O Estado e a questão da identidade

A questão da construção de uma identidade no estado moderno, passa pelo que se chama da identidades coletivas entre peculiaridades culturais e conflitos autoritários, interrogando os pensadores sobre a compreensão desta prática e formação da história social e cultural.

Apresentando nesta nota  também alguns  tópicos como o caso que preocupa o movimento do Amazigh no Marrocos entre a citação legal e o problema da demarcação legal, rumo à integração na vida pública, além da questão religiosa em sua relação com a identidade nacional, e o pensamento do movimento nacional marroquino.

O exemplo da identidade marroquina antes do colonialismo envolve do ponto de vista histórica a questão político-religiosa na constituição, como caso tunisiano, bem como a relação da questão identitária com o político e o religioso na Argélia, objeto da presença da identidade cultural e linguística na televisão pública argelina.

Tal o exemplo traduzido no intitulado “Identidade entre memória e história”, do historiador Wajih Kawtharani, revelando que a característica do “histórico”, nas definições de identidade como “produto histórico” ou “dado histórico”, tal fato não significa apenas o passado, mas também como um conceito do “caminho do tempo”, do “tempo estendido”, consagrado na identidade coletiva. Explicando o fator “tempo histórico” do passado, do presente e do futuro, revelando assim a inevitabilidade histórica das transformações dos fenômenos históricos, dos padrões do conhecimento humano, bem como das condições, das ciências puras e naturais e das “dificuldades, obstáculos, interrupções e transgressões”.

Não há significado, sem uma interpretação ou compreensão dos títulos atribuídos ao passado, de acordo com Kawtharani, considerando a "identidade", como "herança", "civilização" ou "religião", sem portanto desconsiderar o contexto temporal do locutor atento, por exemplo; aos fatos que influenciam os muçulmanos nas suas 'identidades' ou 'identidades' coletivas,   situando a 'unidade', a 'divisão', as 'seitas', a 'doutrina', e os 'caminhos', em relação aos 'califas', 'sultanatos', 'emirados ',' tribos '' clãs '' famílias '' associações '...etc

”Trata-se  de uma história na qual prevalece a 'diferença' e não a 'unidade', mantendo  um 'da'wah'  no presente como 'um só', objeto da unidade do 'estado nacional moderno'. "

“Alguns dos pensadores sobre a identidade imaginam o exemplo da identidade do Egito da época faraônica, ou ainda da identidade do Líbano da época fenícia, tratando de uma identidade a exemplo da Tunísia da época cartaginesa ou africana ... tal pensamento sobre o movimento da identidade, fixada ou eterna em relação a um País árabe ou islâmico, a exemplo da herança objeto da maioria muçulmana, da sharia ou da seita (...), tudo isso se enquadra na 'lenda' da história e da descrição de um presente válido para todos os tempos e lugares.

Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário-MarrocosO

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 19/09/2021
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