O que seria do mundo sem as mulheres?

O mundo seria feio para mim em muitos sentidos, caso as mulheres não existissem. Seria um tanto quanto como aquele dia de céu cinzento. A infinita sabedoria de Deus em criá-las é uma das coisas mais lindas da criação divina.

Embora a história das mulheres ao longo dos séculos tenha sido de muita luta, dificuldades, abusos, desrespeito e tentativa de diminuição por parte de nós, homens, Deus as criou com a mais alta das dignidades.

Tanto é que, em uma época extremamente machista, Jesus nasceu de uma mulher. Ao dialogar, Ele dialoga com uma mulher samaritana perto de um poço, em um tempo em que era proibido (ou impuro) falar a sós com elas. Diante da crucificação, ficaram apenas as mulheres. E, ao ressuscitar, aparece primeiro para elas, que posteriormente foram desacreditadas pelos homens (discípulos).

Isso mostra, pelo menos para mim, que, embora de fato haja passagens (principalmente no Antigo Testamento) em que as mulheres tinham pouco ou nenhum valor e voz, Deus as criou com amor, valor e dignidade tão iguais quanto nós, homens.

Entretanto, mesmo diante do valor divino e de muitos avanços sociais, políticos, jurídicos, empregatícios, religiosos etc (ainda bem por eles), elas continuam em pleno século 21 sendo tratadas em muitos ambientes por nós, homens, direta ou indiretamente, como seres inferiores, incapazes, objetos sexuais e frágeis; isso quando não são agredidas verbalmente ou, pior ainda, fisicamente.

Há homens, por exemplo, que detestam ser subordinados profissionalmente por elas, maridos que não aceitam ganhar menos que suas esposas (a minha ganha mais que eu e quero que continue ganhando, rs), que querem ser servidos quando, por exemplo, ambos trabalham fora. Mas, para eles, que muitas das vezes chegam primeiro ao lar, são elas que devem preparar o jantar e ainda servi-los como se fossem um pop star.

Claro que também houve, há e sempre haverá, no período de toda a história humana, mulheres más e cruéis, assim como homens. Óbvio que sim! Negar isso seria inocência, para não dizer outra coisa. Há mães, por exemplo, invejosas, esposas indiferentes, filhas ingratas, péssimas profissionais etc. Porque o problema é o coração humano e não o gênero. No entanto, a realidade é que as mulheres foram (infelizmente, ainda são por muitos) mais subestimadas, maltratadas, diminuídas e humilhadas ao longo da história do que o contrário! Por isso, é preciso avançar!

Enfim, diante desses prós e contras que as mulheres vêm conquistando e enfrentando, o que seria do mundo sem, por exemplo, e principalmente, a meu ver, Maria, mãe do Salvador Jesus Cristo? Mônica, mãe do magistral Santo Agostinho? Rosa Parks, que desafiou o racismo e a segregação nos EUA? Hannah Arendt, filósofa judia que desafiou os regimes totalitários? E centenas e milhares de mulheres, conhecidas e anônimas (principalmente), que, no dia a dia, fizeram e fazem toda a diferença para muita gente? Pouca coisa, para não dizer quase nada! Portanto, parabéns a toda a mulherada!