SERÁ QUE NECESSITAMOS DE MAIS VEREADORES?

Acredito que nem a liberdade do cidadão se esvazia no voto.

Políticos coordenam demais a importância dessa arma, não podemos de forma alguma ser induzido que a nossa participação política se resumiu só em votar; pois eleições e o voto são fatores não principais importantes na dimensão política. Mas isso não é tudo. Política é muito mais que isso.

Vejamos o exemplo que circula na mídia: A volta do trenzinho da alegria, ou melhor, o retorno dos vereadores. Eu como cidadão questionei muito moradores na minha comunidade, as respostas foram pares: Para que queremos mais vereadores? Será que precisamos?

Observe a resposta de um político, vinda ao ar através da Rede de Televisão, Gazeta. Eu o considerava pleno-ético: Senador Gerson Gamata:

“São necessários, pois o povo está carente, ele o vereador, agiliza consulta médica e exame de baixa e alta complexidade; e ainda serve em diversos Municípios como padrinho de casamento, batizado e sempre está de antena ligada em favor dos mais necessitados”.

Parece até cômico, ás vezes absurdo, realmente parece que chegamos ao fundo do poço, no falar, agir, como entender essa metodologia de trabalho fora de sua dimensão político-institucional; acredito ainda que só tenha políticas transparentes quando deixarmos de ser individualista, devemos e podemos construir uma sociedade verdadeiramente democrática, verdadeiramente participativa nos aprofundando numa discussão política na perspectiva a partir das relações de base.

Vamos refletir;

- Por que eles querem mais vereadores? Será que realmente e para atender os anseios do povo ou para em época de eleições, esses servirem de cabos eleitorais?

- Será que sabemos qual é realmente a função do vereador? E se entendemos, podemos afirmar que o melhor vereador é aquele que não faz obras.

- Na década de 80 e 90, contávamos com movimentos organizados, Associação de Moradores e outros, em prol ao exercício da cidadania, cobrando trabalho e transparência da Administração Pública; e hoje?

- Os mais ativos representantes desses movimentos populares incomodavam os poderes Legislativo e Executivo: E hoje?