O QUE SOBROU, A FÉ

O QUE SOBROU, A FÉ

Tudo que possuo, sobrou de um destino que carrego em meus pensamentos, que não consigo esquecer, nem deixar guardado no esquecimento. Quero conquistar a esperança, e viver como um pássaro que voa em torno de uma arvore, procurando um galho para cantar aos ventos, que leva seu canto para conhecer uma platéia que em silencio observa o tempo passar. Bem longe onde um passado já não pertence ao presente, uma lagrima ficou na lembrança da alma, que poliu esta lagrima e hoje ela enfeita o colar que o destino presenteou a vida...

O que sobrou, foi o som de uma flauta que esta na memória do tempo, onde a harmonia dançava nas notas divinas que compus em parceria com uma cançã; deixando o amor conhecer o carinho de uma liberdade que foi a paz de uma lenda em que a vida viveu ao lado da imaginação...

De volta ao passado, fui buscar o que sobrou, e perguntei ao milagre, onde os anjos ficavam quando Deus abençoou o estino; foi quando soube que eles estavam ao meu lado, e nunca me abandonaram, mesmo quando me perdia nas armadilhas que me envolviam em uma paixão que virava um pesadelo para meus sonhos...

Na busca de uma resposta, encontrei uma pergunta, eu andava por onde? Quando tinha que colher mel, ou quando tinha que molhar meu jardim; foi uma época que ficou um vazio que somente fui conhecer, quando olhei para o que sobrou. A fé respondeu. O que sobrou, foi uma vida que o mistério sempre esteve presente, nas dores e emoções, a fé nunca deixou o medo tomar conta do destino, ela esteve sempre presente, com sua energia e devoção, e foi o que eu trouxe do que sobrou; uma fé que resistiu e que foi forte e minha companheira, mesmo eu não prestando atenção, nas mensagens que Deus deixava quando amanhecia duvidando da vida. Sou grato a fé que não trouxe comigo para o presente, o que soobrou do passado, e que no futuro será apagada, sobrando somente a fé que sobrou.

poeta da paz
Enviado por poeta da paz em 18/02/2006
Código do texto: T113228