Do patético ao absurdo

Me perdoem os amantes, os profissionais atuantes e muitos que desse mundo vivem a paixonite por esse esporte, chamado e conhecido como futebol.

Não bastasse a corrupção e a falta de educação no país, a impunidade, segurança e a falta de cuidado com a população, a ética e o mínimo de responsabilidade de muitos nas cercanias do nosso universo. No alabastro da insanidade, um time de massa na capital, desde os seus primórdios dá aula de desrespeito e má administração, e como se não fosse o suficiente, pede ajuda pra pagar seus erros, seus impunes e agora ricos irresponsáveis, bem como sustentar um lazer duvidoso.

O povo, coitado, ainda na enseada da ignorância, porque não sabe o que é educação. É de todos os lados, vilipendiado, usurpado em seus direitos, enganado e oprimido. Pra se ter ideia, no mundo do esporte, que hoje faz a família sonhar ter seu filho como um jogador de sucesso, trás no currículo da modernidade uma dinheirama, que faz esquecer a educação e matar de inveja muitos que esse caminho trilharam e conseguiram respirar o ar dos gramados, dos cartolas e da massa apaixonada, que em outros tempos mesmo pra quem nunca foi a um banco de escola ou entrou em uma Universidade e teve pesadelo com tccs, vive como rei.

Não obstante ao sucesso do rico negocio, que mantem cartolas como reis, que emprega ex jogadores, como aliciadores de menores, ou melhor, agenciadores de jovens jogadores e técnicos que tem seus meios e convênios próprios, bem como juízes de futebol, que participam na promoção de fazer resultados em beneficio de alguns times, muitas vezes escabrosamente denunciados, mais pouco enfatizado pela mídia. A entidade maior do futebol, esse esporte de massa, investigado por outros países por pura corrupção ao longo dos últimos anos vem sofrendo revés na sua imagem e confirmando ações absurdas e solidas afirmações de ex jogadores, que não compactuaram e sabem bem do que falam.

Esse esporte, que por ser o que é em nosso país, considerado “país do futebol” mereceria um tratamento mais adequado, assim como a politica social e econômica, deveria obter no cenário nacional. No entanto e lamentavelmente, como todo “jogo” serve de instrumento de manobra e poder para certa parcela de pessoas, que ficaram ricos, em detrimento de muitos, que as vezes, nem tem o que comer ou emprego pra pensar em dias melhores.

A ilustrar esse grande esporte, que revelou muitas pessoas de brio, que também foi o responsável por tirar muitos pobres e ignorantes da vala comum da miséria, sobretudo por matar ou momentaneamente tornar feliz toda uma nação, como ontem apossar-se da paixão e da ignorância pra movimentar milhões, pra sustentar maus e bons magnatas.

Numa certa poção de loucura, porque quando se ama desmedidamente faz lembrar um grande escritor, que dizia em suas crônicas “Quem ama não mata”, mas faz o que?!... Nesse curso arrastam-se crimes, impunidades, desonestidades e muita violência. A torcida, ou pelo menos, parte do que se diz torcida, ou melhor, organizada, não sei em que, talvez em crimes. Ao invés de assistir, de cobrar, de aplaudir, de ensinar seus filhos, de viver um programa em família, como um espetáculo, de sua grandeza, que é, vai, mas na certeza de torna-se um protagonista “macabro”, pois quando não morre, mata e vira noticia nacional. Expondo ainda mais a falta de estrutura e de interesse do serviço publico em trabalhar politicas públicas em defesa de quem realmente merece e aprecia o espetáculo como um lazer.

Naturalmente, como não poderia deixar de ser, sob o julgo de tudo o que foi exposto e ainda de uma ideia retrograda e bem provinciana, mas ainda cômoda para quem não tem escrúpulos, guiar e não administrar um clube é bem rentável. Nesse pensamento voltemos ao time de massa da capital, oxalá os que pensam em profissionalizar e direcional adequadamente a situação burocrática, impõe ao povo pagar, doar e sem vergonha pedirem ajudas para que o time não acabe. Porém a realidade, a cada dia cobra mais caro de quem quer ver dias melhores e assim, se olha o quadro vergonhoso e despudorado da situação de um leão morrendo e de muitos fanáticos, como nas grandes religiões por ai a fora doarem o seu sofrido salário, tirarem da boca dos seus filhos, como uma honra sem serem sequer honrados ou lembrados, para pagar contas do time querido, que nunca os amou.

Como em tudo que o dinheiro toca vira pó, se transforma em ganancia, podemos enxergar claramente, que no desejo único do ser, de competição, de rivalidade e de poder, diria até de falta de senso, temos o que temos a oferecer em pleno século da facilidade de conhecimento, um nada, por nada, pois o que é essencial se lê com o coração, mas que certamente essas pessoas desconhecem, que vivemos para socializar, afinal, querendo ou não, somos dependentes uns dos outros. A existência desse mundo prima pela racionalização e o entendimento dessa máxima. E só não concorda, quem é extremamente materialista e não consegue ver essa vida com ciência, de que precisamos cuidar uns dos outros, que precisamos pensar no outro pra termos a paz e uma sociedade digna e não enganar, procurar se dar bem, pra ser importante, quando na verdade nunca será nada, pois tudo isso é vaidade.

Ao final das contas, bem lembrando, quando falta energia e desempregado se pensa, “ pagar essa conta ou comprar a comida?”. Num país, de grandes dimensões e produtivas riquezas, fica-se no dilema de perguntar, quem sabe de pai pra filho, por que ainda se passa fome? Por que ainda há impunes? Por que a massa não questiona?... Quem saberia dizer, além de um país desigual e sem nome, ou melhor, um país que ainda não abriu os olhos para o significado de democracia, de igualdade e fraternidade. Quem saberia dizer até, se tem noção de independência, pois pela vivencia, como se pode ver essa liberdade hipócrita, andando pelas ruas, no cruzamento e até nos ônibus, a vislumbrar e a abusar da indiferença diante de tanta miséria pra sobreviver. Tem-se que, sob grades e fortalezas nos esconder diante da violência e além, é claro, de ter que absurdamente assimilar o “Surreal” das artes, encarnar “Picasso”, ou o grande ser circense, o palhaço, pra ignorar a ignorância, que a falta de educação crescente vítima no dia a dia e no que se tem noticia, a omissão e o silencio pagam a conta.