Esperança e espiritualidade motivadores da cidadania

     Quando vemos certas noticias da política ficamos cada vez mais perplexos e se não formos verdadeiros cidadãos e espirituais movidos pela esperança, certamente, desanimamos e passamos a pensar somente em nós. 

     Dois requisitos são fundamentais para mantermos acesa a esperança no que tange a política são: um é acreditar que existem pessoas boas e honestas no meio do joio, isto, nos motivar a exercer a cidadania ainda que vivemos numa imensa impunidade, imoralidade, nepotismo diante a falta de consciência política do eleitor. Exercer a cidadania ainda nos garante um mínimo de liberdade, de avanços e de direito à expressão. Outro requisito é acreditar em um Poder Superior. Esta crença nos motiva a ter esperança e nos compromete com o próximo. Exercer a cidadania é exercer o compromisso com nossa espiritualidade, onde através da cidadania podemos construir uma sociedade melhor, mais justa, fraterna com direitos e deveres distribuídos de forma justa a todos. 

     Se tirarmos estes requisitos ou motivadores certamente deixaríamos de acreditar na política, na democracia, pois, a cada dia decepcionamos mais e mais. Cada dia percebermos que as pessoas estão mais longe da consciência do que é exercer a cidadania, embora ha varias tentativas de entidades de conscientização do eleitor. 

     Sempre estamos vendo repetir a mesma cena dos eleitores que estão atras de favores, querem um estado clientelista buscando tirar proveitos e de todas as maneiras parasitam na política usando-a para benefícios próprios e imediatos. 

     Esta semana tivemos uma noticia que pega de surpresa qualquer pessoa de bom senso. Uma pesquisa revelando que a popularidade do presidente Lula aumentou. A indagação que fica é: Como isto pode ocorrer num momento como este, onde tanto o Partido do presidente e seus aliados, seu governo estão envolvidos até o pescoço num lamaçal de corrupção? No mínimo estaria em baixa. Dentro de uma lógica seria impossível resultados como estes ou então o slogan “rouba, mas faz” estaria novamente sendo reimplantado pela sociedade. 

     Existem certos conceitos e valores que não podem ser colocados em segundo plano – valores como a ética, a moral. Estas são virtudes que devem estar em primeiro plano. Estas qualidades devem fazer parte do homem e especialmente homem publico e que o eleitor deve questionar em primeiro lugar. 

     Porque a economia vai bem, porque o dólar está caindo isto é motivo de aprovar um governo e deixar de lado a questão ética, moral de um homem público? São estas questões referente a política diretamente relacionado ao voto que nos leva a questionar o exercício da cidadania pelo eleitor e nos decepcionar. 

     Diante uma pesquisa com resultados nesta direção não dá para explicar racionalmente. Só podemos chegar a duas explicações, uma delas é que a pesquisa foi direcionada e com o objetivo de camuflar a corrupção e desacreditar, desanimar a oposição que está descobrindo fatos, a outra explicação, está é ruim, a hipóteses que infelizmente, o povo ainda continua sem a mínima consciência política.
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 15/07/2005
Reeditado em 22/09/2006
Código do texto: T34484