É só começar

Comece conversando com você mesma. Continue no papel, escreva com lápis, caneta, computador, máquina de datilografia, escreva de qualquer jeito e maneira.

O importante é escrever. Conte para você mesma o que está sentindo, não importa se é legal, se é imoral, se é sem graça, ou se é algo sem importância. Quem vai julgar isso? Alguém que você nem conhece pode ter uma idéia de interpretação completamente diferente da sua. As experiências contadas por escrito, muitas vezes, ajudam outras pessoas. Por tanto escreva, você pode estar salvando a vida de alguém, quem sabe a sua própria vida.

Quando começar, nunca esqueça de ser franca, de se expor, é assim que nascem os grandes escritores. Quem tem medo de se expor, deixa um pouco de viver. Mostre com todas as letras que você vive, que você sente, que tem desejos, receios, medos.

O importante é se sentir aliviada, é saber que você conseguiu decifrar o que está sentindo.

Reflita sobre cada palavra, cada frase, afinal, é a sua vida que você está contando, é um pouco de você que se transformou em letras.

Não se importe com os erros de português, você corrige depois. Coloque no papel o que imagina ser um futuro, sua imaginação ajudará, começará a fluir sem que você perceba. De dentro de você nascerá uma nova pessoa.

Olhe a sua volta, quanta beleza natural, quanta luz, brilho, aroma. Use seus sentidos, coloque que você sentiu um perfume diferente, que nunca tinha sentido antes, que você assistiu o por do sol e ficou maravilhada ou o surgir da lua, até mesmo as gotas de chuva caindo do telhado, ouça o barulhinho de algum passarinho que está por perto, ou quem sabe o revoar de algumas aves no céu. Olhe pela janela ou pela porta, veja que sempre tem um caminho a seguir.

Preste atenção na sua rotina, veja o que você pode mudar para ficar um pouco diferente. Jogue algumas coisas fora, guarde outras. Escreva que você hoje resolveu parar um pouco e escrever sobre os sentidos que você achou que não tinha mais. Sobre o seu enorme potencial de observação.

Não diga nunca que não tem tempo. Tome o tempo, faça o tempo, se dê tempo, se permita!

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 25/06/2009
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