Ninguém entende

Talvez sejam tantos sinônimos que tornam este idioma complicado, embaraçado, enredado; ou verbos quando são de ligação; os transitivos diretos derrubam barreiras, transitivos indiretos exigem da preposição obrigatória presença, no futuro do pretérito seria, ouviria e falaria mais fácil, porque nossa língua falada é diferente quando escrita e, se você usa o pleonasmo, vê isso com os próprios olhos.

Nosso português é desacatado frequentemente quando esquecemos o sinal grave alusivo à crase, quando esquecemos quaisquer sinais. Não acho que são demasiados pois a língua portuguesa tem sinais para esclarecer os que têm que diferenciar.

A escrita não para de esclarecer para complicar que preposição para não é mais diferente de verbo para. Com o tempo a gente aprende e apreende isso e as parônimas, mas não é correto dizer que Deus encurtará nossos anos de tanto estudarmos gramática, porque deixa de ser eufemismo e passa ser hipérbole o fato de morrer de estudar.

Não é possível nos assustarmos, não devemos deixar de lado as regras, não se pode confundir anáfora com epizeuxe, não, não, não.

Além das regras gramaticais, o segredo para ser bem entendido é escrever na ordem direta; porque na ordem indireta é o não ser entendido que se faz.

Usar vírgula entre verbo e complemento só se for a palavra vírgula, a vírgula nunca!

Complicado? Por quê?

Talvez porque falte uma melhor análise dos porquês incluídos no texto, ou os estudos por que passamos não tenham sido suficientes. Seja qual for, o problema pode dar pano para manga, e este jargão nem leva em consideração que as homófonas homógrafas nunca experimentaram manga verde.

Eufemismo, cacofonia, objeto direto, próclise, ênclise, oração subordinada, pretérito mais-que-perfeito. Mas o que pode ser mais que o perfeito?

Entendeu agora?

Rafael Luciano de Lucas
Enviado por Rafael Luciano de Lucas em 21/07/2005
Reeditado em 19/12/2023
Código do texto: T36494
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