Os cinco “I” da Comunicação

Vivemos a “Era da Informação”, informação esta que se apresenta disponível pelos mais diversos meios.

Encontrar a informação não é, portanto, a dificuldade maior. Se acessar a informação não é problema, organizá-la e entendê-la já é outra história. Mas parto do princípio que a informação está disponível e que podemos organizá-la e entendê-la, de forma a obter sucesso com ela.

Conhecimento, no sentido amplo, é justamente isso: obter, organizar e entender a informação (s.m. Ação ou efeito de conhecer. Ação de conseguir entender por meio da inteligência, da razão ou da experiência).

Com o conhecimento, portanto, podemos obter sucesso. Isso pode ser verdade, se não precisarmos divulgar, se não precisarmos disseminar o conhecimento, bastando aplicá-lo.

No mundo atual, entretanto, o sucesso não pode ser obtido somente pelo conhecimento. Para obter sucesso, é imprescindível ser capaz de difundir a informação, de forma eficiente, objetiva e clara.

Técnicas de oratória, de comunicação, há aos montes. Proponho uma visão fora do esquema de técnicas, uma comunicação que se baseie na percepção de quem ouve. A percepção é algo complexo de lidar, uma vez que depende não somente de quem fala, do sujeito ativo, mas também e principalmente de quem ouve, do sujeito passivo.

*** Idoneidade

Falar diretamente, claramente, passa a mensagem sem deixar dúvidas e, quem ouve, sente a honestidade de quem fala.

Dar muitas voltas faz com que o interlocutor se perca e, na incapacidade de acompanhar todo o raciocínio, perde parte da mensagem e passa a desconfiar.

*** Identidade

Não busque imitar ninguém, não procure repetir outros sem ter absorvido o conceito, não se apresente diferente do que realmente é. Ninguém é perfeito e quando tentamos ocultar nossas imperfeições e erros passamos a imagem de mentirosos.

*** Integridade

Pense antes de prometer e, se prometer, cumpra. Um esquecimento pode ser fatal na continuidade da comunicação.

A certeza de cumprimento da palavra é mais importante do que a palavra em si.

Não sabe ou não tem certeza? Aguarde para se pronunciar, busque subsídios, busque embasamento.

*** Interesse

Quando falamos, muitas vezes estamos mais preocupados conosco do que com o outro. Esse aparente descaso pode e vai trazer desconfiança e incerteza ao interlocutor.

Perguntar quando não houve entendimento não é sinal de fraqueza, mas de franqueza. Demonstra interesse no assunto que, no mais das vezes, é o que importa para o interlocutor.

Seu interesse, sincero, pode ser a porta que se abrirá para a parceria no cumprimento dos objetivos.

*** Intenção

Demonstrar sua intenção é importante.

Quantas vezes desejamos dizer algo, dar um recado, mas nos atrapalhamos e, de alguma forma, a intenção parece inversa à que realmente temos?

No nosso dia a dia nossa intenção deve ser de colaborar, auxiliar, melhorar, somar. Partindo desse princípio, deixe a intenção clara. Diga efetivamente “eu quero ajudar” e depois, somente depois, faça seus questionamentos. E reforce isso tanto quanto for necessário.

Essa forma de comunicar traz à conversa um tom positivo, de progresso.

*** Combinando os “I”

Se notarmos com atenção, os cinco “I” se complementam e interagem.

Idoneidade, identidade, integridade, interesse e intenção devem ocorrer juntos e um completa o outro.

Se demonstramos nossa intenção e interesse, da forma como nossa identidade reclama, passamos a mensagem idônea e essa clareza facilita a mensagem de integridade.

Se falamos sempre de forma íntegra e com idoneidade, nossa intenção fica clara e nosso interesse sincero demonstra nossa intenção.

Em resumo, qualquer que seja a combinação dos cinco “I”, teremos sucesso na comunicação. E sucesso na comunicação significa nada mais nada menos do que sermos ouvidos, passar nossa mensagem e obter, como retorno, uma comunicação positiva, que represente progresso e colaboração.