A ERA DA MATANÇA - republicado
(Esse artigo foi publicado por mim em 2016 e o presente confirma o que abordei e aos poucos vai piorando)
A ERA DA MATANÇA
Sem dúvida, baseado nos fatos de nosso dia a dia que a imprensa em geral registra e informa e sem querer profetizar, estou certo que já estamos vivendo a era da matança.
Em pouco tempo mais, o cidadão comum andará armado como forma de se defender da bandidagem e é aí que mora o perigo. O exemplo do policial que fazia um bico de Urbe e matou três assaltantes, sem dúvida, serve para fomentar a ideia do matar para não morrer ou não perder o pouco que se consegue com sacrifício.
Quantos inocentes perdem a vida e quantos mais perderão, por balas achadas (pelas vítimas, sim porque não são perdidas já que cumprem sua finalidade de matar indiscriminadamente).
Poderíamos imaginar que veríamos menores com idade de quatorze/quinze anos portando armas de grosso calibre e até exibindo-as em redes sociais há alguns anos atrás? Menores que matam sem dó nem piedade por um celular ou uma bolsa de senhora que eles nem sabem se contém algo de valor? O desprezo pela vida do próximo tornou-se corriqueiro e banal. Hoje alguém mata por qualquer motivo além do roubo propriamente e nem se pode confiar na polícia, não só por estar mal equipada, mas também pelo envolvimento de muitos policiais em ações criminosas como é noticiado quase que diariamente.
O que podemos esperar daqui para frente?
O exemplo que os ladrões de paletó e gravata que assaltaram e continuam assaltando o erário, “excelências” que assistimos em nossas TVS todos os dias usando máscaras de bons-moços, influencia e incentiva o crime sob o raciocínio:
“Se os caras bem vestidos, falando difícil e com um tal de foro privilegiado podem roubar, que no máximo acabam com uma tornozeleira de araque na canela ou “preso” em sua própria mansão, porque é que eu que mal tenho o que comer, não consigo trabalho e moro em uma favela não posso fazer o mesmo? E como não posso agir na alta esfera, vou é assaltar e matar qualquer um, se preciso ou não, para poder curtir a vida”.
Pois é, esse é o raciocínio da bandidagem adolescente que vemos crescer assustadoramente em nosso cotidiano.
Estamos muito perto da pena de morte, que legalmente ainda não existe, mas que já começa a ser executada não oficialmente nessa era da matança e acabará inevitavelmente legalizada , mas terá que atingir todos os corruptos e criminosos sem discriminar, profissão , cor da pele ou posição social.
Quem viver verá. (se antes não for assaltado e morto em um sinal de trânsito, ou na porta de sua própria casa)
Rio, 8/11/2016