CELULAR

Esse aparelhinho é nosso grande aliado quando se quer fugir das pessoas.

Logo no início o celular servia para que fôssemos encontrados onde estivéssemos. Hoje, para sermos encontrados onde não estamos ou não sermos encontrados onde estamos.

Antes era individualíssimo: apenas o seu dono o atendia, mas que grande virada!!! Hoje dá-se para que o primeiro que está ao lado para que invente uma história a respeito do fujão.

Isso tudo por causa de indentificador de chamadas.

Se era antes uma incógnita quem chamava, hoje lá vem o número e nome da pessoa que estiver em nossa agenda.

Fácil fingir: não atender, simplesmente deixando cair na secretária eletrônica, ou se estiver incomodando, dar um simples toque no botãozinho para desviar a chamada.

A essa gang toda, juntam-se os túneis, os prédios altos, que motivam os intermináveis “alôs” do outro lado, simulando não estar ouvindo. A dúvida fica: ou o atendente é deficiente auditivo, um mentiroso contumaz ou bem, vamos acreditar que os culpados sejam os túneis, os prédios ou um paredão de concreto, “concreto”.

Falando em caixa de mensagem, essa quase não tem utilidade, pois não vamos pagar para gravar uma mensagem para alguém que não vai pagar para acionar a caixa e ouvir o recado.

Não vamos culpar o homem, o usuário da tecnologia, chamando-o de mentiroso. Imagine!!! O mentiroso é esse aparelhinho “sem vergonha” que mente e sem ficar vermelho, ou ter seu nariz aumentado...