Quando o cônjuge morre o outro tem o direito de refazer sua vida sentimental?

Quando o cônjuge morre o outro tem o direito de refazer sua vida sentimental?

Wellington Balbo – Bauru SP.

Dia desses recebi email de um jovem, que assim disse:

“Minha mãe morreu há 2 anos, meu pai que ainda é jovem está de paquera com uma moça... Mas e minha mãe? E o que eles viveram? Então ele não a amava?”

R: Meu caro amigo, não se aflija por isso, o lugar de sua mãe no coração de seu pai é cativo, a história que viveram é deles, somente deles... O coração é elástico, quanto mais se ama, mais se cabe amor. Não é o fato de ele querer refazer a vida sentimental que o fará esquecer de sua mãe. Não se preocupe com isso. Ademais, ele tem todo o direito de buscar a felicidade e não nos cabe podar as iniciativas dos outros que querem encontrar seu lugar ao sol. Sejamos benevolentes e apoiemos as pessoas em busca de sua felicidade. Abençoe seu pai e seu novo relacionamento. Vou confessar-te algo: Também passei por isso, minha mãe se foi e meu pai arrumou outra companheira. Foi a melhor coisa que aconteceu. Pessoa de ótimo caráter trouxe outra família para brindar a vida com a nossa. Pense nisso e seja feliz...

O Espiritismo trata com muita propriedade dos temas que inquietam o coração das pessoa, basta estudamo-lo para constatarmos que pode responder várias indagações da alma.

Mostra que ninguém é de ninguém, que somos Espíritos em evolução e em busca da felicidade. Sabedores de que o Espírito não morre e continua sua jornada na vida além túmulo, naturalmente não morre o amor que sentimos pelos outros e os outros por nós. Em assim sendo, é razoável refletirmos que quando algum ente querido deixa este plano é perfeitamente aceitável que não cultivemos o sofrimento contínuo e nos abramos para um amor que poderá surgir.

Caso surja, vamos vivê-lo. Por que não?

Até porque a ideia de metade eterna é fantasia e não estamos fadados a viver com alguém pela eternidade.

Já tivemos, pelas inúmeras andanças inúmeros companheiros e companheiras de jornada e o fato de termos nos relacionado com outros não apaga a nossa história com quem quer que seja.

Sim, somos seres que têm uma história!

E, por isso, quem nos ama deverá nos respeitar; respeitar nossas escolhas e quererá nos ver bem e feliz.

Ilustrativa é a história do Espírito de André Luiz que no plano dos Espíritos ao saber que sua ex companheira consumara matrimônio sente uma ponta de ciúmes, mas depois reflete e percebe que o amor é sentimento que não pode conhecer exclusividade.

Reconhece-se o verdadeiro espírita pelos esforços que faz para domar suas más inclinações, foi o que fez André Luiz, controlou-se.

A vida na Terra já não é “bolinho”, se formos nos preocupar em podar a felicidade dos outros e querer anular a vida alheia porque a morte do corpo físico visitou nossa família iremos complicar ainda mais a situação.

Vida mais leve, mais tranqüila, certeza na imortalidade, menos cobrança e fé no futuro...

Isso o Espiritismo nos ensina, por isso é uma doutrina consoladora e cabe-nos divulgá-la, sempre...

Pensemos nisso.

Wellington Balbo
Enviado por Wellington Balbo em 05/01/2014
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