário sente um efeito rápido.

Muitos usuários de cocaína ou crack abusam demasiadamente da droga, pois o seu efeito é breve.

Assim, a vontade de ter novamente as sensações causadas psicologicamente pela droga faz com que as doses sejam cada vez maiores, o que pode ocasionar overdose.

Erythroxylum coca.

A cocaína é extraída das folhas do arbusto da coca (Erythroxylon coca), mas só tem valor quando refinada.

A Erythroxylum coca possui gineceu constituído de três carpelos, cálice de cinco sépalas e corola de cinco pétalas. Suas folhas são alternadas, elípticas e pecioladas.

PADRÕES de USO.

“Foto: Pó de cocaína”.

A cocaína tem o aspecto de um pó branco e cristalino (é um sal, hidrocloreto de cocaína).

Pode ser consumida de várias formas, mas o modo mais comum é pela aspiração da droga, que normalmente se apresenta sob forma de pó.

Alguns consumidores chegam a injetar a droga diretamente na corrente sanguínea, o que eleva consideravelmente o risco de uma parada cardíaca irreversível, causada por uma overdose. A via intravenosa também é mais perigosa devido às infecções.

O crack é a cocaína alcalina, não salina - e é obtido da mistura da pasta de cocaína com bicarbonato de sódio.

O crack é conhecido nos Estados Unidos como "cocaína dos pobres e mendigos", produz maior prazer e efeitos mais pronunciados, também provocando alucinações.

A via inalatória é de início mais insidioso, pode levar à necrose (morte por degeneração das células epiteliais ou outros tipos de degeneração de tecido) da mucosa e septos nasais.

O crack é uma forma básica livre, que é fumada. Os seus efeitos são similares aos da via intravenosa.

Na década de (1990) houve um declínio no consumo da cocaína em relevância à predileção pela heroína.

O consumo das mesmas ("speedballs" ou "moonrocks") é uma prática extremamente perigosa que se tornou convencional recentemente.

A cocaína, como grande parte das drogas, é metabolizada no fígado. Conjuga-se com etanol, presente nas bebidas alcoólicas, formando cocaetileno, ainda mais tóxico.

Ver artigo principal: Crack.

MECANISMO de AÇÃO.

A cocaína é um inibidor da enzima MAO (monoamina oxidase), da recaptação e estimulante da liberação de noradrenalina e dopamina, existentes nos neurônios.

A dopamina e a noradrenalina são neurotransmissores cerebrais que são secretados para a sinapse, de onde são recolhidos outra vez para dentro dos neurônios por esses transportadores inibidos pela cocaína.

Logo o seu consumo aumenta a concentração e duração desses neurotransmissores. Os efeitos são similares aos das anfetaminas, mas mais intensos e menos prolongados. Causa constrição local.

A noradrenalina e a adrenalina são neurotransmissores e hormona do sistema simpático (sistema nervoso autônomo).

Elas são normalmente ativadas em situações de stress agudo ("lutar ou fugir") em que o indivíduo necessita de todas as forças e agem junto aos órgãos de modo a obtê-las: - Aumentam a contração e frequência cardíacas, aumentam a velocidade e clareza do pensamento, destreza dos músculos, inibem a dor, aumentam a tensão arterial.

O indivíduo sente-se invulgarmente consciente e desperto, eufórico, excitado, com mente clara e sensação de pararem do tempo.

A cocaína é um forte potencializador do sistema nervoso simpático, tanto no cérebro, como na periferia.

A dopamina é o neurotransmissor principal das vias meso-límbicas e meso-estriadas.

Essas vias têm funções de produzir prazer em resposta a acontecimentos positivos na vida do indivíduo, recompensando a aquisição de novos conhecimentos ou capacidades (aprendizagem), progresso nas relações sociais, relações emocionais e outros eventos.

O aumento artificial da dopamina nas sinapses pela cocaína vai ativar anormalmente essas vias. O consumidor sente-se extremamente autoconfiante, poderoso, irresistível e capaz de vencer qualquer desafio, de uma forma que não corresponde à sua real situação ou habilidade.

Com a regularização do consumo, as vias dopaminérgicas são modificadas e pervertidas ("highjacked") e a cocaína passa de facilitadora do sentimento de sucesso e confiança em face de situações externas, para simples recompensa derivada diretamente de um distúrbio bioquímico cerebral criado pela própria droga, que é dela dependente.

O bem-estar desliga-se de condicionantes externas, passando a ser apenas uma medida do tempo passado desde a última dose.

A motivação do indivíduo torna-se "irreal", desligando-se dos interesses sociais, familiares, emocionais, ambição profissional ou aprendizagem de formas de lidar com novos desafios, para se concentrar apenas na droga, que dá um sentimento de auto-realização artificial de intensidade impossível de atingir de outra forma.

ENQUANTO ANESTÉSICO LOCAL.

A cocaína também é um eficaz anestésico local simpatomimético, tendo sido o primeiro do grupo a ser usado, e ainda em uso hoje em algumas cirurgias respiratórias.

O mecanismo desta ação é totalmente diferente da ação psicotrópica.

Ela é um bloqueador dos canais de sódio nos neurônios dos nervos periféricos. O influxo de sódio desencadeia o potencial de ação e sem esse influxo são incapazes de enviar os seus impulsos.

Os nervos sensitivos são geralmente os primeiros a ser bloqueados. A cocaína tem vindo a ser substituída por outros fármacos não psicotrópicos e sem outros efeitos adversos, mas com a mesma função.

Ela apresenta efeitos secundários devido à quantidade que extravasa para o sangue, provocando estimulação simpática (hipertensão, taquicardia) e mesmo convulsões.

TOXICOLOGIA.

Os sintomas de envenenamento pela cocaína referem-se sobretudo ao sistema nervoso central. Ela estimula os centros respiratórios, elevando a velocidade e profundidade da respiração.

EFEITOS.

Há efeitos imediatos, que ocorrem sempre após uma dose moderada; efeitos com grande dose; efeitos tóxicos agudos que têm uma probabilidade significativa de ocorrer após cada dose; efeitos no consumidor crônico, a longo prazo.

A cocaína pode causar malformações e atrofia do cérebro e malformações dos membros na criança se usada durante a gravidez.

Ela pode ser detectada nos cabelos durante muito tempo após consumo.

EFEITOS IMEDIATOS.

Muitos efeitos devem-se à estimulação dos sistemas simpático e dopaminérgicos diretamente. A cocaína causa danos cerebrais microscópicos significativos com cada dose.

Com o início do consumo regular os danos tornam-se irreversíveis.

Os seus efeitos imediatos duram de 30 a 40 minutos. Entre os efeitos descritos da droga no sistema nervoso central estão:

(1) - Efeitos psicológicos: - Euforia, sensação de poder, ausência de medo, ansiedade, agressividade, excitação física, mental e sexual, anorexia (perda do apetite), insônias, delírios.

(2) - Efeitos no organismo: - Taquicardia, aumento na frequência dos batimentos cardíacos (sensação do coração bater mais rápido e mais forte contra o peito), hipertensão arterial, vasoconstrição, urgência de urinação, tremores, midríase (dilatação da pupila), hiperglicemia, suor e salivação intensa e com textura grossa, dentes anestesiados.

EFEITOS em ALTAS DOSES.

É muito difícil definir a dose considerada alta, visto que varia de pessoa a pessoa e varia de acordo com a percentagem de pureza da cocaína consumida.

Para alguns organismos, com apenas uma grama, ou um papelote, os efeitos abaixo descritos já começam a aparecer.

Os efeitos, em altas doses, são: - Convulsões, depressão neuronal, alucinações, paranóia (geralmente reversível), taquicardia, mãos e pés adormecidos, depressão do centro neuronal respiratório, depressão vasomotora e até mesmo coma e morte em uma overdose.

As overdoses de cocaína são rapidamente fatais. Caracterizam-se por arritmias cardíacas, convulsões epilépticas generalizadas e depressão respiratória com asfixia.

EFEITOS a LONGO PRAZO.

A cocaína apresenta fenômeno de tolerância bem definido e de estabelecimento rápido. Para obter os mesmos efeitos, o consumidor tem de usar doses cada vez maiores.

Os efeitos da cocaína, com o tempo, começam a durar menos e começam a ter intensidade menor com o tempo de uso, então o consumidor consome cada vez mais a droga para se satisfazer na mesma intensidade que antes.

Provoca danos cerebrais extensos em um curtíssimo período de tempo de consumo.

É realmente muito difícil definir o período de tempo em que se pode começar a notar os efeitos aqui descritos. Pode variar de acordo com a frequência de uso e a pureza da cocaína consumida.

Pode-se dizer que não se trata de um tempo muito longo para começarem a aparecer estes efeitos. Há pessoas que após consumo de uma pequena quantidade desta droga durante alguns meses começam a apresentar alguns dos sintomas aqui descritos.

A cocaína não tem síndrome física bem definida (como por exemplo, o da heroína), no entanto os efeitos da sua privação não são subjetivos.

Após consumo durante apenas alguns dias, há universalmente: - Depressão (muitas vezes profunda), disforia (ansiedade e mal estar), deterioração das funções motoras, elevada perda da capacidade de aprendizagem, perda de comportamentos aprendidos.

A síndrome psicológica da cocaína é extremamente poderosa. Ha comprovações obtidas através de estudos epidemiológicos de que a cocaína é muito mais viciante que a maconha (cannabis), o álcool ou o tabaco.

A longo prazo (alguns meses) ocorrem invariavelmente múltiplas hemorragias cerebrais com morte extensa de neurônios e perda progressiva das funções intelectuais superiores.

São comuns síndromes psiquiátricas como esquizofrenia e depressão profunda unipolar.

Efeitos a longo prazo:

• Perda de memória.

• Perda da capacidade de concentração mental.

• Perda da capacidade analítica.

• Falta de ar permanente, trauma pulmonar, dores torácicas.

• Destruição total do septo nasal (se inalada).

• Perda de peso até níveis de desnutrição.

• Cefaléias (dores de cabeça).

• Síncopes (desmaios).

• Distúrbios dos nervos periféricos ("sensação do corpo ser percorrido por insetos").

• Silicose, pois é comum o traficante adicionar talco industrial para aumentar seus lucros, fato verificado em necropsia, exame de hemogramas.

EFEITOS TÓXICOS AGUDOS.

Estes efeitos podem ocorrer ou não após uma única dose baixa, mas são mais prováveis com o uso continuado e em doses altas:

• Arritmias cardíacas: complicação possivelmente fatal.

• Trombose coronária com enfarte do miocárdio (provoca 25% dos enfartes totais em jovens de 18-45 anos).

• Trombose cerebral com AVC.

• Outras hemorragias cerebrais devidas à vasoconstrição simpática.

• Necrose (morte celular) cerebral.

• Insuficiência renal.

• Insuficiência cardíaca.

• Hipertermia com coagulação disseminada potencialmente fatal.

TRATAMENTO da TOXICODEPENDÊNCIA.

A dose de cocaína ou outro estimulante é gradualmente diminuído. Se ocorrerem distúrbios psiquiátricos, devem ser tratados com antipsicóticos e antidepressivos. É possível que os agonistas do receptor da dopamina amantadina, sejam úteis no futuro, para minimizar as síndromes de privação.

A imunização ativa (vacina contra cocaína) é uma nova terapia que poderá ser promissora. Consiste em "treinar" o sistema imunitário para destruir a cocaína como se fosse um invasor.

EPIDEMIOLOGIA da TOXICODEPENDÊNCIA.

A cocaína já foi a segunda droga ilegal mais consumida, depois da maconha, no Brasil.

Hoje tem perdido mercado para drogas sintéticas como o n-BOMe, DOC, DMA e outras.

Tem produção principalmente na América Latina, o que reduz seu custo em relação a outras drogas, na região.

TESTES PARA DETECÇÃO do USO de COCAÍNA.

Os testes usados para apontar o uso de cocaína, basicamente são os mesmos usados para descobrir o consumo de outras drogas.

Os principais tipos de testes utilizados podem analisar o sangue, a urina, o suor ou o cabelo e pelos.

Os exames de sangue possuem uma janela de detecção de até dois dias, possuem baixa eficiência do resultado e podem apontar falsos positivos, enquanto os exames de urina além de submeter o paciente a certo constrangimento durante a coleta do material também pode acusar falsos positivos, embora em menor escala.

A janela de detecção vai até três dias após o uso de determinadas substâncias, porém o grau de eficiência do resultado é baixo.

Já os exames que se baseiam em amostras de pelos ou cabelos, possuem larga janela de detecção (90 dias), eficiência nos resultados e não há possibilidade de falsos positivos.

TRÁFICO e CUSTOS SOCIAIS da COCAÍNA.

Ver artigo principal: Legalidade da cocaína.

A comercialização de cocaína é ILEGAL na MAIOR PARTE dos PAÍSES do MUNDO. A planta da coca é cultivada legalmente em volumes controlados em vários países da América do Sul, mais especificamente na cordilheira dos Andes (Bolívia, Colômbia e Peru).

As folhas da coca são legais nesses países, mas a sua refinação é proibida.

Normalmente a refinação é feita nos Estados Unidos, maior consumidor não só de cocaína, mas de drogas do mundo.

O mercado norte-americano de cocaína é o maior do mundo. Se estima que tenha sido de 70.000 milhões de dólares, em 2005, mais do que o faturamento de muitas empresas.

Observação do escriba: - Na Wikipédia estão disponíveis 18 referências sobre o assunto.

VER TAMBÉM.

• Crack.

• Haxixe.

• Heroína.

• Ibogaína.

• Maconha.

• Mula (tráfico).

• Ópio.

• Oxi.

Categorias:

• Navbox orphans.

• Anestésicos locais.

• Benzoatos.

• Ésteres.

• Aminas.

• Substâncias proibidas no esporte.

• Drogas psicoativas.

• Estimulantes.

Esta página foi editada pela última vez às 20h42min de 28 de dezembro de 2017.

Observações do escriba:

1ª – As três versões apresentadas sobre o surgimento da cocaína se completam. Todavia o trabalho realizado pelo pesquisador Rostand Medeiros está muito bem ilustrado. Historicamente, supera, e de longe, o próprio texto da Wikipédia.

2ª – Nas três versões, o CHILE não é mencionado como um país de TRAFICANTES e nem de FABRICANTES de cocaína. No entanto, a BOLÍVIA, o PERU e a COLÔMBIA são citados.

3ª – No PERU, os INCAS mascavam folhas de coca por questões de saúde e por razões religiosas. Na BOLÍVIA, mascar folhas de coca, também fazia parte de sua tradição cultural. Já a COLÔMBIA, os interesses eram outros. Eles FABRICAVAM e TRAFICAVAM toneladas de cocaína para obter DINHEIRO e PODER.

4ª – Segundo a Wikipédia, desde longas datas, os EUA são os maiores consumidores de drogas ilícitas, inclusive de cocaína, em todo o mundo. Por quê?

5ª – E a IURD o que tem a ver com isto? Nada? É. Pode ser...

A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA, também continua.

Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura, boa saúde, pensamentos positivos e BOM DIA.

ARACAJU, capital do Estado de SERGIPE (Ex-PAÍS do FORRÓ e futuro “PAÍS da BOMBA ATÔMICA”), localizado no BRASIL, Ex-PAÍS dos fumantes de CIGARROS e futuro “PAÍS dos MACONHEIROS”. Segunda-feira, 15 de janeiro de 2018.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.

Fontes: (1) – INTERNET. (2) – Wikipédia. (3) - OUTRAS FONTES.