O verso livre

A livre disposição das sonoridades é uma das conquistas da poesia moderna, que a pós-modernidade está aprofundando.

Combinação de polirritimias com um colorido sonoro variado, no lugar da métrica tradicional e da rima ao final do verso, dão à poesia uma possibilidade expressiva mais ampla, se bem utilizada.

Bandeira chegou a isso depois de passar pelo rigor do parnasianismo. Hoje em dia muita gente já parte desse ponto, mas não é fácil encontrar o equilíbrio, com a criação de uma rítmica que mantenha a "peteca" no ar. Ritmos livres também precisam ser sustentáveis, para dar aquela sensação de equilíbrio e fluência, enquanto as sonoridades (não necessariamente rimas) vão se multiplicando para não limitar a exposição das imagens e das idéias à camisa de força dos poemas tradicionais.

Nelson Oliveira
Enviado por Nelson Oliveira em 27/01/2006
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