Neokeynesianismo

“Lê monde va de lui même”. Esta era a máxima que melhor representava os ideais do pensamento liberal. Hoje, porém, analisando a crise econômica mundial é válido fazer tal afirmação? (O mundo anda por si mesmo).

O pensamento econômico liberal, - cuja base ideológica é oriunda da filosofia iluminista do séc. XVIII tendo, posteriormente, o seu maior expoente no nome de Adam Smith -, defendia a não intervenção estatal, o individualismo econômico, a liberdade de comércio e de produção. Defendendo estes ideais os burgueses conseguiram se desvencilhar do mercantilismo econômico vigente na época.

Após sucessivas transformações sociais e econômicas, em 1929, porém, a não intervenção estatal propiciou uma crise generalizada devido à superprodução descontrolada, isto é, vários setores da economia enfrentaram um quadro de excesso de oferta e escassez de procura. Desta forma com o intuito de dar uma solução cabal para a crise, o então presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, adotou um plano de intervenção do Estado baseado nas idéias do economista britânico John Keynes.

O plano do presidente Roosevelt consistia no retorno do Estado para economia, isto é, o Estado exercendo papel fiscalizador nos fluxos cambiais, financiando a recuperação de empresas, criando emprego na construção de obras públicas, etc. Semelhante ao colapso de 29 o governo de Barack Hussein Obama enfrenta uma descomunal crise econômica, cuja origem se deu no setor imobiliário, onde bancos impulsionados pela ganância e desprezando o alto risco financeiro emprestaram dinheiro a uma classe de maus pagadores denominada “subprime”, tendo como conseqüência escalonada um calote generalizado a ponto de tradicionais multinacionais venderem suas ações para o governo e outras já consolidadas no mercado mundial quebrarem definitivamente, gerando conseguintemente um aumento do desemprego em nível internacional.

Neste sentido, alguns economistas falam em uma espécie de neokeynesianismo, pois o cenário econômico mundial denota a mão do Estado interferindo diretamente na economia, mostrado que, neste momento, a mão invisível de Adam Smith parece ganhar cor e forma.