A AVALIAÇÃO TRADICIONAL NO ENSINO SUPERIOR

A avaliação tradicional ainda presente na educação superior é uma forma de exclusão escolar, no momento em que o educando tem dificuldades de entender e aprender os conteúdos que lhes são apresentados de maneira complexa, achando as aulas frustrantes e enfadonhas, pela falta de formação em didática e metodologia por parte do docente. Essa deficiência em didática do professor implica dele não atentar para as dificuldades da aprendizagem dos alunos e decidir trabalhar com eles para aprenderem aquilo que deveria aprender e construírem efetivamente os resultados necessários da aprendizagem. O docente que tem carência de formação em metodologia de ensino, concorre para repetências de conceitos incoerentes com a realidade pedagógica. Outro fato no ato avaliativo tradicional é a postura e prática do docente, sem inovação, em sala de aula, ocasionando perda de tempo em explanações eruditas que dificulta o processo ensino-aprendizagem, de arbitrariedade por ser apegado ao domínio do conhecimento e ao poder docente. Esses são os fatores que contribuem para a frustração desqualificadora do ensino. A meta desse ponto de vista é simplesmente selecionar, classificar, certificar e registrar o sucesso de uns educandos ou o fracasso de outros. No entanto, esse tipo de avaliação rejeita mudanças quantitativas de aprendizagem em favor dos dados qualitativos dessa aprendizagem. Considerando a pedagogia do exame ou da nota, como determinantes do desenvolvimento intelectual autônomo das potencialidades e do conhecimento dos alunos.

Assim, a avaliação tradicional tem sido marcada por uma abordagem quantitativa que deixa à margem os aspectos inerentes à complexidade da condição humana, seja individual ou coletiva, esta traduzida em organizações institucionais. Enaltece produtos e resultados, e não o processo dinâmico e criativo verificado em qualquer ação social. Desse modo o processo educativo não pode ser uma resultante cultural da necessidade de renovar, formar, disciplinar e promover o elemento humano de todos os conhecimentos e costumes do grupo ao qual pertence.

Na avaliação tradicional o professor reduz a avaliação à cobrança daquilo que o aluno memorizou e usa a nota somente como instrumento de controle. Infelizmente, ainda existe professores que se vangloriam por deter o poder de aprovar e reprovar. Atribui a nota apenas para o controle formal ou como medida e mal utilizada, considerando apenas o aspecto qualitativo com o objetivo classificatório e não educativo; o que importa é o veredicto do professor sobre o grau de adequação e conformidade do aluno ao conteúdo que transmite. Essa atitude ignora a complexidade de fatores que envolvem o ensino, tais como os objetivos de formação, os métodos e procedimento do professor, a situação social dos alunos, as condições e os meios de organização do ensino, os requisitos prévios que têm os alunos para assimilar matéria nova, as diferenças individuais, o nível de desenvolvimento intelectual, as dificuldades de assimilação devidas as condições sociais , econômicas e culturais adversas dos alunos.

A avaliação deve servir de informação e de orientação para quem busca a excelência do ensino, contribuindo com eficácia no processo de formação do educando. A prática avaliativa deve ser coleta continua de informações para se poder aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem, identificar os interesses, as dificuldades de cada educando e de se formar um juízo de quais experiências de aprendizagem são mais adequada à realidade dos diversos grupos de alunos. A avaliação serve para verificar quais os programas educacionais que estão provocando mudanças e o nível de ensino adequado. Qual a abordagem seguida pelo aluno para chegar à resposta que ele se propõe? Haverá entendido o sentido do procedimento utilizado? Onde encontrou dificuldade? Responder essas perguntas é fundamental para o professor poder intervir de maneira eficiente. Sendo assim, utiliza-se a avaliação como um instrumento significativo e buscador do ensino de excelência.

Um das práticas inovadores da avaliação no ensino superior é formular uma visão critica de como estão sendo utilizados os conceitos avaliativos na prática educacional, como devemos lutar contra a corrente da acomodação e da repetição de métodos e idéias tradicionais, como podem ser melhorados e demonstrar as mudanças no que se refere ao educando, desprezando a avaliação tradicional e quais os conceitos avaliativos para se ter um ensino superior de excelência.

E para o esclarecimento destes objetivos devemos coletados dados para se fazer uma análise de como estamos e o que precisamos fazer para mudar a realidade do ensino superior brasileiro com relação à avaliação tradicional, ainda existente no processo de aprendizagem.

EVERALDO CERQUEIRA
Enviado por EVERALDO CERQUEIRA em 24/06/2008
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