NIILISMO - CRISES EXISTENCIAIS - DEPRESSÃO

"Não é a vontade que se nega nos valores superiores, são os valores superiores que se referem a uma vontade de negar, de aniquilar a vida“

– Deleuze, Nietzsche e a Filosofia

Quando se começa a ler e estudar sobre as questões humanas, vemos que o niilismo era uma maneira do homem entender seu mundo, suas dores, seus desgostos, compreender o mundo a sua volta, observar as injustiças e os sofrimentos. A maneira como a humanidade se relacionava com a vida, com as pessoas, com as doenças, com os bens materiais, com valores, culturas, medos, dores, violências, traumas, radicalismos, dominação escrava. E diante do próprio sofrimento e entendimento sobre as relações humanas, o homem tenta criar motivações para aceitar a vida ou desistir dela.

FORMAS DE NIILISMO

Como negar a vida? Ou melhor, como fazer da negação uma forma de vida?

O niilismo é o caminho que leva o homem para o abismo, e hoje lentamente marchamos entorpecidos para nosso destino final (é o que diz o niilismo). O niilista é o acusador: dos outros, de si, da existência, de tudo. O sacerdote, o utópico, o sonhador, o crente, o fascista, o iludido, todos criam ficções para justificar suas acusações a este mundo e assim tornar a vida mais (in)suportável.

Pobres negadores, eles preferem querer o nada à nada querer! Ou seja, o niilista quer viver, mas só pode fazê-lo de modo doentio, impotente, estendendo uma grande cortina negra sobre a realidade para não encará-la.

Nietzsche mergulhou na doença europeia para entender o niilismo até sua medula. Platão, Kant, Schopenhauer e outros não conseguiram ir tão longe, porque só o filósofo do martelo retornou com saúde, mais forte, capaz de criar valores dentro deste Plano de Imanência.

Esta é a questão!

Trans valorar o niilismo, se utilizar dele como meio para tornar-se mais potente! É preciso filosofar à sombra do niilismo, sem se afogar em suas águas traiçoeiras, só podemos superar o niilismo dentro dele. Se o filósofo alemão diagnosticou seu tempo, foi Deleuze quem posteriormente lendo sua obra, sistematizou suas proposições em quatro formas de niilismo:

Niilismo Negativo:

Aqui, nega-se o mundo em nome de outros valores. Mas o niilista engana a si próprio, ele nunca diz negar o mundo, pelo contrário, ele se diz afirmando Deus, uma utopia, o que quer que seja. Divisão de dois mundos, um debaixo: sensível, mutável, corporal, imperfeito, temporal; outro supra-sensível: imutável, ordenado, perfeito, atemporal. O niilista negativo cria outros mundos para poder suportar este. Este mundo é ruim, portanto, o niilista deve provavelmente ser o escolhido de Deus (um deus dos fracos, oprimidos, que sofrem), esta é a figura do ressentimento;

Niilismo Reativo:

O homem iluminista e racional não nega o niilismo negativo, ele dá um passo adiante: a morte de Deus. Ah, somos todos ateus! Sim, matamos Deus e ele mereceu, mas agora o homem é sagrado. Viva os direitos do homem! De que adianta? O além agora é o futuro, “no dia da revolução todos serão redimidos“. Trabalhe por um mundo melhor, sirva à sociedade, faça o bem para os seus filhos. A ciência dará todas as respostas. Enfim, ainda somos religiosos, o homem matou a verdade fora deste mundo, mas ainda acredita numa verdade metafísica neste mundo, um mundo melhor por vir.

Niilismo Passivo:

Aos poucos, a Vontade de Potência se esgota no niilismo, ela vaza, escoa, procura afirmar-se em outros lugares. O homem cada vez mais doente tem cada vez menos capacidade de afirmar-se. O niilismo passivo é o dos últimos dos homens (Zaratustra, parte IV). “Onde está o mar para que eu possa me afogar?”, mas o mar secou! Estamos chegando perto do fim… a chama se apaga, surge a escuridão sem fim. Mortos-vivos, não encontram vida dentro de si (mesmo ela estando lá), mas ainda se movem… perdidos… entorpecidos…

Niilismo Ativo:

A última forma de niilismo nega a si mesmo e se torna ativo! Há um rompimento, uma enorme mudança na capacidade de valorar. Se destruir ativamente, eis o objetivo! Destruir o niilismo dentro de si! Como podemos acelerar a roda do devir? Negando as forças de negação. O que vem depois do homem moderno? O que está além do homem? Para isso é necessário criar novos valores!

Observando melhor, podemos ver que as grandes questões humanitárias da história trata-se, muito, de questões existenciais. O homem tentando se entender, entender o meio em que vive, entender as reações humanas e, com dificuldade de visão geral do todo, cria elementos que o possam ajudar a vencer sua própria limitação.

Diante disso, e em pleno Século XXI, onde as maiores causas de sofrimento são as causas emocionais, trago um tema propício ao nosso tempo. A contemporaneidade da crise existencial. Basicamente, a DEPRESSÃO. O grande mal do século.

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5 Sinais de que você está passando por uma Crise Existencial

As crises existenciais são fases de profunda reflexão, marcadas principalmente pelo conflito pessoal e que podem surgir a qualquer momento da vida.

Em outras palavras, a crise existencial é natural do ser humano e, quando bem vivida ou acompanhada, pode representar um momento de transformação para o indivíduo, como atingir o autoconhecimento, o amadurecimento moral e emocional, o crescimento pessoal, etc.

Porém, caso os sintomas não sejam corretamente "trabalhados", a pessoa que enfrenta uma crise existencial pode sofrer muito, se afogando numa série de transtornos, fobias e depressões.

De acordo com os psicólogos, existem cinco principais sintomas que caracterizam a maioria das crises existenciais. Saiba se você tem alguma delas:

1. Ansiedade e cansaço mental

Este é considerado um dos sinais mais comuns na crise existencial, a fadiga mental.

Mesmo a pessoa aparentando estar introspectiva e "calma", dentro de sua cabeça reina o caos total. Um turbilhão constante de pensamentos, normalmente pessimistas, que fazem o indivíduo ficar extremamente ansioso e esgotado.

Assim como os demais músculos do corpo, a mente humana também precisa de momentos de repouso, caso contrário o stress aumenta e com ele surgirão outros sintomas...

2. Não tem vontade de estar com ninguém

Como a sua mente já está em constante agitação, a pessoa com crise existencial busca isolar-se para tentar encontrar um ponto de equilíbrio em seus pensamentos.

Além disso, o cansaço mental também elimina qualquer tipo de vontade de fazer programas sociais, como sair com os amigos ou estar na companhia dos familiares.

Se jogar na cama, ouvindo música ou vendo filmes é um dos programas favoritos das pessoas durante esta fase.

3. Pessimismo e desânimo

Ideias e pensamentos derrotistas também imperam na cabeça de quem passa por esta crise. Normalmente, a crise existencial se desenvolve a partir de um acontecimento impactante, como a morte de alguém, a perda de um emprego, atingir determinados anos de vida, entre outros.

Nestas situações, a pessoa tende a refletir sobre a sua vida, questionando os valores e decisões que seguia até aquele momento. Por este motivo, diante das várias perguntas sem respostas, começa a crescer uma sensação latente de impotência, como se nada fosse ser resolvido e a angústia nunca fosse desaparecer.

4. Se sente perdido no mundo

Talvez seja uma das características mais marcantes da crise existencial. Como toda a nossa existência é colocada em reflexão, o sentimento de incerteza, desnorteamento e insegurança é bastante intenso.

Não sabemos como agir e o que desejamos para o futuro. A impotência e passividade é agoniante e, caso não sejam corretamente direcionadas, essas emoções acabarão por nos levar a um quadro depressivo.

5. Alterações do apetite

A constante ansiedade e nervosismo também desencadeia consequências físicas, como alterações de humor, sono e apetite. Existem pessoas que comem desenfreadamente quando se sentem ansiosas, enquanto outras perdem totalmente a fome.

Assim, aqueles que enfrentam uma crise existencial podem também ter insônia e perda de apetite, fazendo com que a imunidade caia, abrindo espaço para o aparecimento de doenças.

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Como tratar uma crise existencial?

Como dito, as crises existenciais podem ser benéficas para o nosso amadurecimento e autoconhecimento. Mas, para isso, esta fase deve ser vivida com cuidado, pois caso contrário as consequências serão desastrosas para o futuro da pessoa.

Como a crise existencial consiste num conflito reflexivo sobre a natureza individual, um bom exercício para ajudar a ultrapassar esse momento é se questionar. Por que estou me sentindo assim? Por que eu acho que não consigo? Por que eu não me sinto motivado?

Em quase todos os aspectos da vida, o primeiro passo para achar a solução de algo é identificar corretamente o problema. Por isso é muito importante fazer uma reflexão para tentar entender a fonte desencadeadora dos seus sentimentos.

Tente distrair a sua mente das ideias pessimistas. Ocupe a cabeça com atividades produtivas, relaxantes e que te livrem do peso da angústia desta crise. Assuma o controle da sua vida e entenda que está tudo bem em não ter todas as respostas que procuramos.

Mas atenção, caso você sinta que por mais que se esforce em entender os motivos da sua introspecção, os sintomas não passam ou simplesmente não consegue lidar com isso sozinho, então procure a ajuda de alguém.

Encontrar o acompanhamento de um psicólogo deve ser a sua primeira atitude caso não esteja sabendo ultrapassar uma crise existencial.

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Pesquisa realizada diante das controvérsias do niilismo que, mais acuradamente olhando, podemos ver que trata-se do ser humano tentando criar motivos justificáveis para seus sofrimentos, muitas vezes deixando de olhar corretamente e com sinceridade para os problemas que o afligem.

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afirmo que a maior parte do assunto nesta página narrado foi resultado das buscas feitas através do Google. Ou seja, não é uma construção plenamente autoral, mas apenas uma busca para análise e compreensão do assunto em questão.

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