Estado social em latência

Somos latinos americanizados, vivemos a reconstruir velha e novas historias, às vezes perambulando em linhas retas, às vezes em traçados circulares, equilibrando nas competências adquiridas e coloridas pelos pedaços de experiências costuradas pelo tempo. Entretanto, vigiam-se os pensamentos e andanças crescentes na difusão e recria as idéias multifacetadas adentrando o espaço de construção do conhecimento aglomerado, configurando extrinsecamente os atores estabelecidos em habitações nas cavernas platônicas.

O que incomoda a muitos também se reflete em mal social, a subserviência escravajista condenação penal de uma sociedade monetariamente fracassada, visão globalizada e regionalizada da falta de acuidade com as ações humanitárias e coletivas. Sobretudo, fazemos parte do exercito de trabalhadores despreparados e impulsionados por motivações televisivas controladoras do consumismo exarcebado, fortalecendo as torres de comando comunicacional tecnológico. Ao se apropriar de elementos funcionais centrados nos interesses econômicos, propiciando performances momentâneas, fragilizando os considerados “reservas” a imposição do capitalismo ostracista a gerir riquezas para poucos afortunados. Saem listas dos algozes onde o zero nas contas bancarias se acumulam determinando remanejamento e re-funcionalizando os traços processo de aculturação, contribuindo para a diversificação dos conflitos emocionais, presença de manifestações a mudanças de paradigmas.

O ser social esqueceu de se socializar, a essência da solidariedade encontra-se no primeiro Eu, abrangendo o processo de homenização. Enquanto, ser doador, voluntariado alternativo, (...) faz incidir em praticas distantes do dialogo pregado. Não se pode esperar o que não se ensina – nas escolas foram extintas disciplinas formadoras de opiniões, bases impares ao desenvolvimento cultural e coletivo. Na contemporaneidade o programa filosófico e sociológico fez-se ressurgir nas matrizes curriculares por saber de sua importância na dialética e práxis.

É interessante afirmar que, em todas as esferas sociais há diagnósticos de amostras estruturais rasuradas na intenção de delimitar a educação em sua totalidade, no primeiro momento debruçamos-nos sobre visões inanimadas, vista das perplexidades que cercam a aprendizagem mediada pelos dialetos diante do advento da era digital, especialmente circundando a Internet. Concretiza a nova linguagem inserida no contexto sócio-coletivo pelos jovens digitalizados, auto-autorizados em ascender uma nova consciência na apropriação da escrita re-novada. Obrigam-nos a socializar saberes, expressar idéias, conceitos, informações, sentimentos, sensações de maneira clara, coesa e coerente com aquilo que se deseja. Por fim, a criatividade não se ajusta ao desenvolvimento dos hormônios juvenis apreciadores do ctrl C / V. visivelmente desencantados pela ética e vulgarizados pela política.

A casualidade como as coisas em seus diferentes estados se decompõem, dita a urgência de selecionar itens no modismo singular da carência afetiva. A carência despercebida, vista nos sites de relacionamento assusta o observador que se propõe a rastrear as navegações dos internautas solidificando a preocupação por entender a necessidade de ceifar alguns www onde, gratuitamente oferecem conteúdos abusivos e chocantes.

Os grupos auto denominados músicos, circulam e promovem sonoras melodias e letras desassociadas da arte de prosa e verso, visto que, em ocasiões se fomenta a idéia de explicitar o sexo e deformar a idealização da mulher, que, como sujeito se coloca em situação desnuda de sua própria natureza. A mídia aprova e colabora com a esquizofrenia reinante de se adquirir bens materiais facilmente, as denominações vigentes no palco do teatro da vida e mais uma infinidade de articulações, demonstra o imediatismo doentio da sociedade.

Morgana Rosa
Enviado por Morgana Rosa em 12/08/2008
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