ACEB - ALIANÇA DOS PÚLPITOS

undada em São Paulo a Aliança Cristã Evangélica Brasileira que, dentre outros propósitos, busca a unidade entre as igrejas evangélicas

Líderes e representantes de igrejas, além de jornalistas e outras entidades ministeriais estiveram presentes, no dia 30 de novembro, na Catedral Metodista, em São Paulo, para a fundação da Aliança Cristã Evangélica Brasileira (ACEB), movimento iniciado há quase dois anos por um grupo de evangelistas munidos do propósito de criar uma organização para congregar as diferentes denominações atuantes no país. Desde então, os idealizadores têm trabalhando um documento – a Carta de Princípios e Diretrizes –, uma espécie de estatuto embasado por princípios como crenças, valores e objetivos, e levando-se em conta as declarações de fé históricas de organizações reconhecidamente cristãs. “Sei que é impossível representar de forma macro a Igreja brasileira, mas o propósito primordial da ACEB é tornar uma expressão da unidade do corpo de Cristo, numa identidade mais comunitária do que individual”, explica Fabrício Cunha, pastor da Igreja Batista da Água Branca, em São Paulo, e membro do Conselho Geral. Como parâmetro de trabalho, o religioso cita o Pacto de Lausanne – congresso evangelístico realizado na Suíça, na década de 1970, com o objetivo de criar um comitê mundial de igrejas evangélicas – para levar adiante os propósitos da associação. E ele não demonstra nenhuma preocupação com o “insucesso” de entidades do passado, de visões similares, como a Confederação Evangélica Brasileira (CEB), que perdurou por cerca de três décadas até 1964, e a Associação Evangélica Brasileira (AEBV), que atuou nos anos 1990. “Não somos órfãos nem ufanistas, mas parte de um processo histórico e respeitamos o legado das instituições passadas. Não temos um sentimento ‘messiânico’ que nos permita achar que, dessa vez, vamos conseguir resolver problemas que as outras não conseguiram. Nossa intenção é responder a uma demanda reprimida, que clama por unidade e por algum nível de representatividade”, esclarece.

Trabalho árduo – Pelo menos, a basear-se pelo culto inaugural e pelo enfoque que a mídia evangélica tem atribuído à empreitada, o Conselho Geral da AECB já pode começar a agradecer – ou, numa linguagem mais apropriada aos evangélicos, dar “glória” a Deus. “A repercussão tem sido excelente. Tivemos a presença de várias lideranças estratégicas em nossa reunião, e o futuro nos aponta algo muito positivo”, comemora o religioso, enfatizando que inúmeras foram as solicitações de entrevistas, fotos e releases por parte da imprensa cristã.

Depois da semente ter sido lançada, o próximo passo é colocar todas as ideias em prática para que os frutos possam ser rapidamente colhidos. “Precisamos estruturar nosso núcleo central, e já elegemos um grupo gestor de trabalho. Vamos usar a internet para dar mais visibilidade à associação, em vista de congregarmos mais instituições e aumentarmos nossa base. E também já estamos estabelecendo grupos – de ação social, oração, missões e juventude – com o objetivo de arregimentar cada vez mais instituições e pessoas para compô-los”, planeja o pastor com grande entusiasmo, mas ciente de que o trabalho a ser feito é extremamente árduo.

Fonte: Revista Eclésia - Edição 146

COPYRIGHT © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Para a aquisição desse texto para fins de qualquer natureza – inclusive para reprodução, trabalhos profissionais ou acadêmicos –, favor entrar em contato pelo e-mail jdmorbidelli@estadao.com.br.

Agradeço se puder deixar um comentário.

JDM

twitter.com/jdmorbidelli

José Donizetti Morbidelli
Enviado por José Donizetti Morbidelli em 24/01/2011
Reeditado em 12/03/2012
Código do texto: T2749066
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.