CAUSOS CURIOSOS DE VIOLÊNCIA URBANA

Essa semana tem três causos de assaltos de menores, onde as vitimas são sempre mulheres. Os ditos cujos acham que as mulheres são mais desprotegidas, e na maioria das vezes, é verdade.

Um assaltante achou que deveria assaltar duas adolescentes de aproximadamente 12 anos de idade que vinham caminhando pelo bairro da Boa Vista no Recife, que, aliás, não é mais tão boa vista assim; está cheia de prédios velhos, precisando de reforma, virou o corredor de ônibus, muita sujeira, e os marginais andando calmamente pelas ruas. Além do transito e da barulheira infernal. Ainda por cima. tem algumas lojas, que para chamar a atenção dos clientes, colocam o som alto, e um indivíduo com alto falante fazendo propaganda. Fico profundamente irritada.

Voltando ao assunto do assalto, nada mais comum, no entanto, quando o assaltante deu ordem para que dessem suas bolsas e celulares, uma das pirralhas perguntou: como é? Ele deu uma botada, tomou-lhe a bolsa e saiu correndo. Para seu azar, elas correram também, pularam em cima dele, derrubaram-no no chão e largaram o sarrafo. Ele não esperava essa reação, apanhou a valer. A policia foi chamada e o desavisado ladrão foi preso. A cena curiosa, foi a de dois porteiros dos prédios vizinhos ao sinistro que simplesmente ficaram rindo e, não acudiram as garotas. Ta, você pode dizer que é compreensível; o marginal pode se vingar deles.

Outro episódio curioso aconteceu no meu bairro, em Boa Viagem. Certo desavisado ladrão cujo meio locomoção é a bicicleta, resolveu em pleno manhã de sábado, na rua principal do trecho em que moro, assaltar uma senhora. Quando tentou tomar-lhe a bolsa, ela atracou-se com ele, e tome cacete, mas alguém resolveu ajudar; dessa vez o pau cantou de verdade, ao ponto de deixarem-no estendido no chão. A senhora pegou a bolsa e foi embora; o cidadão pegou a bicicleta do ladrão, montou nela e foi embora. Isso não saiu no jornal.

Outra cena, no mínimo interessante, dois aprendizes de ladrão, montados em bicicletas resolveram nos assaltar, no mesmo bairro, às três horas da tarde. A abordagem foi curiosa, “vocês conhecem meu amigo fulano? Ele está armado, passa o celular ai.” Eu vinha alguns passos atrás, com um guarda-chuva importado da China, daqueles horrorosos, grande, de cabo de madeira, que na minha mão parece uma arma e, se tiver oportunidade, realmente será. Ah, esqueci! Minha filha e o namorado estavam com um e minha sobrinha com outro. Naquele momento, eu perguntei o que é que ele queria, comecei a gritar com eles em plena rua, mando-os ir embora. Ele resolveu gritar também. Enquanto caminhávamos, eu gritava, ele gritava. Como eles viram que a tentativa de assalto deu errado, foram embora. Saí xingando: “que desaforo, merece um cacete dos bons”. Sabem que esse local fica a 500 metros do posto policial?

No entanto, nada se compara com a noticia que saiu fresquinha hoje no jornal, cuja noticia fala em dois policiais do 19º Batalhão do Rio de Janeiro que assaltaram dois policiais americanos em férias no Brasil. Roubaram-lhes o dinheiro, ameaçaram-no de morte, etc. Foram para a delegacia, viram as fotos dos policiais, mas não os reconheceram. O que vocês acham? Eles foram aconselhados a não reconhecerem, para não sofrer represálias, ou foram ladrões vestidos de policiais?

Conclusão

Os marginais menores de idade estão na universidade do crime, para serem os futuros criminosos hediondos do país, em substituição aos professores que estão morrendo e morrerão, assumindo assim, a cátedra dos seus mestres.

A policia que tem o dever de proteger a população, não o faz, por todos os contingentes que todos nós sabemos, e ainda por cima, aproveitam à oportunidade para se constitui como parte integrante da corja de marginais que aviltam os cidadãos de bem.

Falando sério. A população de bem precisa se unir, fazer o trabalho que o Estado desmantelado não faz. Como eu não sei, aceito sugestões. Quem sabe, de repente, fazemos um manual de auxilio contra a bandidagem. Ta aí! Vamos escrever um manual, como nos defender, como reagir, e como acabar com a impunidade nesse país. Quem sabe, nós, o povo, possamos pensar algo de útil, a não ser sobreviver em meio ao caos.

Como diz o título do livro de um professor da UFPE, Antonio Vicente, o Brasil é uma “Democracia com pés de barro”.

OBSERVAÇÃO: Aqui em Recife, “cacete e pau”, não é expressão de baixo calão. Isso acontece ai no Rio, são Paulo e adjacências.