O DISCERNIMENTO

O DISCERNIMENTO

Cada vez mais é preciso ver a realidade com o olhar do discernimento. O que significa isso? É ter a capacidade de compreender as situações fugindo das influências dos que querem fazer “sua cabeça”. Num mundo em que a mídia procura exercer definição na nossa forma de pensar, é necessário que estejamos sempre atentos para as armadilhas da propaganda e da retórica diversionista.

O discernimento representa a condição humana de compreender o que não está explícito. Ser perspicaz, enxergar nas entrelinhas, distinguir o que não se apresenta visível à primeira impressão. Ter discernimento é ser sagaz, raciocinar com sensatez, não se deixar ser convencido com o discurso ouvido sem examinar o seu conteúdo.

Fico impressionado como as pessoas se apressam em replicar manifestações que trazem intenções de produzir entendimentos que fogem a realidade, mas que atendem interesses escusos inseridos em mensagens subliminares. São os que classificamos de “massa da manobra”, “inocentes úteis”, nunca se dão ao trabalho de questionar as informações recebidas, aceitam como se fossem verdadeiras e participam do processo alienante de divulgar o que não é verdadeiro. Atendem ao proveito de quem não conhecem, ignorando os reais objetivos do que inocentemente contribuem.

O discernimento é a arma que possuímos para nos defender dos que procuram nos induzir ao erro, acreditando nas mentiras apregoadas, na trapaça, nas armadilhas construídas ardilosamente. Discernir é fugir do fanatismo, da cegueira que não permite o raciocínio lógico, da ausência de clareza própria da sabedoria. Quem não tem discernimento, não tem juízo, pode ser considerado um tresloucado, alguém que age como autômato, guiado por outros, não se dando sequer ao trabalho de pensar.

Rui Leitão
Enviado por Rui Leitão em 18/02/2018
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