Tema de Vida e Morte

Não há nada melhor do que fazer na vida,

da vida e em vida uma gloriosa espera

pela morte. (Martins Filho)

Com certeza isso é algo profundo! Desde o momento que temos consciência de nós mesmos e responsabilidades por pensamentos, palavras e obras...

Fazer na vida... quer chova quer faça sol, abonado ou duro, doente ou sadio, inteiro ou quebrado, só ou acompanhado, analfabeto ou letrado...

e um monte de uns e falta de outros predicados favoráveis e ou não... É aproveitar que estamos aqui vivendo pra fazer... de preferência tudo! Tudo que engrandeça o portador da Vida que por esta existência estagia!

Daí... pensamos: Pra que, só pra morrer? O nosso amigo aí sabe, e todos nós sabemos que fomos criados para a Grandeza, então não queremos uma morte qualquer! Fomos criados para a felicidade, então queremos ser felizes vivos ou mortos! E queremos uma morte gloriosa!!!

Que glória tem morrer? Pode até ser cedo pra saber... ou não!...

Mas por que não paramos um pouco para pensar de verdade, neste aspecto da nossa situação de mortais, para termos o direito de não sermos pegos, tão sorrateiramente na ignorância, hein? É algo a se pensar, em vez de eternamente fugirmos do assunto. Ele requer seriedade!!!

Esperarmos por ela lutando, como bravos soldados, sem ignorarmos que esta batalha terá fim um dia... é uma! Uma alternativa louvável, sensata e acima de tudo corajosa! Mas, é uma façanha viver corajosamente, gente! A outra é morrer corajosamente! E isso só acontecerá se tivermos vivido a vida de acordo com os objetivos que traçamos para alcançar enquanto vivemos.

E a glória da morte onde estará? Em alguns casos na certeza de que ela é só uma etapa para uma nova vida! Em outros, o sentimento de liberdade... liberdade pra sair da trincheira não ter mais medo dela (morte) E liberto da luta para sobreviver, dar o útimo suspiro aliviado: Fui!!!

Noutros caso aquela esperança bendita de que enfim sós! Eu e meu paraíso! Eu e meu Pai que cuidará de mim, (morto imaturo)rs Me dará tudo do bom e do melhor porque fui bonzinho, ou pelo menos não rejeitei-lhe a paternidade! Em mais casos, aquela gloriosa curiosidade: agora que estou morrendo pelo menos vou ver como é que é isso! Viver sem compromisso! Que glória! São tantas as glorias concebíveis, na mente humana...

Eu sei que, enquanto a chama do pavio do lado de cá se apaga, com aquela pressão terrível, do indicador com o polegar abafando a chama, que sem falar ou atender diz adeus, até logo ou até nunca mais... uma gloriosa esperança segue conosco seja lá pra onde for: Que a Vida seja mesmo Eterna, Infinita e acima de tudo sempre melhor na próxima, seja aqui ou alhures! Choros, lamentos, lutos, flores, túmulos luxuosos, caixões acolchoados revestidos de veludo, procissões, carreatas, ai... ai... não nos dirão nada. O que tivermos sido em vida continuaremos a sê-lo na hora do sêlo na boca. e tudo o que precisaremos mais que nunca é de um sentimento absolutamente difícil de experimentar aqui ou em qualquer outro lugar: Paz!!!

Aí já é outra estória, e comprida...

Marilú

Marilu Santana
Enviado por Marilu Santana em 02/06/2005
Código do texto: T21640