Por que não descansamos?
Você já teve a sensação de que o fim de semana não passa, mas "voa"? Que, quando temos um feriado prolongado ou saímos de férias, seja até mesmo por 30 dias, ao retornarmos, parece que não descansamos ou descansamos pouco? Para muita gente, sim.
A sensação é de puro cansaço e desgaste, mesmo tendo, muitas vezes, dias suficientes para descansar. A conclusão, a meu ver, é que, ano após ano, estamos sendo cada vez mais programados para não parar, não descansar, ainda que paremos (que paradoxo). E os vilões, dentre outros, sem sombra de dúvidas, estão, por exemplo, nos algoritmos, no consumismo desenfreado e na avalanche de entretenimentos que surgem a cada momento.
Além disso, temos os mais diversos compromissos que consideramos inadiáveis e que não nos deixam descansar, como, por exemplo, um aniversário, um churrasco, um casamento, uma viagem no feriado, almoço em família etc. Ou seja, a lógica (principalmente do mercado) é não ter a opção: pause.
E tudo isso, inevitavelmente, tem levado muita gente a um enorme desgaste físico, mas, principalmente, mental e emocional, resultando em uma sociedade enfraquecida e adoecida, seja em suas relações interpessoais ou profissionais.
Hoje, uma pessoa que fica parada por horas em uma praça, parque ou shopping (ou dentro do próprio lar), sem mexer no celular e simplesmente olhando as pessoas passarem, poderá ser considerada louca, carente, ou as pessoas irão desconfiar e chamar a polícia para ela, porque isso, em uma sociedade que eu chamaria de frenética, é sinal de loucura, carência ou caso de polícia.
Enfim, na minha opinião, realmente precisamos parar e descansar. Não é um chamado à total inércia ou a ir contra o progresso e a evolução; pelo contrário, é no legítimo descanso que realmente avançamos e evoluímos. No entanto, parece que, neste ritmo, na verdade, estamos regredindo!
Feliz Dia do Trabalhador do Engraxate ao Doutor(a)!