O que é o protestantismo

Wagner Herbet Alves Costa (1968-2006)

Quinta 07 Julho de 2005 às 17:58:26

Prezados leitores,

a) No protestantismo, no geral, só se ouve uma voz, que certamente não é a da Virgem Imaculada, muito menos a do Cristo Jesus, mas do diabo: com sua bífida língua, partida, para dizer, ao mesmo tempo e contraditoriamente, “sim e não” – semeando, assim, o veneno da confusão.

Uma parcela dele afirma que Deus, por sua palavra (a Bíblia), ensina isso; já outra, baseando na mesma Escritura Sagrada, assevera que Ele não ensina nada disso, mas diferentemente. Por exemplo, se há uma determinada denominação que declara que os santos no outro mundo estão inconscientes; há outra, por sua vez, que, contrapondo-se, proclama que estão conscientes! Ou no que diz respeito ao batismo de criança: há um grupo que afirma que é de fundamento bíblico, no entanto, existe um outro que nega tal fundamentação. {E isso se repete no que concerne aos mais variados temas doutrinários.} Das duas uma: ou confusos são os testemunhos diversificados do protestantismo, ou Deus é que é cheio de contradição. Como essa última opção é impossível; logo, confuso e contraditório mesmo é o império bestial do protestantismo: uma verdadeira Babilônia Doutrinária. (Babel, quer dizer ‘confusão’.)

Mas apesar das variadas cabeças (que são as várias denominações) que o compõem (à semelhança do pai delas, que é o Satanás e que possui múltiplas cabeças, conf. Ap 12,3), elas se mantêm unidas num único e odioso intento: destruir a única Igreja de Deus (a Católica). No entanto, a sorte da maldita víbora e de todos os seus diabólicos filhos já está decretada: “As portas do inferno jamais prevalecerão” (Mt 16,18)... [Jesus não diz que aqueles que estão do lado da mentira são filhos do diabo, que é o seu pai?]

Indiscutivelmente, os protestantes são propaladores da desunião. Por meio de princípios imbecis (e antibíblicos), como a ‘Sola Scriptura’ e o Livre Exame, são verdadeiros semeadores da divisão e da discórdia. Afrontando terrivelmente o mandato do Senhor: “Que todos sejam um” (Jo 17,21). “Não haja divisões entre vós” (1 Cor 1,10).

Como pode o Espírito de Deus está com tamanha balbúrdia anticristã que é o protestantismo?... Na Epístola de São Judas está escrito: “São estes que causam divisões, estes seres “psíquicos”, que não têm o Espírito”(Jud 19).

b) Como me disse certa vez uma conhecida minha: ‘Os protestantes são a negação dos católicos’. No sentido de que eles vivem para contestar as doutrinas católicas – essa seria a razão do “viver” deles?

De fato, se não existisse Catolicismo, não existiria protestantismo. O único sentido, em si, da existência do protestantismo é negar o Catolicismo. Nós católicos, por nossa vez, não dependemos da existência de protestantismo algum. Se nunca tivesse existido um único protestante sobre a face da Terra; nós continuaríamos a sermos católicos. (Aliás, muito boa coisa seria se eles, de fato, nunca tivessem existido!)

O ex-protestante Dave Amstrong veementemente asseverou: “O protestantismo necessariamente é um “parasita” do Catolicismo”[MOURA, Jaime Francisco de, Por que ex-protestantes se tornaram católicos, 1a edição, Editora COMDEUS, São José dos Campos-SP, 2003, pp 52-53].

c) Mas têm coisas boas no protestantismo?... Tudo que for católico e que eles conservaram isso é bom! Bom porque é, primeiramente, católico. Entretanto, tudo que não é católico: ou não presta, ou é inútil e dispensável... Mas e aquelas denominações tradicionais que hoje em dia não acusam mais a Igreja de idolatria e coisas assim, inclusive são capazes de participar de encontros com autoridades do Catolicismo sem rancor e com toda cordialidade, não é possível reconhecer-lhes um tratamento diferenciado das seitas (das “igrejinhas” e “igrejolas”)?

Lembrei-me de um famoso sonho de D. Bosco, em que ele vislumbra uma grande batalha naval. Curiosamente, além da existência de um grande grupo de embarcações inimigas que atacam ferozmente a “nau de Pedro” (atirando-lhe balas de canhões, que são livros inflamados cheios de ódio à Igreja Católica); há também um outro grupo de barcos que não estão nem do lado da Igreja nem do lado dos inimigos da Igreja – mantém-se neutro. Pergunto: não se enquadraria nesse grupo essas “cordiais” comunidades eclesiais protestantes? [Na guerra, de fato, há o grupo opositor, mas também pode haver um grupo neutro.]... Mesmo que abrandemos no tratamento para com esses que hodiernamente se mantêm neutros, não quer dizer que temos que nos omitir em criticar os que lhes deram origem (como Lutero e Calvino), nem tampouco fazer vistas grossas às origens espúrias dos mesmos (já que nasceram de ímpias revoltas contra a Mãe Igreja).

As seitas são facilmente identificáveis pelo seu ódio à Igreja Católica. E não tenhamos dúvidas que: quem tem ódio ao Corpo de Cristo (que é a Igreja Católica), odeia a Cristo. [Em suma: as seitas são contra nós e não por nós!]

Num dos seus discursos, o papa João Paulo II chamou atenção para o perigo das seitas: “É notória a intenção, por vezes virulenta, destas seitas de minar as bases da fé do povo”[AQUINO, Felipe Rinaldo Queiroz de, Entrai pela porta estreita, Editora Cleófas, Lorena-SP, 1997, p. 35]. Não à toa, já em 1990: “O CELAM (Conferência do Episcopado Latino Americano)... alertou os bispos dizendo: “É necessário que tomemos consciência da existência de uma estratégia evangélica bem arquitetada para a tomada missionária da América Latina, país por país”(Revista Pergunte e Responderemos, n. 333/1990, pp. 78-87)”[AQUINO, Felipe Rinaldo Queiroz de, Entrai pela porta estreita, pp 34-35].

d) São Luiz de Montfort escreveu: “Uma única inimizade Deus promoveu e estabeleceu, inimizade irreconciliável, que não só há de durar, mas aumentar até o fim: a inimizade entre Maria Sua digna Mãe e o demônio; entre os filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos sequazes de Lúcifer”[AQUINO, Felipe Rinaldo Queiroz de, A mulher do apocalipse, 4a edição, Edições Loyola – (Publicações Canção/Nova), SP, 1997, p. 68]. Mas esse ódio, cada vez maior, à Mulher prometida por Deus, já estava vaticinado: “Porei hostilidade entre ti e a mulher, entre tua linhagem e a linhagem dela” (Gn 3,15).

O protestantismo, numa rápida análise, não tinha o ódio que se vislumbrou posteriormente; porquanto basta ver que os “pais” da famigerada rebelião protestante – Lutero, Calvino, Zwinglio – deixaram até mesmo elogiosos escritos sobre Maria. Já gerações ulteriores, voltaram-se odiosamente para atacar (menosprezar) a Mãe do Redentor, Maria Santíssima... Tanto é que, o comum, nas seitas atuais, é sequer reconhecê-la como Virgem Perpétua e Mãe de Deus. [Coisas que os antigos “reformadores” (para não dizer deformadores) que mencionei confessavam.]. Provado está que o mesmo (o protestantismo), com o passar do tempo, voltou-se ainda mais venenosamente contra a Santa Mãe de Nosso Senhor. [E a tendência é piorar, culminando com a manifestação do Anticristo (o mais ímpio de todos); cuja perversidade é tanta que Lutero, comparado a ele, parecerá um anjo.]

e) Certa vez um protestante me disse que o anticristo ia “sair” do Catolicismo... ao que eu respondi: Com certeza! Como já saíram muitos (Lutero mesmo, cujo nome até deu, em cálculos numerológicos, 666, é um deles). Não por menos, como escreveu São João: “Já vieram muitos anticristos... Eles saíram de entre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos teriam permanecido conosco”(1 Jo 2,18-19).

E sabe qual é uma das causas principais para esses que – apesar de iniciarem bem (pertencendo à Igreja) – terminassem mal (a abandonando)? É a Eucaristia! Pois a mesma não entra de forma alguma, nem goela abaixo, nem, principalmente, no coração desses empedernidos. Eles são como aqueles seguidores de Cristo que disseram não suportarem a doutrina sobre o Santíssimo Sacramento (em que o Senhor apresenta-se, pelo mistério da transubstanciação, verdadeiramente, como alimento que deve ser comido): “Muitos dos seus discípulos, ouvindo-o, disseram: “Essa palavra é dura! Quem pode escutá-la?” ”(Jo 6,60). “A partir daí, muitos dos seus discípulos voltaram-se atrás e não andavam mais com ele” (Jo 66,6)... [Duros mesmo eram os corações deles, como os são os dos seus atuais “descendentes”: os hereges protestantes!]

Essa é a conseqüência inevitável para um cristão que não aceita o mistério de Cristo Eucarístico: não anda mais com Cristo. Logo, não só tem pecado, como igualmente está imergido num grande lamaçal – longe da vida eterna, pois se recusam ao alimento divinal: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem... não tereis a vida em vós” (Jo 6,53).

Até hoje a voz sibilante da áspide “maldita” (Gn 3,14), que tanto odeia os filhos da “bendita” (Lc 1,42) mãe do Cristo Senhor, está a retumbar nas igrejolas protestantes com seu rio caudaloso de injúrias contra o Catolicismo.

f) O Anticristo é o representante-mor da grande apostasia, palavra que dizer abandono ou deserção. E quantos não abandonaram a Casa de Deus na terra (que é a Igreja Católica) para irem atrás de cisternas rotas. Mas por que isso nos surpreenderia? Haja vista, nisso, mais uma vez, os hereges imitaram o pai deles (o grande Dragão, a antiga Serpente, o Diabo e Satanás) e seus irmãos (os demônios), que abandonaram a Casa de Deus das Alturas. [Está escrito: “E quantos aos anjos que não conservaram o seu principado, mas abandonaram a sua morada, guardou-os... para o julgamento do grande Dia” (Jud 6).]

Assim como o diabo arrastou consigo, da Morada de Deus no Céu, um terço (isto é, a “menor parte”) dos filhos da luz, os anjos; a Besta do Lutero arrastou, e vem arrastando (por meio de sua descendência), semelhantemente, um terço dos filhos de Deus da Sua Morada Terrena, que é a Igreja Católica. A Bíblia declara: “Um grande Dragão... arrastava um terço das estrelas do céu” (Ap 12,3-4). E basta ler os compêndios de História, para percebe que a Rebelião Protestante não dividiu meio a meio o Cristianismo, porquanto a maior parte continuou confessando o Catolicismo.

g) Comenta-se a respeito da existência de uma grande e satânica conspiração que se deslancha através da História contra o Messias e a sua Igreja, a qual tomou, indiscutivelmente, grande vigor com o protestantismo. Para melhor compreendermos isso, farei mãos da excelente síntese, feita por D. Estevão Bittencourt (no artigo “Origem dos vários grupos cristãos”, publicado na revista ‘Pergunte e Responderemos’), sobre os acontecimentos que marcaram os últimos séculos da História do Cristianismo e da Humanidade, e que o Prof. Felipe Aquino cita em um de seus livros:

“Os reformadores deram início à destruição do grande patrimônio de fé e cultura dos séculos anteriores, que associavam entre si Deus, Jesus e a Igreja.

- a reforma no século XVI disse SIM a Deus e a Cristo e NÃO à Igreja;

- os iluministas racionalistas do século XVIII disseram SIM a Deus, NÃO a Cristo e a Igreja;

- os ateus do século XIX disseram NÃO também a Deus;

- finalmente os estruturalistas do século XX, disseram NÃO também ao homem, pois a morte de Deus vem a ser também a morte do homem.

Negando a Igreja de Cristo, os reformadores aceitaram a fundação de numerosas igrejas e igrejinhas de líderes humanos, todas originadas do subjetivismo dos seus fundadores” (PR, no. 404, 1996. pp 14 e 15)”[AQUINO, Felipe Rinaldo Queiroz de, A minha igreja, Editora Cléofas, Lorena-SP, 1997, pp 136-137].

Se trouxéssemos o foco da análise para os nossos dias, perceberíamos que a diminuição do poder e/ou da influência do Catolicismo costuma redundar – quase que automaticamente – em aprovação (quando não, em legalização) de práticas que ferem a milenar moral cristã (basta lembrarmos da legalização do aborto que, recentemente, temos vislumbrado, em várias nações) e que antes eram sumamente reprovadas; bem como, contribui para a pujante difusão de uma mentalidade hedonista e utilitarista...

Analise ainda o seguinte depoimento de uma ex-protestante, Kristine Franklin: “As nações européia que se passaram para o protestantismo em conseqüência da Reforma, são agora países sem Deus. Quando a Reforma os atingiu, os povos foram protestantizados por um certo tempo de gerações; depois destas, quase como conseqüência natural, se tornaram sociedades atéias”[ MOURA, Jaime Francisco de, Por que ex-protestantes se tornaram católicos, 1a edição, Editora COMDEUS, São José dos Campos-SP, 2003, p. 153].

Então, o que vocês acham: existem ou não ‘poderosos’, por detrás dos panos, “torcendo” para o crescimento das seitas protestantes?

Os protestantes, mesmo que seja inconscientemente, acabam por servir de massa de manobra nas mãos do diabo que os utiliza contra a Santa Igreja de Deus.

h) Quem blasfema contra os santos do Altíssimo está, indiretamente, blasfemando o Senhor deles – fazendo a vontade do diabo. Até porque, Satanás se volta contra tudo o que é sagrado. Não somente contra o Deus dos Santos, mas também contra os Santos de Deus. Não à toa, no Apocalipse está escrito que a Besta: “Abriu então sua boca em blasfêmia contra Deus, blasfemando contra seu nome, sua tenda e os que habitam no céu” (Ap 13,6).

Uma das características que, cedo ou tarde, iria manifestar-se no império do Anticristo é promover a cessação de pedidos (orações) feitos não só ao Deus Verdadeiro; mas igualmente a criaturas. Moldando-se no péssimo exemplo da sentença ímpia daquele rei babilônico: “Todo aquele que, no decurso de trinta dias, dirigir uma prece a quem quer que seja, deus ou homem, exceto a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões” (Dn 6,8). [Note que a proibição abrange petições feitas a “deus ou homem”, isto é, a divindade ou não-divindade.]

Mas, a impostura do anticristo atinge, mesmo, seu grau máximo de confrontação é com relação ao culto eucarístico (que é de adoração). De fato está escrito: “Ele se volta contra tudo que se chama Deus, ou recebe um culto” (2 Ts 2,4). “Fará cessar o sacrifício e a oblação” (Dn 9,27). E, infelizmente, já, como de antemão, contemplou-se uma tal impiedade, com o surgimento do protestantismo no mundo. “Tropas” inescrupulosas que invadiam templos e santuários católicos perpetrando as mais ignominiosas e aberrantes ações: roubos de objetos sacros, destruições, profanações e sacrilégios de todos os graus e formas (afora os assassinatos de sacerdotes e leigos). Destacadamente, e mais gravemente, contra a Eucaristia.

A Bíblia nos alerta sobre a astúcia da serpente maligna (conforme Gn 3,1)... O diabo, se não conseguir destruído tudo que há de cristão nos batizados, então, como num plano “b”, ele fará de tudo para transformar os que renasceram das águas batismais em “evangélicos”. Porquanto, assim, no mínimo, seu objetivo-mor – que é fazer cessar o sacrifício – será atingido. Como já dissemos, no tempo dos malditos reformadores isso se fazia até pela força das armas. Hoje de outro modo, sorrateiramente, aproveitando-se da tão pouca instrução religiosa dos católicos.

PS.: Tudo que escrevi está, e sempre estará, sujeito a um maior e mais perfeito juízo que é o da Santa Madre Igreja Católica. A qual pode corrigir, refutar, completar e tudo o mais que for necessário para preservação do Depósito da Fé.

[Adendo 1: É verdade que, no passado, a reação da Igreja, aos famigerados ataques protestantes, por vezes foi bastante forte; “ministrada” através do poder temporal. Mas dessas coisas julgue Deus os seus dirigentes, não eu! (Aliás, há para isso um dia reservado...) O que sei, e disto descreverei, é da impiedade de muitos hereges, os quais se tornaram, sim, merecedores de grandiosa punição por parte do Altíssimo; porque, com fúria, pisaram o Filho de Deus (sob a espécie do pão) e derramaram, em desprezo, o divinal sangue do Senhor (que é o sangue da Nova e Eterna Aliança). De fato, está escrito: “Quem transgride a Lei de Moisés é condenado a morte... Podeis, então, imaginar que castigo mais severo ainda merecerá aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança” (Hb 10,28-29). Quanto à questão da “intromissão” do poder temporal, não nos esqueçamos, porém, que: “Todo homem se submeta às autoridade constituídas, pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram estabelecidas por Deus. De modo que aquele que se revolta contra a autoridade, opõe-se à ordem estabelecida por Deus. E os que se opõem atrairão sobre si a condenação... pois ela é instrumento de Deus para te conduzir ao bem. Se, porém, praticares o mal, teme, porque não à toa que ela traz a espada: ela é instrumento de Deus para fazer justiça e punir que prática o mal” (Rm 13,1ss). Portanto, a Sagrada Escritura reconhece, sem meias palavras, que o braço secular pode ser utilizado por Deus para punir os malfeitores. ... {E não são terríveis malfeitores, aqueles heréticos que saquearam, destruíram, profanaram santuários católicos (impetrando inclusive morte de fiéis)? Por que, então, duvidar que o Senhor entregou-os à justiça das autoridades estabelecidas por Ele próprio sobre a terra?}.]

[Adendo 2: A Inquisição é, antes de tudo, uma reação à ação perpetrada por tantos e tantos hereges. Se não existisse heresia; obviamente, não seria necessário haver inquisição. Foram eles (os heréticos) que, sem querer, a suscitaram. Podemos, sem dúvida, e até devemos, mencionar que também houve “inquisições” protestantes, as quais, por vezes, foram mais rigorosas do que a católica. E por que devemos fazer isso? Porquanto, como inúmeras vezes testemunhei, muitos e muitos católicos já tem, introjetados em suas mentes, que inquisição é coisa (exclusiva) da Igreja Católica. E isso não é verdade! (E como só a verdade é que liberta, é dever lhes comunicar tais coisas.) Importante, igualmente, é fazer notar que: a Igreja Católica não se rebelou contra o protestantismo, mas este contra aquela... É como inferiu um protestante, ao lembrar o que Cristo dissera sobre um membro do corpo que ficar doente (expondo todo o organismo a perecer): ‘melhor seria arrancá-lo’. Assim, é que a Igreja sempre procedeu com relação àqueles membros hereticamente gangrenados, excomungando-os. E, em ocasiões especiais, sentenciando-os a condenação capital.]

[Adendo 3: Dizer que os membros do Corpo Místico que estão “junto com o Senhor” (2 Cor 5,8) nada podem em nosso favor é menosprezar-lhes a condição de benção de que já partilham na comunhão com o Altíssimo. Essa realidade, da demonstração do enlevo de amor que eles têm para com os irmãos, em Cristo, que peregrinam por este mundo, através de seus rogos e súplicas, é uma crença compartilhada pelos cristãos de todos os tempos – até mesmo determinados ‘pais’ da Reforma Protestantes confessaram-na... A intercessão do santos seres celestiais é, desse modo, também uma confissão de irmandade e unidade. Por ela, testemunhamos e consolidamos que o Corpo de Cristo é um só... O Diabo sempre, porém, tentará romper essa unidade e camaradagem. Porquanto, ele não quer que nos unamos, e não só com relação aos filhos de Deus que estão na Terra; mas também com relação aos filhos de Deus que estão no Céu... Não por menos, a Besta (aquela que é a maior em importância) será blasfema não só contra o Nome Santíssimo de Deus, ou contra Sua Morada Santa, mas igualmente contra os cidadãos das Alturas (os Santos do Altíssimo): conf. Ap 13,6. Não seria incomum, da boca dessa bestial criatura, ouvirmos chavões do tipo: ‘Cadê o Deus de vocês? Que Céu que nada?! Maria, Pedro, Paulo viraram pó, não adianta recorrer-lhes em suas orações!’... Não contente de matar corporalmente os santos de Deus, empreenderá também uma campanha infame para matar a devoção a eles dos corações de muitos.]

Bibliografia

-AQUINO, Felipe Rinaldo Queiroz de, A minha Igreja, Editora Cléofas, Lorena-SP, 1997.

-AQUINO, Felipe Rinaldo Queiroz de, A mulher do apocalipse, 4a edição, Edições Loyola (Publicações Canção Nova/Loyola), SP, 1997.

-AQUINO, Felipe Rinaldo Queiroz de, Entrai pela porta estreita, Editora Cléofas, Lorena-SP, 1997.

-BÍBLIA DE JERUSALÉM, Editora Paulus, SP, 1996.

-MOURA, Jaime Francisco de, Por que ex-protestantes se tornaram católicos, 1a edião, Editora COMDEUS, São José dos Campos, 2003.

Fiquem com Deus!