E A BRUXA ESTÁ SOLTA!

É “Howloowin”... “Hallowuin”... Porque a gente não se dá o “trabalho” de pelo menos traduzir o nome das coisas? Não é mais fácil dizer dia das bruxas?! Ah não!!! Halloween é mais chique, mais bonito!

Isso é que é um povo pacífico! Aceita tranquilamente a cultura alheia. Sequer procuramos saber por que, no dia 31 de outubro é comemorado esse tal de “Hawloin” (eu não tenho obrigação nenhuma de saber como se escreve! Mal sei o português!). É cultura, folclore norte-americano. Mais precisamente dos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido. A história de como apareceu essa comemoração lá, é bem intereesante, mas eu não vou reportá-la aqui.

Minha intenção é chamar a atenção pro outro lado.

Os adultos, os jovens, participarem de festinhas de “rauloim”, ou melhor, “dia das bruxas” vá lá... Mas os pais, responsáveis, deixarem que as suas crianças, aprendam isso, e só isso... Ah! É demais! O que vai ser do futuro do nosso folclore? Da nossa cultura? Do nosso País?

A cultura brasileira traz como fonte o saci pererê, a mula-sem-cabeça, o curupira, a cuca... E dia de doce é dia de São Cosme e Damião. Eu não sou religiosa, mas entre monstros e santos eu prefiro os santos! E entre os monstros deles e os nossos “monstros”, eu fico os nossos!

As crianças de lá são ensinadas que se não receberem “um doce” elas devem fazer “uma travessura”. Mais tarde (às vezes nem tão mais tarde assim) acontece de irem para a escola armadas e matar o professor e um monte de coleguinhas só porque o professor não lhe deu uma boa nota!

As daqui são, ou pelo menos eram na minha época, ensinadas a correr daqui pra acolá, atrás de uma casa e outra onde as pessoas estivessem oferecendo guloseimas; agradecer em cada casa que passasse pelos doces ou pela informação de onde estavam sendo distribuídos. Ao final daquele dia de grande diversão e brincadeiras, ir pra casa e dividir os doces com os irmãos menores. Se no caminho de volta encontrasse um coleguinha que por ventura não tivesse conseguido nada ou muito pouco, oferecer alguns e seguir feliz da vida!

Ah! Os tempos são outros... É a globalização? Tudo bem! Vamos então importar as coisas adequando à nossa cultura, à nossa língua, ao nosso povo... E não nos deixando aculturar!

Primeiro que lá, no dia das bruxas, as pessoas se caracterizam de bruxas, fantasmas, caveiras, e coisas do tipo. Aqui, esse dia, virou festa à fantasia. Então, já que está descaracterizado mesmo, que tal um Dia das Bruxas com crianças fantasiadas de Menino Maluquinho, Mônica, Cebolinha, Magali, Cascão, Emília, Saci Pererê, Cuca, etc, ao invés de Batman, Super-Homem, Mulher Maravilha, Homem-Aranha e outros, como está se estabelecendo?

Pense bem: Que tipo de pessoa você quer que essa criança aí, que você educa, se transforme? A escolha é sua! Mas lembre-se: o País é nosso!

E então, doce ou travessura?

Anne Alencar
Enviado por Anne Alencar em 31/10/2009
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