AH! SE OS HOMENS PUDESSEM...

aH! Se os homens pudessem

Compreender sua insignificância diante do universo, seriam mais apegados ao amor, olharia a vida com os olhos do coração, agradeceria a Deus por essa dádiva tão maravilhosa, faria de tudo para ser feliz, respeitando seus limites, usando seu tempo de existencia para construir passarelas aureoladas de caridade em beneficio próprio e dos outros.

Levantaria de manhã sorrindo, cumprimentaria as pessoas com sensibilidade, usaria sua inteligência para espalhar a felicidade em cada esquina que passassem sem olhar para o próprio umbigo.

Não teria esse sentimento de ganância lhe roubando as noites de sono nem causaria tanta maldade como acontece hoje em todos os recantos do mundo.

Veria que a vida é uma chama apta a se apagar a qualquer momento, viveria comungando seus projetos com os demais, faria o bem sem preocupação com recompensas, dividiria seus conhecimentos com a humanidade sem cobrar regalias nem se orgulharia de seu feito.

A vida é lépida, cada um de nós, recebe de Deus uma quota de alegria ou sofrimento, cabendo ao homem suplantar essas etapas com sabedoria, amor, persistência, aprendendo na alegria ou na tristeza a viver de bem consigo e com os outros, usufruindo das benesses divinas e amando com solidariedade.

Havemos de lembrar que por mais bens matérias que possamos juntar, continuamos pobres diante da grandeza da mãe morte, senhora de semblante lívido, sentada em sua carruagem doirada chega sem fazer barulho, sem aviso, faz suas observações, dependendo do caso, mata a seu modo, podando o orgulho, excluindo do homem ávido de poder, o sonho de seguir abusando da vida.

O tempo é o poeta da intectualidade no coração humano, ensina suas magias, encantos, ilumina-lhe a mente para crescer espiritualmente e materialmente, mas, mostra-lhe a cada amanhecer suas cartas pintadas de realidades, dizendo em silencio que somos carnes revestidos de sonhos, e logo, vamos passar para sermos apenas saudade entre aqueles que nos amaram.

Somos abençoados pela misericórdia divina, temos o mundo para nos ensinar a crescer espiritualmente e moralmente nas estradas da vida e ainda, a liberdade para explorar os livros do conhecimento, da felicidade, da fé e da razão.

Bom seria se vivêssemos eternamente no corpo, mas, isso é impossível no homem que nascem para cumprir seu destino, vencer seus fantasmas, amar, ser amado, compreender os desígnios do pai eterno, moldar no barro puro as suas obras, para um dia qualquer entregar-las ao criador que analisará cada traço com sua infinita sabedoria.

Outrossim, o importante é construir boas obras, vive de mãos dadas com o sábio e o leigo, dividindo o pão da bondade com os outros, amar consciente de que não temos tempo a perder e aproveitar as oportunidades nos concedidas a cada instante.

A vida é linda, e enquanto vivermos entre homens, deveria procurar entender o caos que acontece no mundo distribuindo o pão do amor sem distinção, respeitando as diferencias de cada um, amando e amando com o coração...