Sem magor o chinelo...

Sentado não importa onde, comecei a reparar meu chinelo,

o esquerdo e o direito, ambos com o mesmo tempo de vida,

já estão presente em minha vida por uns onze anos, já não

é o mesmo de quando ganhei de minha filha, agora já bem

surrado, mas confortável e pelo jeito ainda vai me servir

por mais um bom tempo e não vou troca-lo por um novo.

Já com pessoa ou gente é diferente sempre trocamos,

o descarte de algo é normal, até banal sem que ninguém note,

Sempre trocamos, um mais novo, um mais jovem, com mais

dinheiro, mais poder, mais, mais, mais, nunca menos.

Não vou tocar meu chinelo, ele está perfeito, somente

quando ele se desfazer, já que não é gente e não pode

morrer.

Novaes Viva Mocidade
Enviado por Novaes Viva Mocidade em 13/02/2018
Reeditado em 13/02/2018
Código do texto: T6252857
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