"O IMPORTANTE É SER FELIZ."

Talvez, não exista frase mais perigosa que a famosa: *"O importante é ser feliz."* É provável que esta tal felicidade nunca tenha sido tão aclamada e desejada como tem sido em dias atuais. De certas propagandas (a maioria) a certos grupos religiosos, ser feliz é o que importa. É fato que vivemos em um mundo que super valoriza os sentimentos. Aliás, dizem alguns especialistas que estamos na era sentimental, e que, por isso, talvez, não haja limites para eles. Se o filósofo racionalista René Descartes dizia: *Penso, logo existo,* o ser humano pós moderno modificou e diz: *Sinto, logo existo.* Percebe-se com esta mudança que saímos de um tempo mais racional e entramos em outro bem mais sentimental. O grande problema disso tudo, a meu ver, são dois: O primeiro é de ordem bíblica que afirma que enganoso é o coração humano (sentimentos, emoções), porque o queremos hoje, amanhã já não desejamos mais. No entanto, é possível que muitos não concordem ou sequer acreditem na bíblia, e, por isso, ignorem. A segunda é uma explicação mais sociológica que mostra que o ser humano não é apenas um amontoado de sentimentos. É mais que isso. Ele é razão, espiritual, relacional, social, econômico, e muito mais. Portanto, um conjunto de valores que não se restringe aos desejos reducionistas sentimentais. Imagine, por exemplo, se um homem (ou uma mulher) que bem casado resolve dar vazão aos seus sentimentos, e do dia para noite larga à família porque está sentindo atração sentimental por outra mulher. Conclusão: se a frase: "O importante é ser feliz" não tiver limites e critérios, quem poderia condena-lo por tal decisão? Fica então tal pergunta para você (nós) concluir._

Danilo D
Enviado por Danilo D em 06/10/2019
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