Famílias de Poetas

Um dia ouvi alguém dizer que em toda família deveria ter um poeta. Concordo plenamente com isto e vou além, imagino os finais de tardes, as reuniões nas varandas, acompanhadas do violão afinado e do papo descontraído, entre os risos e as canções, o assunto principal seria a paz e o amor.

Realmente, toda família deveria ter um poeta e ser assim por gerações e gerações. Toda família deveria ter um poeta, para que todos os seus integrantes tenham os corações mais alegres, mentes despertas e corpos mais unidos pela emoção. Toda família deveria ter um poeta e fazer dele o seu maior bem, seu maior tesouro.

Feliz do coração que ama, que perdoa, que sente e bate forte pelo outro. Feliz do homem que possui um coração assim. Feliz do casal onde a cumplicidade é diária, onde o amor é recíproco e a lágrima contida pelo sorriso. Feliz da família que possui um poeta.

Sem dúvidas, toda família deveria ter um poeta. Talvez quem sabe, todos tenhamos um pouco dos poetas. Talvez somos como os poetas e não sabemos. Talvez sejamos muito mais sensíveis que pensamos. Talvez esteja faltando um pouco mais de atenção, um pouco mais de exercício, um pouco mais de prática e menos teoria.

Toda família deveria preocupar-se com as coisas simples, as que nos são dadas de graça, que recebemos gratuitamente sem ter que dar nada em troca. Toda família deveria ter um poeta e fazer dele seu melhor professor. Pois seremos eternamente aprendizes.

Toda família deveria se mobilizar, se esforçar pela união. Todo o princípio do caráter humano está na família, é lá o nosso berço e nossa escola, nossa fortaleza, nossa pátria. É com ela que descobrimos quem realmente somos.

Amigo leitor, proponho a mudança dos conceitos, o estimulo dos sentimentos, o despertar para uma nova vida, um novo jeito de sentir as coisas. Proponho uma troca, substituir o velho pelo novo, novos ouvidos, novos olhos e nova boca. Proponho que façamos de nossas famílias, famílias de poetas.

Reginaldo Cordoa, futuro Administrador de Empresas e Apaixonado pela Vida.

11/10/2006