Alienação material e mental

Marcos Barbosa

Alienação material e mental

Marcos Barbosa

ALIENAÇÃO MATERIAL

Existem sete formas de alienação e a oitava é a dissolução, desgaste ou destruição do bem, seja ele material ou imaterial.

Há mais de um ano venho observando coisas, objetos, pessoas, idéias, situações e circunstâncias para produzir este artigo.

Uma circunstância que me ajudou bastante nestes pequenos empreendimentos intelectuais foi morar 10 anos na chácara Palácio das Águas e atualmente estar morando aqui, na Chácara Cio da Terra, há nove meses, ao lado da minha companheira Socorro Maranhão. Toco alguns negócios como corretor de imóveis, mas tenho o tempo e as circunstâncias apropriadas para o exercício do Santo Ócio, que é o trabalho dos escritores, poetas ou filósofos. Neste Sagrado Ofício do Santo Ócio, o corpo trabalha menos, os interesses materiais são deixados em segundo plano, mas o cérebro e sua função mental; a alma e suas faculdades espirituais estão em constante atividade.

Ao introduzir este estudo, pegando emprestada a expressão platônica do Santo Ócio, parece até que vou escrever um livro ou um tratado sobre assunto,,, mas não se assuste,,, o artigo é pequeno, entretanto o objetivo e o propósito são grandes e assim como toda descoberta ou invenção original, é simples e fácil de entender.

Um objeto pode sofrer alienação, se o proprietário, por vontade própria:

Vender;

Alugar;

Emprestar;

Doar;

Ou,,, contra a sua vontade, se for vítima de:

roubo, na mão grande, até com uso de violência;

De furto, na mão leve, sem constrangimento ou violência.

Também se perder o objeto e por último pode também ser desfeito o vínculo de propriedade com o objeto, se este se acabar por desgaste natural ou dissolução, como uma pedra de esmeril que se desgasta, ou um litro de gasolina que se evapora.

Por que estou oferecendo esta explicação “compriiiiiiiiiida” para um tema que parece óbvio? Porque quero abordar o processo de alienação mental seguindo as 08 formas de rompimento do vínculo de propriedade com os objetos materiais.

ALIENAÇÃO MENTAL

Marcos Barbosa

Analisando o ato de vender,,, as pessoas,,, principalmente os trabalhadores intelectuais, vendem idéias, projetos, propostas, invenções,,, muitos vendem poesias, contos, romances, artigos e reportagens para outros assinarem como se fossem os verdadeiros autores. Políticos, empresários e alguns artistas, depois que perdem o estoque de criatividade, são os principais compradores.

Outros alugam sua força de trabalho, sua inteligência, por tempo determinado e estão entre estes os cabos eleitorais, marqueteiros, jornalistas e com especialidade os mercenários, publicitários e etc. Da mesma forma muitos emprestam e até doam o direito de uso de suas criações intelectuais.

Por incrível que pareça existe até o roubo de idéias e informações na mão grande, até com uso de violência,,, e neste caso os ladrões são os torturadores, chantagistas e outras categorias asquerosas de usurpadores.

Quantos trabalhadores intelectuais já não tiveram furtadas suas idéias, projetos, propostas, invenções, poesias, contos, romances, artigos e reportagens?,,, e viram seus trabalhos assinados por “chupins” como se fossem os verdadeiros autores.

Pensando bem,,, de uma certa forma somos todos um pouco alienantes, alienados ou alienadores,,, e sendo assim,,, o que sobrou, na nossa análise, para aqueles que são conhecidos como pessoas alienadas?... Onde estão aqueles que têm grandes idéias e projetos, mas não publicam livros, não compartilham suas idéias nas redes sociais e não criam sites?

Os alienados mentais, propriamente ditos, às vezes nascem com uma doença mental congênita, ou adquirem a alienação através de crenças ideológicas de natureza religiosa ou política, criando dentro da própria mente um vício mental que inibe a razão, o raciocínio lógico e o bom senso. Neste estágio o indivíduo perde suas idéias jogando conversa fora, ou as idéias sofrem um desgaste natural e são dissolvidas no processo dialético das discussões e elucubrações desconexas.

Para finalizar, digo com certeza e com a experiência da observação, que as drogas, quando não são usadas terapeuticamente, deixam seus usuários completamente alienados, sofrendo e causando grandes prejuízos psicológicos e materiais aos parentes, amigos e inimigos.