A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO COMO CONHECIMENTO FUNDAMENTAL PARA EDUCADORES

A Filosofia da Educação, assim como a Sociologia da Educação e a Psicologia da Educação são elementos indissociáveis na formação do educador, independente de nível

Todavia, acredita-se que cabe a Filosofia da Educação trata os elementos mais peculiares às práticas educativas, destaque para os princípios éticos e morais diante as situações de ensino-aprendizagem desenvolvidas nos espaços escolares e como se processam tais feitos no espaço e no tempo da história, do individuo e da sociedade.

Embora nem tudo pareça simples como se apresenta neste Artigo Acadêmico. No cotidiano escolar é comum se ouvir inúmeras práticas que desfavorecem o desenvolvimento do educando, do educador e do próprio ambiente escolar. São intrigas entre professores e alunos e uma falta de princípios que chegam a ser cômicos se não fossem trágicos ao processo educativo escolar, ao desenvolvimento do País e sua integração entre os países que prezam pela qualidade da educação, dos quais o Brasil está longe.

A ausência de uma Filosofia consistente nos espaços escolares leva os sujeitos envolvidos com o ato educativo a uma inoperância e gera uma violência inimaginável. A missão, a visão e as metas institucionais inexistem e vive-se um verdadeiro faz de conta em educação, quando na verdade seria o momento de uma parada para se refletir questões acerca do modelo de educação que se tem e a que se deseja, tal qual se pensa nos estabelecimentos que possuem uma proposta clara, objetiva e teoricamente bem definida em seu projeto político pedagógico que em dado momento não é projeto, também não é político e a pedagogia pensada está longe de ser uma realidade vivida pelos membros da escola.

Daí pensar a releitura de Werneck (1988) acerca do modelo educativo atual, afinal "se a boa escola é a que reprova, o bom hospital é o que mata". E quantos são reprovados pela escola, por não usarem uniformes escolares, por chegar atrasado porque o patrão não permite a saída mais cedo do trabalho, porque o filho ficou doente e não havia como comunicar a ausência pelo fato de não se ter uma moeda para adquirir um cartão telefônico e avisar à escola, também não faz diferença, pois com a sala de aula superlotada, não se faz necessário comunicar qualquer coisa que seja, pois um aluno a menos faz uma diferença enorme para com a prática de sala de aula do professor que terá menos um sujeito a se preocupar.

Chama-se atenção, ainda para os casos bárbaros que envolvem os profissionais da educação, estes têm sido denunciados a cada novo instante que ligamos os instrumentos de comunicação social, pois lecionar se tornou uma verdadeira aventura, uma questão de vida ou morte.

Espera-se, portanto, que os centros de formação do educador revejam seu papel institucional e comecem um processo de transformação em sua função educativa, redimensionem seus princípios filosóficos e conduzam os futuros educadores a seus referenciais teóricos – filosóficos e metodologicamente, ainda enquanto aluno. Mostrar-lhes que educação se constrói no cotidiano escolar e suas relações se fazem mutuamente, no envolvimento entre professor, aluno, família e comunidade em que esta está situada, afinal, a escola é da comunidade, isto se sabe bem, mas na prática isto não se efetiva em sua totalidade, pois faltam políticas públicas sérias quando o tema é educação brasileira.

JOSÉ FLÁVIO DA PAZ
Enviado por JOSÉ FLÁVIO DA PAZ em 27/04/2007
Código do texto: T466187